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CHAM Talks, um podcast para ouvir ciência

CHAM Talks, um podcast para ouvir ciência

By Cham Talks

CHAM Talks, um podcast para ouvir ciência apresenta entrevistas a investigadores do CHAM-Centro de Humanidades (NOVA FCSH-UAc) sobre temas relacionados com o seu trabalho e, em muitos casos, a sua ligação à sociedade contemporânea. O que se descobre nas Humanidades?
Acompanhe-nos e ficará a par.
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Margarida Rendeiro: Literatura escrita por mulheres ciganas, voz própria e distanciamento de estereótipos

CHAM Talks, um podcast para ouvir ciênciaDec 01, 2022

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Hervé Baudry: as humanidades digitais na compreensão da censura e da Inquisição

Hervé Baudry: as humanidades digitais na compreensão da censura e da Inquisição

«Comemorar um poeta legalmente assassinado – como António José da Silva, o «Judeu» – é comemorar todos os legalmente assassinados e todos os legalmente injustiçados da História», comenta Hervé Baudry em entrevista sobre a utilização de novas tecnologias na transcrição e compreensão de textos censurados pela Inquisição, em particular no projecto TraPrInq. Numa conversa que cruza vários séculos, Hervé Baudry diferencia a micro e a macrocensura e reflecte sobre a utilidade das humanidades digitais e a actual pressão para se eliminar ou esconder partes de obras literárias, pinturas, esculturas ou fotografias de forma a que se adeqúem à sociedade do século XXI. A entrevista é conduzida por Alina Baldé.

Hervé Baudry é Investigador Integrado do CHAM-Centro de Humanidades. Professor em vários países entre 1982 e 2008, desenvolveu o seu doutoramento sobre literatura francesa renascentista (Uni. Paris Nanterre, 1989). A sua investigação tem como foco a censura no Sul da Europa durante a Idade Moderna, a história da medicina, a história do livro e a literatura francesa contemporânea.

No próximo episódio, Susana Goulart Costa fala sobre alimentação e religiosidade.


O indicativo sonoro de «CHAM Talks, um podcast para ouvir ciência» utiliza «Bike Sharing To Paradise», de Dan Bordan (sem direitos de autor).

May 19, 202332:24
Silvana Roque de Oliveira: os indicadores bibliométricos e a nova perspectiva europeia da avaliação da ciência

Silvana Roque de Oliveira: os indicadores bibliométricos e a nova perspectiva europeia da avaliação da ciência

Todas as ciências devem ter o mesmo tipo de avaliação? Que desvantagens tem para as Ciências Sociais e Humanas a avaliação quantitativa com base na Bibliometria? Silvana Roque de Oliveira reflecte sobre os bons e maus usos dos indicadores bibliométricos ao longo do tempo até à actual proposta europeia de reforma da avaliação da ciência lançada pela CoARA. E mostra que o caminho passa por uma avaliação essencialmente qualitativa, que reconheça e valorize os diferentes contributos científicos, complementada pela observação responsável de indicadores bibliométricos, desejavelmente redesenhados em prol da Ciência Aberta. A entrevista é conduzida por Maria Clara Leal.

Silvana Roque de Oliveira é Investigadora Integrada do CHAM-Centro de Humanidades e colaboradora do CEIS20-Centro de Estudos Interdisciplinares da Universidade de Coimbra (UC), além de formadora na BAD (Associação Portuguesa de Bibliotecários, Arquivistas e Profissionais de Informação e Documentação). É doutorada em Ciência da Informação, concluiu o Curso de Especialização em Análise de Dados e Visualização de Informação, o DEA em Documentação, o Mestrado em História e Arqueologia da Expansão Portuguesa (séculos XV-XVIII), o Curso de Especialização em Ciências da Informação e Documentação e a Licenciatura em História. Em Maio de 2023, recebeu o Prémio Raul Proença atribuído à sua tese de doutoramento intitulada «A Ciência da Informação em Portugal (1989-2016): uma análise bibliométrica às fontes primárias de comunicação formal». O indicativo sonoro de «CHAM Talks, um podcast para ouvir ciência» utiliza «Bike Sharing To Paradise», de Dan Bordan (sem direitos de autor).

May 05, 202338:12
Pablo Sánchez León: a memória histórica e a Espanha contemporânea

Pablo Sánchez León: a memória histórica e a Espanha contemporânea

«A memória não se pode apagar. É uma parte constitutiva de qualquer cultura. No fundamental, as culturas são a sua própria memória. É o que permite que as culturas se mantenham vivas», afirma Pablo Sánchez León no «CHAM Talks», num episódio em que se conversa sobre o projecto editorial Postmetropolis, o cruzamento do discurso histórico com o discurso ficcional na Espanha contemporânea, a importância da cidadania e as implicações da «Lei de Memória Democrática» (2022). Porque o historiador não conta o passado, mas «pensa historicamente o presente a partir de um conhecimento crítico do passado». A entrevista é conduzida por Alina Baldé.

Pablo Sánchez León é Investigador Integrado do CHAM-Centro de Humanidades, em que coordena a linha temática «Teoria e Metodologia». É «work package leader» do projecto europeu «Rebellion and Resistance in the Iberian Empires, XVIth-XIXth Centuries». Trabalha sobre movimentos sociais e identidades colectivas na história espanhola numa perspectiva comparada, investigando temas históricos desde a Idade Média ao século XXI. Doutorado em História pela Universidad Autónoma de Madrid, foi professor e investigador na Uni. California, Uni. Autónoma de Madrid, Uni. Carlos III de Madrid, Uni. Complutense de Madrid, Uni. Sabanci e Uni. del País Vasco.


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Apr 21, 202341:41
João Paulo Oliveira e Costa: A viagem na descoberta da identidade portuguesa

João Paulo Oliveira e Costa: A viagem na descoberta da identidade portuguesa

As viagens e as suas múltiplas observações foram essenciais para João Paulo Oliveira e Costa compreender Portugal e as suas características, em particular nos percursos pelas fonteiras. O investigador integrado do CHAM-Centro de Humanidades conversa sobre a compreensão de uma identidade portuguesa integrada numa identidade europeia, a importância da língua portuguesa como veículo de união e de identidade e a herança genética da actual população portuguesa, entre outros temas. A entrevista é conduzida por Teresa Lacerda.


João Paulo Oliveira e Costa é Professor Catedrático do departamento de História da NOVA/FCSH e titular da Cátedra Unesco «O Património Cultural dos Oceanos». Foi director do CHAM entre 2002 e 2020. Em 2015, foi distinguido com a Ordem do Sol Nascente pelo imperador do Japão. É membro efectivo da Academia de Marinha e é presidente da Comissão Científica do projecto «História da Marinha Portuguesa». Tem sido professor convidado e conferencista convidado em dezenas de universidades e academias de todos os continentes. Tem uma vasta obra científica editada. É conhecido do grande público também pelos seus romances históricos.


No próximo episódio, Pablo Sanchez León fala sobre o projecto editorial Postmetropolis e a reconstrução da memória histórica em Espanha.


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Apr 07, 202335:07
Eduardo M. Raposo: Da poesia luso-árabe à nova música portuguesa

Eduardo M. Raposo: Da poesia luso-árabe à nova música portuguesa

A influência da cultura árabe na lírica portuguesa é conhecida, mas Eduardo M. Raposo traz uma nova abordagem sobre essa herança, sublinhando a importância do «Século de Almutâmide». Em conversa no CHAM Talks, o investigador fala sobre o impacto do zéjel (canção árabe-andalusa) na poesia galaico-portuguesa, aragonesa e italiana e recorda as cortes interculturais dos primeiros reis de Portugal, formada também por moçárabes. Eduardo Raposo destaca a forma como a poesia e a música ajudam a redescobrir uma matriz mediterrânica riquíssima, anterior à Inquisição, e explica como a poesia luso-árabe está presente na actual música portuguesa. A entrevista é conduzida por Teresa Lacerda.


Eduardo M. Raposo é investigador integrado do CHAM – Centro de Humanidades, especialista em história da cultura e das mentalidades contemporâneas. Tem dirigido revistas culturais como Alma Alentejana e Memória Alentejana, esta há 23 anos. Organizou mais de 90 colóquios, tertúlias e encontros culturais. Publicou biografias sobre Urbano Tavares Rodrigues, Cláudio Torres e Fonte Santa. Participou na Enciclopédia da Música em Portugal no Século XX e é autor de oito livros entre eles dois sobre o Canto de Intervenção e artigos sobre o Cante Alentejano.

No próximo episódio, João Paulo Oliveira e Costa fala sobre Portugal na História.


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Mar 24, 202332:09
Gonçalo Correia Lopes: A arqueologia náutica e a Lisboa dos séculos XVII e XVIII

Gonçalo Correia Lopes: A arqueologia náutica e a Lisboa dos séculos XVII e XVIII

Como fazer arqueologia debaixo de água? Também se faz arqueologia náutica em terra? Como eram construídas as embarcações entre os séculos XV e XVIII, que materiais eram utilizados e com que fim? O que lhes acontecia quando deixavam de ser usadas? O «trabalho de detective» do arqueólogo permite adivinhar a rota de uma embarcação naufragada através do estudo da sua carga? Gonçalo Correia Lopes explica tudo isto e conta como Lisboa se foi desenvolvendo em função do rio e do mar, como se foram construindo aterros na zona que corresponde hoje à faixa entre o Cais do Sodré e o Beato e como os materiais náuticos eram reaproveitados pelas populações. A entrevista é conduzida por Inês Torres.

Gonçalo Correia Lopes é doutorado em História, com especialidade em Arqueologia,  e especialista em arqueologia náutica e construção naval da época moderna. Investigador integrado do CHAM – Centro de Humanidades, é técnico superior da Direcção-Geral do Património Cultural e do Centro Nacional de Arqueologia Náutica e Subaquática (DGPC/CNANS), tendo sido contratado no âmbito do projeto Water World, financiado pelos EEA Grants. Em 2022, recebeu o Prémio Almirante Teixeira da Mota, atribuído pela Academia de Marinha.

No próximo episódio, Eduardo Raposo fala sobre a poesia luso-árabe no Garbe al-Andalus (séculos XI a XIII) e a sua relação com a música portuguesa dos séculos XX e XXI.

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Mar 10, 202343:57
Alice Santiago Faria: Obras públicas do império português no século XIX

Alice Santiago Faria: Obras públicas do império português no século XIX

Alice Santiago Faria, investigadora integrada do CHAM – Centro de Humanidades, conversa sobre obras públicas do império português no século XIX, falando sobre a relevância destes edifícios e infraestruturas ainda hoje nos diversos territórios. Qual a importância da formação de engenheiros luso-descendentes em Goa na sua autonomização? De que forma actuaram as Direcções das Obras Públicas locais e qual o seu impacto? Que edifícios e obras se destacam? Alice Santiago Faria responde a estas e a outras perguntas. A entrevista é conduzida por Lisa Moura.

Investigadora auxiliar no CHAM – Centro de Humanidades, com o projecto individual de seu título «Cerca de 1892: Departamentos de Obras Públicas e a construção diária do império Português» – com o apoio FCT, Alice Santiago Faria coordena, juntamente com Renata Araújo, o projeto de investigação «TechNetEMPIRE – Technoscientific Networks in the construction of the built environment in the Portuguese Empire (1647-1871)» (financiado pela FCT). Licenciada em Arquitectura pela Universidade de Coimbra e doutorada em História de Arte pela Université de Paris I, o seu trabalho cruza a abordagem histórica da arquitectura com a história da ciência e tecnologia, utilizando métodos digitais de investigação no campo das humanidades.

No próximo episódio, Gonçalo Correia Lopes fala sobre a Lisboa ribeirinha dos séculos XVII e XVIII e a arqueologia subaquática.

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Feb 24, 202339:40
Teresa Nobre de Carvalho: a construção de um novo saber botânico no mundo de Quinhentos

Teresa Nobre de Carvalho: a construção de um novo saber botânico no mundo de Quinhentos

O século XVI assiste a uma explosão no conhecimento do mundo botânico. No regresso das viagens de exploração oceânicas, portugueses e espanhóis trazem novas plantas que, por um lado, ampliam o conhecimento acerca da biodiversidade à escala planetária e, por outro, motivam os europeus a conhecer melhor a sua própria flora. A investigadora do CHAM Teresa Nobre de Carvalho fala sobre este processo e sobre as diversas metodologias de análise adoptadas para a descrição de plantas provenientes de diferentes regiões do globo. Se, relativamente às especiarias asiáticas, é feito um trabalho de validação, ampliação ou correcção do saber em circulação desde a Antiguidade, no que se refere às plantas oriundas do continente americano, a novidade é absoluta, e exige a criação de novas descrições textuais e gráficas. Comprovando o seu interesse no seu uso quotidiano, a Europa adopta algumas plantas americanas, como feijões, milho maís, batata-doce e sisal. Teresa Nobre de Carvalho aborda em particular a circulação do ananás, fruto que surpreende pela sua espectacularidade e sabor invulgar e que, cruzando os oceanos, se difunde, a partir do Brasil e do Novo Mundo, para outros espaços tropicais e sub-tropicais, como a costa africana, Goa e Baçaim, China ou Filipinas. A entrevista é conduzida por Helena Castro.

Teresa Nobre de Carvalho é Investigadora Integrada do CHAM-Centro de Humanidades, estando a desenvolver uma pesquisa de pós-doutoramento na qual analisa a aquisição, apropriação e circulação do saber relativo ao ananás nos séculos XVI a XVIII. Na sua investigação examina os desafios científicos, ambientais e culturais provocados pela aclimatação transcontinental deste fruto. Teresa Carvalho é licenciada em Engenharia Agronómica, mestre em Protecção Integrada e doutorada em História e Filosofia das Ciências com uma tese sobre o impacto de Colóquios dos Simples e Drogas e Cousas Medicinais da Índia, de Garcia de Orta, na ciência da Idade Moderna. Colaborou na organização e curadoria, de diferentes exposições, como «360° - Ciência Descoberta» (Museu Calouste Gulbenkian, 2013); «As flores do Imperador. Do Bolbo ao tapete» (Museu Calouste Gulbenkian, 2018); e «O mundo visto dos Oceanos: a primeira viagem à volta do mundo traçada pelas colecções da Sociedade de Geografia de Lisboa» (Sociedade de Geografia de Lisboa, 2019).

No próximo episódio, Alice Santiago Faria conversará sobre obras públicas coloniais no século XIX.

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Feb 10, 202326:24
Paulo Pinto: relações centenares entre filipinos e portugueses, Fernão de Magalhães, Lapu Lapu e sardinhas em conserva

Paulo Pinto: relações centenares entre filipinos e portugueses, Fernão de Magalhães, Lapu Lapu e sardinhas em conserva

Episódio 8:

Paulo Pinto: relações centenares entre filipinos e portugueses, Fernão de Magalhães, Lapu Lapu e sardinhas em conserva

Porque são as Filipinas um país desconhecido para os portugueses hoje em dia? Este foi o ponto de partida da entrevista a Paulo Jorge de Sousa Pinto, investigador integrado do CHAM-Centro de Humanidades, numa conversa sobre as relações históricas entre as Filipinas e Portugal. Paulo Pinto fala sobre a imagem recíproca destes dois países, as figuras de Fernão de Magalhães e Lapu Lapu, o confronto entre a memória imaginária e a memória real, as comemorações da viagem de Magalhães e El Cano, o papel dos historiadores no estreitamento das relações entre portugueses e filipinos, os projectos académicos em curso… e as sardinhas  Mabuti, produzidas em Matosinhos e as favoritas dos filipinos. A entrevista é conduzida por Teresa Lacerda.

Paulo Jorge de Sousa Pinto é coordenador do projecto «Portugal – The Philippines: Connected Histories». É doutorado em Ciências Históricas (Uni. Católica Portuguesa) com a tese intitulada «No Extremo da Redonda Esfera: Relações Luso-Castelhanas na Ásia, 1565-1640. Um Ensaio sobre os Impérios Ibéricos». Entre 2012 e 2017 foi bolseiro de pós-doutoramento pela FCT com o projecto «Conflito e Colaboração - Presenças e Representações dos Chineses Ultramarinos nas Sociedades Iberoasiáticas (séculos XVI-XIX)». As suas áreas de estudo e investigação são a Ásia do Sueste, a presença europeia na Ásia (séculos XVI-XVIII) e os impérios ultramarinos ibéricos.

No próximo episódio, Teresa Nobre de Carvalho fala sobre o novo saber botânico a partir do século XVI, as diferentes formas de estudar as plantas na Ásia, América e Europa e a circulação do ananás em vários continentes.

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Jan 27, 202326:42
Ana Maria Martinho: literaturas africanas, ecossistemas e paisagens

Ana Maria Martinho: literaturas africanas, ecossistemas e paisagens

Em que medida instrumentos teóricos como a ecocrítica, o pensamento decolonial e o feminismo nos ajudam a compreender narrativas e ensaios de autores africanos como Paulina Chiziane, Ruy Duarte de Carvalho, Dina Salústio, Pepetela ou Luandino Vieira? Como estão presentes nestes textos as memórias sonoras e visuais das paisagens rurais e urbanas? A memória histórica está impressa também nas narrativas orais? Nos textos ficcionais, a mulher tem um papel preponderante na afirmação de modelos alternativos de família? Ana Maria Martinho responde a estas questões no sétimo episódio de «CHAM Talks, um podcast para ouvir ciência». A entrevista é conduzida por Daniella Zerbinatti.

Ana Maria Martinho é Professora Associada na Universidade Nova de Lisboa, Membro da Comissão Executiva do Departamento de Estudos Portugueses (FCSH NOVA), Investigadora Integrada do CHAM-Centro de Humanidades (em que coordena o Seminário Permanente em Estudos Africanos) e Investigadora Associada do CREPAL (Sorbonne Nouvelle). Tem experiência de investigação e docência universitária em Portugal e no estrangeiro e integra a Cátedra de LP da Universidade Católica de Angola. Trabalha sobre Teoria e Literatura Africana, Cultura, Literatura e Ecocrítica. Tem-se dedicado desde o início da sua carreira à divulgação das Literaturas em Língua Portuguesa e a cooperação académica internacional, também no âmbito do Português como Língua não Materna.

O indicativo sonoro de «CHAM Talks, um podcast para ouvir ciência» utiliza «Bike Sharing To Paradise», de Dan Bordan (sem direitos de autor).

Jan 13, 202333:38
Vanda Witoto e Juciene Apolinário: Amazónia, ecologia, saberes indígenas, mulheres e educação

Vanda Witoto e Juciene Apolinário: Amazónia, ecologia, saberes indígenas, mulheres e educação

«A Amazónia são primeiro as pessoas. Não é apenas a vegetação – que é rica, bela –, não são somente os nossos rios», afirma Vanda Witoto no sexto episódio de «CHAM Talks, um podcast para ouvir ciência». A líder indígena brasileira – que participou no IV Congresso Internacional Mundos Indígenas, em Lisboa, em Novembro de 2022 – recorda a ausência da aplicação de direitos fundamentais das populações amazónicas e a falta de assistência do Estado em áreas como a saúde, a educação ou as infra-estruturas de água potável. Vanda Witoto salienta como o acesso ao sistema educativo por parte dos indígenas contribuiu para que estes compreendessem a sua própria História e questionassem outras versões do passado: «A gente vive um período longo da História de invisibilidade da nossa existência, das nossas lutas, das nossas culturas. A educação nos permite enxergar-nos nessa História.» Conversando sobre as consequências do desmatamento da Amazónia e da mineração, Witoto destaca o papel das mulheres ao longo de centenas de anos na defesa da identidade e da memória histórica. Por seu lado, Juciene Ricarte Apolinário recorda a história do Congresso Internacional Mundos Indígenas (COIMI) – evento bianual que teve a sua quarta edição em Novembro de 2022, em Lisboa, Paris e Sevilha –, destacando o diálogo e a troca de conhecimentos sobre os povos originários. A entrevista é conduzida por Maria Clara Leal.

Vanda Witoto é líder indígena do Estado brasileiro do Amazonas, tendo-se destacado durante a pandemia de covid-19 ao coorganizar uma unidade de apoio à saúde. Após participar na 27.ª Conferência do Clima das Nações Unidas, no Egipto, visitou a Universidade NOVA de Lisboa para proferir a conferência de abertura do IV Congresso Internacional Mundos Indígenas (COIMI).

Juciene Ricarte Apolinário é Investigadora Colaboradora do CHAM-Centro de Humanidades e Professora na Universidade Federal de Campina Grande (Brasil). Especialista em História do Brasil Colonial e Imperial, História Indígena, História Ambiental e Património Cultural, Juciene Ricarte Apolinário é uma das organizadoras do Congresso Internacional Mundos Indígenas (COIMI).

No próximo episódio, Ana Maria Martinho fala sobre literaturas africanas, ecossistemas e resistência, abordando autores como Paulina Chiziane e Ruy Duarte de Carvalho.

Dec 30, 202235:22
Noemi Alfieri: Para além da descolonização política, saberes e práticas contra-hegemónicas e projectos editoriais africanos

Noemi Alfieri: Para além da descolonização política, saberes e práticas contra-hegemónicas e projectos editoriais africanos

Noemi Alfieri conversa sobre projectos editoriais nascidos em África ou nas suas diásporas em meados do século XX, nomeadamente Mensagem, Présence Africaine e Black Orpheus. Entre características comuns, conta-se a descolonização política, cultural e do conhecimento, mas também mudanças epistemológicas, a dignificação da negritude e a consolidação de redes panafricanistas. Noemi Alfieri recorda as obras de Noémia de Sousa, Alda Espírito Santo, Mário Pinto de Andrade e Sarah Maldoror, entre outros, abordando a forma como as culturas com origem em África e na Europa foram comunicando. Noemí Alfieri fala ainda sobre o impacto de circulação, deslocações e laços pessoais e de solidariedade nestes processos. A entrevista é conduzida por José Alberto Catalão.

Noemi Alfieri é Investigadora Colaboradora do CHAM-Centro de Humanidades e membro do projecto «Literatura de Mulheres: Memórias, Periferias e Resistências no Atlântico Luso-Afro-Brasileiro» (WomenLit), financiado pela FCT. É «Postdoctoral fellow» do Africa Multiple Clister for Advanced African Studies da Universidade de Bayreuth, na Alemanha. Na sua tese de doutoramento, abordou questões identitárias e o papel do conflito nas literaturas africanas em língua portuguesa, abarcando o período entre 1961 e 1974. Actualmente está a desenvolver a investigação «Mapping anti-colonial networks through literature. Transnational connections of African thinkers in the reconfiguration of space and thought (1950s-70s)» na Universidade de Bayreuth, no Africa Multiple Cluster for Excellence e iniciará, em 2023, um projecto com o mesmo título, com financiamento do Concurso de Estímulo ao Emprego Científico da FCT.

No próximo episódio, Vanda Witoto e Juciene Ricarte Apolinário falarão sobre a Amazónia, ecologia, a relação entre os saberes indígenas e os sistemas educativos e o papel das mulheres.

Dec 12, 202233:52
Margarida Rendeiro: Literatura escrita por mulheres ciganas, voz própria e distanciamento de estereótipos

Margarida Rendeiro: Literatura escrita por mulheres ciganas, voz própria e distanciamento de estereótipos

Quantas autoras ciganas existem em Portugal? E noutros países europeus? Porque se destaca o nome de Olga Maria neste panorama? Que condicionalismos históricos explicam o contexto de produção literária de mulheres ciganas? Como é a relação destas autoras com a comunidade? Que temas abordam os autores ciganos, longe dos estereótipos e imagens externas? Que línguas são utilizadas? Margarida Rendeiro conversa sobre literatura escrita por mulheres ciganas no quarto episódio de «CHAM Talks, um podcast para ouvir ciência».

Margarida Rendeiro é Investigadora Integrada Doutorada do CHAM-Centro de Humanidades e Professora Auxiliar na Universidade Lusíada. É investigadora principal do projecto «Literatura de Mulheres: Memórias, Periferias e Resistências no Atlântico Luso-Afro-Brasileiro» (WomenLit), financiado pela FCT e que decorre até Dezembro de 2024. Doutorada no Kings College (London), Margarida Rendeiro desenvolveu o seu pós-doutoramento sobre «Memory and Utopia in Portugal after 1974: The Heirs of the Revolution of April» no CHAM-Centro de Humanidades. A entrevista é conduzida por Beatriz Menino.

Dec 01, 202227:02
Luís Andrade: Revistas, cultura e política no Portugal do século XX

Luís Andrade: Revistas, cultura e política no Portugal do século XX

Episódio 3:

Luís Andrade: Revistas, cultura e política no Portugal do século XX

Instrumento de inovação na sensibilidade, gosto e estilos de vida, as revistas são por natureza uma expressão de ideias e cultura. Apelativas do ponto de vista estético e temático, as revistas desempenharam ao longo do século XX diversos papéis, entre eles o de estruturar movimentos culturais e definir correntes de pensamento e movimentos cívicos. Foi o que aconteceu com a Orfeu, Portugal Futurista, Presença, Germinal, Sementeira, Seara Nova e O Tempo e o Modo, entre outras. No terceiro episódio de «CHAM Talks, um podcast para ouvir ciência», Luís Andrade aborda a importância da imagem, a relação da imprensa com a censura, o uso de pseudónimos, o futuro das revistas no século XXI, o portal «Revista de Ideias e Cultura» e o Prémio Ler+ 2022, que recebeu em Outubro.

Luís Andrade, Investigador Integrado Doutorado do CHAM-Centro de Humanidades, tem-se dedicado ao estudo do pensamento e da cultura contemporâneos numa perspectiva que articula os saberes filosóficos e históricos com os estudos literários e artísticos. A sua investigação mais recente visa os movimentos intelectuais portugueses do século XX, nomeadamente as revistas que os definiram e estruturaram. Neste âmbito, dirige o portal «Revistas de Ideias e Cultura» (www.ric.slhi.pt). É coordenador do Seminário Livre de História das Ideias e do Grupo de Investigação Pensamento Moderno e Contemporâneo do CHAM – Centro de Humanidades. Em 2022, recebeu o Prémio Ler+, atribuído pelo Plano Nacional de Leitura, como foi referido. A entrevista é conduzida por Alina Baldé.

No próximo episódio, Margarida Rendeiro conversará sobre literatura escrita por mulheres ciganas dentro e fora de Portugal, reflectindo sobre as condições da produção destas obras e a dificuldade que estas autoras encontram no momento de escrever e editar.

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Nov 17, 202243:20
Carla Vieira: A diáspora dos judeus sefarditas, construção de identidades e os pedidos de nacionalidade portuguesa no século XXI

Carla Vieira: A diáspora dos judeus sefarditas, construção de identidades e os pedidos de nacionalidade portuguesa no século XXI

Porque há cada vez mais descendentes dos sefarditas a pedir a nacionalidade portuguesa? Porquê regressar no século XXI a um espaço de sofrimento familiar? Existe um turismo judaico em Portugal e Espanha? Como circulava a ideia da superioridade sefardita nas comunidades hebraicas europeias e norte-americanas no século XIX? Como foi a herança ibérica preservada nas tradições e língua sefardita? Estas e outras questões são abordadas no segundo episódio de «CHAM Talks, um podcast para ouvir ciência», numa entrevista a Carla Vieira sobre a expulsão dos judeus sefarditas da Península Ibérica e a sua diáspora mundial.

Carla Vieira é Investigadora Integrada Doutorada do CHAM-Centro de Humanidades. É investigadora principal do projecto «Western Sephardic Diaspora Roadmap». É editora de Cadernos de Estudos Sefarditas. Entre outros trabalhos, é autora de Judeus Portugueses na América. Uma Outra Diáspora (2020). A entrevista é conduzida por Helena Castro.

No próximo episódio, Luís Andrade conversará sobre revistas, cultura e política no Portugal do século XX, abordando a importância da imagem, a relação da imprensa com a censura, o uso de pseudónimos, o futuro das revistas no século XXI e o Prémio Ler+ 2022 (atribuído pelo Plano Nacional de Leitura) que recebeu em Outubro.

Nov 03, 202226:12
Pedro Cardim: Os povos indígenas no Brasil colonial e contemporâneo, resistência e História

Pedro Cardim: Os povos indígenas no Brasil colonial e contemporâneo, resistência e História

O estatuto colonial dos povos indígenas no Brasil é o ponto de partida para uma conversa com Pedro Cardim, no primeiro episódio de «CHAM Talks, um podcast para ouvir ciência». Nesta entrevista fala-se sobre os motivos da colonização portuguesa do Brasil, as diferentes formas como os europeus encaravam as populações locais, a relação entre violência e agricultura, o impacto nas relações sociais do uso de mão-de-obra intensiva, a tenaz resistência indígena ao poder colonial (através de acções militares, motins, apelo a tribunais, manutenção de traços culturais, etc.), o papel das ordens religiosas na aculturação das sociedades locais e a persistência em alguns sectores brasileiros no século XXI de uma insensibilidade em relação às especificidades das culturas indígenas.

Pedro Cardim é Investigador Integrado Doutorado do CHAM-Centro de Humanidades e Professor Associado com Agregação no Departamento de História da Universidade NOVA de Lisboa. Trabalhando no âmbito dos Estudos Ibéricos e Ibero-Americanos, Pedro Cardim investiga História do Colonialismo e História Constitucional na época moderna. Autor de mais de uma centena de artigos, livros e capítulos de livros, foi Professor Visitante em instituições como École des Hautes Études en Sciences Sociaes (Paris), New York University e Université de Toulouse Jean Jaurès. A entrevista é conduzida por José Alberto Catalão.

No próximo episódio, Carla Vieira falará sobre a diáspora dos judeus sefarditas pela Europa e Estados Unidos, cruzando imagens de um passado de fuga e exílio com as notícias dos pedidos de nacionalidade portuguesa pelos seus descendentes.

O indicativo sonoro de «CHAM Talks, um podcast para ouvir ciência» utiliza «Bike Sharing To Paradise», de Dan Bordan (sem direitos de autor).

Oct 20, 202233:40