
Compor Mundos
By Compor Mundos

Compor MundosApr 26, 2023

Episódio 21 - Onde para o Édipo no século XXI? A importância da psicoterapia lenta em tempos de mudança acelerada
Apresentação: Marina Lencastre
Professora Catedrática Jubilada da Universidade do Porto. Professora Catedrática na Universidade Fernando Pessoa. Psicoterapeuta e Supervisora Científica e Clínica na Sociedade Portuguesa de Psicologia Clínica.
Convidado:
Paulo Azevedo
Psicoterapeuta psicanalítico e Supervisor Clínico. Membro Especialista e Formador na Sociedade Portuguesa de Psicologia Clínica. Mestre em Psicologia Clínica do Desenvolvimento. Editor na Revista Portuguesa de Psicanálise.
Resumo:
A conversa deste podcast desenvolve-se a partir da questão central “Onde para o Édipo no século XXI”. Será que ainda faz sentido incluir esta noção fundamental da primeira psicanálise no trabalho psicoterapêutico contemporâneo? Será que uma abordagem simbólica do Édipo permite a sua adequação aos problemas que são trazidos atualmente à psicoterapia? Na relação diádica entre a criança pequena e a sua mãe entra, a certa altura, um terceiro, geralmente o pai, mas poderão ser outros significativos no ambiente infantil, que ajudarão à separação e ao desenvolvimento de competências exploratórias, de comunicação e simbólicas na criança.
O Édipo é isso, uma posição interna do desenvolvimento na origem da capacidade de separação, de adiar a gratificação e de gerir a atividade pulsional mais crua, assim como de gerir as emoções associadas, do encontro com a frustração e o compromisso, do interesse pelo símbolo e pela possibilidade de continuar a viver de forma saudável mesmo na ausência do objeto securizante que é o primeiro objeto de amor. No adoecer há regressão para modos de funcionamento mais primários e mais crus, que podem acontecer na pessoa, mas também nos grupos e, por vezes, nas próprias nações. Nessas alturas manifestam-se as personalidades psicologicamente mais adaptadas ao estado caótico da sociedade e podem surgir os líderes despóticos e psicopáticos.
O comportamento animal pode ajudar a compreender aspetos da natureza humana, desde os mais positivos como a empatia, o vínculo, a amizade e o amor, mas também os aspetos mais sombrios como a agressão, a destrutividade, a inveja e o ciúme, mostrando quais as suas funções e também como se sublimam em obras de arte ou na literatura. Para Paulo Azevedo, o Édipo hoje define-se como uma função e acontece no jogo das identificações dentro das dinâmicas familiares, sociais e também culturais.

Episódio 20 - A Geografia frente aos desafios socioecológicos contemporâneos
Apresentação: Diogo Guedes Vidal
Investigador Auxiliar Convidado no Departamento de Ciências de Vida da Universidade de Coimbra, Investigador do Centro de Ecologia Funcional da Universidade de Coimbra e Professor Auxiliar Convidado no Departamento de Ciências Sociais e Gestão da Universidade Aberta, Membro da Rede Compor Mundos
Participação:
Hélder Lopes Hélder Lopes, Professor no Departamento de Geografia da Universidade do Minho e Investigador do Lab2PT – Laboratório de Paisagens, Património e Território e do IdRA – Instituto de l’Aigua – Grupo de Climatologia, Membro da Rede Compor Mundos
Resumo: Neste podcast propomo-nos a refletir a complexa interação entre as sociedades humanas e o ambiente natural. Neste episódio, discutiremos como a geografia afeta a nossa compreensão dos desafios socioecológicos e quais as principais implicações para o futuro. Estaremos à conversa com Hélder Lopes, Professor no Departamento de Geografia, da Universidade do Minho e Investigador do Lab2PT – Laboratório de Paisagens, Património e Território e IdRA – Instituto de l’Aigua – Grupo de Climatologia, um jovem geógrafo brilhante e com uma carreira promissora que interliga as questões climáticas, as sociedades e as múltiplas dimensões da saúde.

Episódio 19 - Relações entre humanos e não humanos: como promover o bem-estar socio-ecológico?
Apresentação: Marina Lencastre
Professora Catedrática Jubilada da Universidade do Porto. Professora Catedrática na Universidade Fernando Pessoa. Psicoterapeuta e Supervisora Científica e Clínica na Sociedade Portuguesa de Psicologia Clínica.
Participação:
Nuno Ferrand de Almeida
Professor Catedrático da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto. Fundador do CIBIO, concebeu da Galeria da Biodiversidade e o Museu da Universidade do Porto. Desenvolve parcerias com África através do TwinLab e filmou para a RTP “As Novas Viagens Philosophicas”.
Paulo Farinha Marques
Arquiteto Paisagista e Professor Associado da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto. Membro da CIBIO & Biopolis-UP.
Resumo:
A partir da sedentarização em torno da agricultura e também da domesticação animal, passamos a conviver no mesmo local com muitos outros animais e plantas e um dos aspetos mais importantes, hoje, consiste na forma como nos organizamos para integrar esta diversidade viva em locais comuns. A investigação em biologia evolutiva, ecologia e paisagismo ajuda a melhor compreender estas relações, mas hoje, mais do que nunca, precisamos de lugares de formação coletiva como os museus. O ensino informal sobre o mundo vivo, e o nosso lugar dentro dele, ajuda-nos a organizar o convívio inter-espécies, sendo que o projeto em paisagismo tem como um dos desígnios centrais o abrandamento da competição e da agressividade, promovendo a pacificação dos espaços de vida.
O movimento do ‘rewilding’ levanta a questão prática de como conviver com predadores e também com as prezas tradicionais dos humanos. Esta questão coloca-se particularmente em África, sobretudo nas reservas transfronteiriças onde o Nuno esteve recentemente, e onde constatou a presença massiva de conflitos dos humanos entre si e com as outras espécies animais. A importância da cooperação entre as instituições científicas do Norte e do Sul, e do Sul entre si, são fundamentais para a conservação do imenso potencial de biodiversidade africano, em contraponto à presença extrativista da China que não atende aos interesses dos países locais.
Os TwinLabs apresentam como objetivo promover, de forma cooperativa, o desenvolvimento de estruturas de investigação e de conservação em África, envolvendo os parceiros ocidentais, particularmente os parceiros portugueses. O paisagismo está ausente em África devido a razões históricas ligadas à colonização, mas consiste num recurso importante para organizar os lugares de acolhimento das populações migrantes contemporâneas. O aquecimento global é um tema de investigação essencial do Nuno, Paulo e colaboradores, que criaram o Centro de Mértola no local mais quente de Portugal, para albergar investigadores nacionais e internacionais que estudam de forma imersiva os efeitos concretos das alterações climáticas na ecologia mediterrânica. O envolvimento da população de Mértola e a sua apropriação do Centro leva o conhecimento científico para as pessoas, criando espaços de mediação e de diplomacia entre agentes, humanos e não humanos, mantendo a qualidade de conhecimento livre da Universidade.

Episódio 18 - Literacia mediática: comentário, sobrecomunicação e interpretação
Apresentação:
Rui Estrada, Professor Catedrático da Universidade Fernando Pessoa. Investigador do CITCEM da Universidade do Porto.
Participação:
Ricardo Jorge Pinto, Professor Associado da Universidade Fernando Pessoa, jornalista, doutor em Estudos Mediáticos pela Universidade de Sussex.
Renato Ferreira, Doutorado em Ciências da Informação, desde 2013, pela Universidade Fernando Pessoa, onde defendeu uma tese sobre Jornalismo Político. Docente, desde 2020, na Universidade Fernando Pessoa.
Resumo:
Neste podcast, refletimos sobre estas questões: a 'indústria do comentário' e o impacto que tem, ou não, na opinião pública. Estão os comentadores a falar entre eles em um mundo fechado ou há uma influência real que decorre desses debates? Os consumidores de informação reflectem sobre a fonte directa (por exemplo, o discurso de PR ou do PM, ou outro) ou sobre o que se comenta imediatamente a seguir a essa mensagem? O comentarismo por vezes procura condicionar o espírito crítico (subvalorizando a mente das audiências) ou confiar em conhecimentos aprofundados (sobrevalorizando a mente das audiências)?

Episódio 17 - De que modo a Autoridade para a Prevenção e o Combate à Violência no Desporto compõe o mundo?
Apresentação:
Daniel Seabra
Docente da Universidade Fernando Pessoa. Coordenador Científico do Observatório da Violência Associada ao Desporto. Doutorado em Ciências Sociais com dissertação sobre as claques portuenses. Investigador do Hooliganismo, Movimento Ultra e Violência no Desporto.
Participação:
Rodrigo Cavaleiro
Licenciado em Ciências Policiais (Instituto Superior de Ciências Policiais e Segurança Interna). Posto: Subintendente do quadro de pessoal com funções policiais da Polícia de Segurança Pública. Presidente da Autoridade para a Prevenção e o Combate à Violência no desporto (nomeado, desde 2 de novembro de 2018); Coordenador do Ponto Nacional de Informações sobre o Desporto entre 2010 e 2017; Vice-Presidente do Comité do Conselho da Europa para a segurança nos espetáculos desportivos (desde Abril/2021).
Resumo: Resultado da parceria entre o projeto Compor Mundos e o Observatório da Violência Associada ao Desporto, este podcast apresenta uma conversa entre o Presidente da Autoridade para a Prevenção e o Combate à Violência no Desporto (APCVD) – Sr. Subintendente Rodrigo Cavaleiro - e Daniel Seabra, coordenador científico do Observatório da Violência Associada ao Desporto.
Por ele são dadas a conhecer as funções e as atividades desta autoridade para prevenir e combater a violência associada ao Desporto. São dados a conhecer os vários campos de intervenção desta instituição, demonstrando-se assim que esta não visa apenas exercer o seu poder sancionatório. A audição deste podcast permitirá ainda conhecer o contributo da APCVD para a promoção das condições de segurança dos recintos desportivos, assim como para o incentivo à hospitalidade entre os adeptos. Nele são também referenciados e debatidos os dois principais paradigmas de abordagem à violência no desporto.

Episódio 16 - Como lidar com os desafios colocados pela Inteligência Artificial?
Apresentação:
Elsa Simões
Professora Associada na Universidade Fernando Pessoa. Doutorada em Linguística (Discurso Publicitário) pela U. Lancaster (Reino Unido), leciona e publica na área do discurso publicitário.
Participação:
Nelson Gomes
Licenciado pela Universidade Fernando Pessoa em Publicidade, redator publicitário na Caetsu Two e brandkeeper do MAR Shopping Matosinhos
Rui Sousa-Silva
Professor Auxiliar da Faculdade de Letras, investigador e Coordenador Científico do Centro de Linguística (CLUP) da Universidade do Porto. Desenvolve investigação em Linguística Forense (análise de autoria, análise e deteção de plágio e cibercrime).
Resumo: Tendo como ponto de partida as experiências pessoais e profissionais da apresentadora e dos dois convidados deste episódio, conversamos sobre a Inteligência Artificial e uma das suas manifestações mais mediatizadas – o chat GPT – e sobre o modo como ela já está a afetar profundamente as formas de pensar, estudar e trabalhar nos dias de hoje, obrigando-nos a RE-compor os paradigmas que regeram os nossos modos de estar até ao momento presente. Numa conversa que se pretendeu descontraída, foram partilhadas perceções, ideias, descobertas, questionamentos, algumas dúvidas e preocupações, mas também entusiasmo e vontade de saber mais sobre este universo de possibilidades que se abre a todos nós e que ainda agora começamos a configurar.

Episódio 15 - Como cruzar humanidades e saúde no terreno?
Apresentação:
Marina Lencastre
Professora Catedrática Jubilada da Universidade do Porto. Professora Catedrática na Universidade Fernando Pessoa. Psicoterapeuta - Sociedade Portuguesa de Psicologia Clínica.
Participação:
Susana Teixeira
Professora Auxiliar na Universidade Fernando Pessoa. Investigadora nas áreas de Medicina Narrativa e Ética e Integridade da Investigação Científica no Instituto de Inovação e Investigação em Saúde -i3S - Universidade do Porto.
Resumo:
O podcast consiste numa conversa em torno das formas como as humanidades e a saúde se podem cruzar na prática. As artes, enquanto instrumentos de desenvolvimento da imaginação, são essenciais tanto nos processos de descoberta científica, quanto no diagnóstico e cura em saúde, e no pensamento crítico. Projetos concretos que cruzam a criação artística e o trabalho científico de laboratório permitem comunicar de forma visual os processos de produção de conhecimento. Trabalhando a linguagem, as artes também ajudam a tornar a observação em saúde mais sensível e detalhada, porque atende à diversidade e expressão individual. As humanidades e as artes ajudam ao envolvimento dos cidadãos na ciência, facilitando a comunicação dos saberes disciplinares em saúde e permitindo um diálogo entre os leigos, os investigadores e os profissionais.
O espanto, a indignação, a curiosidade e também a reserva de bom-senso cidadãos são formas importantes de regulação do mundo científico e as questões éticas acompanham todo o processo de produção tecnocientífica para garantir a equidade e a devolução dos resultados às comunidades implicadas. A literacia em ciência é essencial para este processo, assim como a capacidade de comunicar o complexo de forma simples, através de vários media e contextos de saúde. A procura de um sentimento de coerência na saúde pode ajudar a explicar a procura de terapias complementares no ocidente, e os cuidados de saúde individualizados e integrados podem ajudar a considerar a pessoa com doença, e não a pessoa doente. Na saúde mental, a injustiça testemunhal face ao sistema diagnóstico pode ser reduzida pela participação cidadã na construção do conhecimento em saúde.

Episódio 14 -Justiça no acesso à urgência e ao medicamento
Apresentação:
João Moreira Pinto
Médico, Cirurgia Pediátrica. Diretor Científico do Hospital-Escola da Universidade Fernando Pessoa.
Participação:
Miguel Soares Oliveira
Cirurgião pediátrico, ex-presidente do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), atual coordenador do Programa Nacional de Desfibrilação Automática Externa.
Resumo:
Como se garante a justiça no aceso à urgência e ao medicamento? O episódio percorre estas questões através dos conhecimentos e percurso profissional do médico Miguel Soares Oliveira, que apresenta o desenvolvimento das modalidades de funcionamento do INEM e das urgências. A criação de equipas fixas e da especialidade são medidas que permitem melhorar o acesso aos serviços de urgência. O INEM, para além das suas funções específicas, promove ainda formação profissional nas competências de urgência e de cidadania. Esta formação é feita nas unidades de saúde e também com a população geral, por exemplo para a utilização do desfibrilador de emergência pelos cidadãos, obrigatório em espaços públicos populosos. O podcast aborda ainda a importância da literacia em saúde, de modo a evitar a sobrecarga nas urgências e a recuperar o manancial de conhecimentos tradicionais e familiares nos gestos de saúde básicos.

Episódio 13 -Desafios bioéticos na diplomacia médica
Apresentação:
João Moreira Pinto
Médico, Cirurgia Pediátrica. Diretor Científico do Hospital-Escola da Universidade Fernando Pessoa.
Participação:
Francisco Pavão
Médico de Saúde Pública. Secretário da Comunidade Médica de Língua Portuguesa.
Resumo
A diplomacia médica consiste numa área cada vez mais solicitada pelos sistemas de saúde internacionais e pelos problemas levantados pela saúde global. A diplomacia da saúde global é um termo que tem vindo a ganhar expressão nos últimos 20 anos, embora a diplomacia da saúde já esteja presente na Europa desde o final do século XIX, numa altura em que se fizeram sentir problemas de saúde transfronteiriços, como surtos de peste e de febre amarela. Nos dias de hoje, os médicos e as ciências médicas são solicitados para ajudarem a resolver as questões políticas e geopolíticas levantadas pela saúde global, como foi o caso da epidemia por sars cov2. A ONU representa atualmente o organismo que congrega os atores multidisciplinares principais na promoção das relações de saúde global entre os países e as principais regiões do mundo.

Episódio 12 - Como e quando pensar em Cuidados Paliativos?
Apresentação:
Joana Queiroz-Machado
Médica de Medicina Geral e Familiar. Diretora Técnica e Clínica Unidade de Cuidados Continuados do HE-FP.
Participação:
Daniela Duarte Silva
Médica de Medicina Geral e Familiar. Coordenadora da USF Brás Oleiro, ACES Gondomar. Formação Intermédia em Cuidados Paliativos pela ARS Norte. Colabora com o GesPal (Grupo de Estudos em Cuidados Paliativos da APMGF). Docente Convidada da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto e Instituto Universitário de Ciências da Saúde – CESPU.
Resumo:
Os cuidados paliativos na visão do médico de família são abordados neste episódio. Lidar com as pessoas em fim de vida ou com doença complexa representa uma área específica do cuidar, e levanta questões importantes de comunicação e de relacionamento com os profissionais de saúde e com as famílias. Importa promover uma reflexão sobre as emoções envolvidas em situações de fragilidade e de mortalidade. Os cuidados paliativos tendem a ser aconselhados em momentos cada vez mais precoces, na medida em que são usados para promover a vida e não essencialmente para resolver o processo de morrer. Os médicos de família têm uma proximidade com as pessoas em sofrimento que os torna em interlocutores privilegiados para as pessoas com doença crónica, degenerativa e/ou com necessidade de cuidados paliativos.

Episódio 11 - O que é a natureza humana e como se manifesta no século XXI?
Apresentação:
Marina Lencastre
Professora Catedrática Jubilada da Universidade do Porto. Professora Catedrática na Universidade Fernando Pessoa.
Participação:
Rodrigo de Sá-Nogueira Saraiva
Professor Associado da Universidade de Lisboa. Fundador da Sociedade Portuguesa de Etologia, da Associação Portuguesa de Psicologia Experimental e da Associação Interdisciplinar para o Estudo da Mente.
Resumo:
Conversa acerca das origens e desenvolvimento da biologia do comportamento animal e humano. A etologia é apresentada, assim como as questões críticas a que deu origem, nomeadamente a partir das ciências sociais e dos reparos que fizeram à aplicação das observações animais sobre hierarquias, agressão ou comportamentos rituais aos seres humanos. A sociobiologia foi introduzida a partir das suas teorizações mais importantes e estabelecida a sua relação com a psicologia evolutiva. Foram abordadas as consequências da biologia do comportamento para um aprofundamento dos conhecimentos em saúde mental e bem-estar. Os estudos recentes sobre a evolução de uma proto-moral nos animais permitiu tecer considerações relativas ao que pode constituir uma verdadeira ética, descentrada da pessoa, abrindo a discussão sobre a teoria da mente e sobre a evolução das ideias sobre a alma.

Episódio 10 - Relações Sociedade-Natureza: que futuros possíveis?
Apresentação:
Diogo Guedes Vidal
Investigador Auxiliar Convidado no Centro de Ecologia Funcional, Laboratório Associado TERRA, Departamento de Ciências da Vida da Universidade de Coimbra
Participação:
Fátima Alves
Socióloga, Professora Associada na Universidade Aberta e Investigadora-Coordenadora do grupo de investigação Sociedades e Sustentabilidade Ambiental no Centro de Ecologia Funcional da Universidade de Coimbra.
Resumo:
A ideia de progresso, associada à modernidade, é traduzível na dominação da humanidade sobre a Natureza. Tal visão, ancorada numa lógica de Excecionalismo humano, pressupõe que os humanos são fundamentalmente diferentes e superiores a todas as outras espécies e que a história da sociedade humana é de um progresso sem fim. Partindo da experiência de Fátima Alves sobre os processos socioecológicos, neste podcast refletiremos sobre como têm sido pautadas as relações e tensões Sociedade-Natureza e que futuros possíveis se vislumbram para transformar esta relação.

Episódio 09 - Ecossistemas naturais e “ecossistemas de compensação” nos centros de concentração humana
Apresentação:
Paulo Farinha Marques
Arquiteto Paisagista e Professor Associado - FCUP & Biopolis_UP
Participação:
Paulo Célio Alves
Biólogo e Professor Associado com Agregação - FCUP& Biopolis_UP
Resumo:
O avassalador aumento da população humana no Planeta e consequente desaparecimento de recursos naturais fundamentais à sobrevivência como a biodiversidade, reclama redobrada atenção na compensação desta perda. Este esforço implica acentuar a conservação dos ecossistemas naturais e a criação de “ecossistemas de compensação” nos centros de concentração humana, de modo a promover a saúde e bem-estar dos humanos e dos outros seres vivos.

Episódio 08 - Biofilia e Espaços Verdes
Apresentação:
Marina Lencastre
Professora Catedrática Jubilada da Universidade do Porto. Professora Catedrática na Universidade Fernando Pessoa.
Participação:
Diogo Guedes Vidal
Investigador Auxiliar Convidado no Centro de Ecologia Funcional, Laboratório Associado TERRA, Departamento de Ciências da Vida da Universidade de Coimbra
Resumo:
Neste episódio discutido um dos aspetos mais preocupantes da atualidade que está associado com a urbanização crescente das populações humanas: o afastamento do meio natural e dos seus elementos vegetais, animais e geológicos. Esta questão tem recebido a atenção de diversas disciplinas que se ocupam com a saúde e o bem-estar humanos, mas também com a sustentabilidade dos modos de vida e com a preservação dos ecossistemas naturais e da biodiversidade. O conceito de biofilia é o mote para conversar sobre estes temas.

Episódio 07 - Pensar com Bioética: desafios e oportunidades
Apresentação:
Susana Teixeira
Professora Auxiliar na Universidade Fernando Pessoa. Investigadora nas áreas de Medicina Narrativa e Ética e Integridade da Investigação Científica no Instituto de Inovação e Investigação em Saúde -i3S - Universidade do Porto.
Participação:
Helena Gonçalves
Coordenadora do Fórum de Ética da Católica Porto Business School
José Eduardo Figueiredo Soares
EDP; Fórum de Ética da Católica Porto Business School
António Carneiro
Hospital da Luz Arrábida
Resumo:
Este episódio aborda diferentes dimensões da Bioética, desenvolvendo questões éticas da sustentabilidade humana e não humana, da economia e da cultura organizacional, assim como das áreas mais específicas da medicina interna e intensiva. A ética promove o questionamento sobre a natureza do Bem, quer no contexto das organizações/instituições, quer na vida de cada um de nós. Conceitos como esperança e vulnerabilidade e o modo como se articulam nas várias

Episódio 06 - Participação da área das humanidades na área do bem-estar e saúde em geral
Apresentação:
Pedro Cunha
Professor Catedrático da Universidade Fernando Pessoa. Especialista em Psicologia do Conflito, Negociação e Mediação e em Psicodrama.
Participação:
Ana Paula Monteiro
Professora Auxiliar da Universidade de Trás-os-.Montes e Alto Douro. Membro do Centro de Investigação e Intervenção Educativa da Universidade do Porto.
Resumo:
O episódio aborda a questão das tecnologias na vida social e o modo como podem afetar as relações entre as pessoas e produzir conflitos de vária ordem e em diversos contextos. A mediação de conflitos nas escolas, na saúde, na justiça, nas famílias, poderá ser uma ferramenta de grande valor numa altura em que as divergências abandonaram a esfera material e se deslocaram para a esfera digital. Problemas diversos como o ciberbullying, a fraude eletrónica (pishing) e outros problemas que emergiram nas redes sociais afetam a saúde e o bem-estar, particularmente dos mais jovens e dos mais expostos à influência digital. Mas as tecnologias também trouxeram grandes benefícios, como foi o caso durante o confinamento causado pela pandemia sars cov2. Juntou pessoas, permitiu o teletrabalho, definiu novas modalidades de relação online na educação e na saúde e também mostrou que, em períodos de sofrimento, sabemos ser solidários.

Episódio 05 - O envolvimento das ciências da vida, sociais e públicas com a sociedade
Apresentação:
Teresa Toldy
Doutorada em Teologia (área da Teologia Feminista) pela Philosophisch-Theologische Hochschule Sankt Georgen (Frankfurt/Alemanha), Mestre em Teologia (ramo de Teologia Sistemática) pela Universidade Católica Portuguesa, Licenciada em Teologia pela Universidade Católica Portuguesa. Pós-doutorada pelo Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra. Professora Catedrática da Universidade Fernando Pessoa (Porto), onde ensina Ética. Investigadora do CES integrada na Linha Temática "Democracia, justiça e direitos humanos". Co-coordenadora do Grupo de Trabalho POLICREDOS, juntamente com Júlia Garraio e Luciane Lucas Santos, bem como do grupo de trabalho GPS, juntamente com Ana Cristina Santos e Madalena Duarte. Vice-Presidente da Associação Portuguesa de Estudos sobre as Mulheres, entre 2009 e 2014. Membro do Conselho Editorial da coleção e da revista da ESWTR (Studies in Religion), associação à qual pertence.
Participação:
João Arriscado Nunes
Investigador Permanente do Centro de Estudos Sociais e membro da Coordenação do Programa de Investigação em Epistemologias do Sul (alice-ES). Professor Catedrático Aposentado de Sociologia da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra. Foi co-coordenador do Programa de Doutoramento "Governação, Conhecimento e Inovação" e membro do Conselho Consultivo da Associação Portuguesa de Sociologia. Membro da coordenação do projeto ALICE - Espelhos estranhos e lições imprevistas, dirigido por Boaventura de Sousa Santos e financiado pelo European Research Council (2011-2016). Foi Pesquisador Visitante na Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), no Rio de Janeiro (2011-2012), e Director Executivo do CES (1998-2000). Os seus interesses de investigação centram-se nas áreas das epistemologias do Sul, estudos de ciência e de tecnologia (em particular, da investigação biomédica, ciências da vida e da saúde pública, da relação entre ciência e outros modos de conhecimento), da sociologia política (democracia, cidadania e participação pública, nomeadamente em domínios como ambiente e saúde), Direitos Humanos e teoria social e cultural.

Episódio 04 - Comunicação e Bem-estar
Apresentação:
Ricardo Jorge Pinto
Jornalista político, comentador político RTP, professor de estudos mediáticos na UFP. Doutoramento em Estudos Mediáticos em 1997 pela University of Sussex e Licenciatura em Jornalismo em 1991 pelo(a) Escola de Jornalismo do Porto.
Participação:
Salvato Trigo
1976-1977 Assistente da Faculdade de Letras do Porto
1977-1978 Membro do Conselho Directivo da Faculdade de Letras do Porto
1981-2012 Professor da Faculdade de Letras do Porto (em licença sem vencimento desde 2000)
1983-1995 Fundador e Diretor da Escola Superior de Jornalismo (ESJ)
1984-1986 Presidente da Comissão Instaladora do Instituto Politécnico de Viana do Castelo
1988 – … Fundador e Presidente do Conselho de Administração da Fundação Ensino e Cultura Fernando Pessoa
1994-1997 1º Presidente da Direcção da APESP-Associação Portuguesa do Ensino Superior Privado
1994-1998 Presidente do Grupo ATLANTIS de Universidades Europeias e Sul-Americanas para a Cooperação
1994 – … Fundador e Reitor da Universidade Fernando Pessoa
1996-2010 Vice-Presidente do Réseau Transméditerranéen des Centres de Formation Multimédia (França)
2004-2008 Presidente da AUNI/ Rede SABIÁ – Associação Universitária Internacional
2009-2012 Autor do projecto da concepção funcional do Hospital-Escola da Universidade Fernando Pessoa
2012 – … Presidente do Conselho de Administração do Hospital-Escola da Universidade Fernando Pessoa
· Medalha A. Nobling da Sociedade de Língua Portuguesa (Brasil)
· Chevalier de l’Ordre des Palmes Académiques (França)
· Doutor “Honoris Causa” pela ULBRA – Universidade Luterana do Brasil (Brasil) (1997)
· Título de Cidadão Honorário da Cidade de Porto Alegre-Rio Grande do Sul (Brasil), 1998
· Prémio de “Comunicador do Ano”, em Setembro de 1998, pela Federation of European Industrial Editors Associations
· Medalha de Ouro do ISCIA – Instituto Superior de Ciências da Informação e da Administração (15 de Fevereiro de 2003)
· Comendador da Ordem do Infante D. Henrique, concedida por S. Ex.cia o Presidente da República Dr. Jorge Sampaio
· “Doctor Honoris Causa” pela Université du Sud Toulon-Var (França) (15 de Setembro de 2006)
· “Prémio Prestígio AltoMinho Business Award 2008” atribuído pelo CEVAL – Conselho Empresarial dos Vales do Lima e Minho (31 de Outubro de 2008)
· Eleito Académico-Correspondente da 2ª Secção (Filologia e Linguística) pelos membros efetivos da Classe de Letras da Academia das Ciências de Lisboa (12 de Abril de 2016)

Episódio 03 - Neurociência - os impactos da evolução tecnológica na vida humana
Apresentação:
Fernando Barbosa
Licenciatura em Psicologia (área Psicologia Clínica e da Saúde) pela FPCEUP Doutoramento em Ciências Biomédicas (ramo Neurociências) pela U.Porto Titular de especialidade em Psicologia clínica e da Saúde e especialidade avançada em Neuropsicologia pela Ordem dos Psicólogos Portugueses
Participação:
João Marques Teixeira
Detentor de um percurso amplamente reconhecido tanto no domínios da psiquiatria como da psicologia, João Marques Teixeira, licenciou-se em Medicina e Cirurgia pela Faculdade de Medicina da U.Porto (FMUP), tendo aí iniciado a carreira docente em 1975, lecionando as aulas práticas de Anatomia Topográfica.
Com especialização em Psiquiatria desde 1983, recebeu, dois anos depois, o título de psicoterapeuta antropoanalista pela Sociedade Portuguesa de Antropoanálise. Nesse altura, já havia iniciado a sua ligação ao Hospital Conde Ferreira, instituição onde foi assistente de 1979 a 1991, tendo ainda desempenhado o cargo de diretor clínico de 2002 a 2006.
Autor de mais de duas centenas de publicações, publicou 11 livros, sete capítulos de livros e mais de seis dezenas de artigos em revistas nacionais e internacionais com elevado fator de impacto, e foi investigador principal em mais de 35 projetos financiados.
Do trabalho enquanto investigador, destaca-se a criação de um modelo de neuro-melhoramento e neuroterapia por neurofeedback, cognição normal e patológica e reabilitação em Saúde Mental.

Episódio 02 - A saúde mental e as consequências do lockdown
Apresentação:
Eduardo Paz Barroso
Eduardo Paz Barroso (Porto, 1957) é doutorado em Ciências da Comunicação (especialidade de Comunicação e Cultura) pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, e licenciado em Filosofia pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Escreve e investiga sobre artes plásticas, cinema, literatura, e análise dos media. Jornalista desde 1980, trabalhou para diversos órgãos de comunicação social, tendo-se especializado em questões culturais e artísticas. Foi o primeiro director do Teatro Nacional de São João (1992-1995). Tem comissariado diversas exposições e ciclos de colóquios e participado em inúmeras conferências em várias instituições, nomeadamente o Museu de Serralves e a Fundação Calouste Gulbenkian, onde também foi colaborar do Serviço de Bibliotecas e Apoio à Leitura (1996-2002). É Professor de Estética e Ciências da Comunicação na Universidade Fernando Pessoa e investigador do LabCom da Universidade da Beira Interior.
Participação:
Cláudia Milheiro
Licenciada e Mestre em Psicologia em Psicologia Clínica pela Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto, Assistente Convidada do ensino superior. Psicóloga Clínica, Assessora, no Hospital de Magalhães Lemos no Porto e com Consultório privado, com longa experiência em consulta de crianças, jovens e adultos. Tem publicado vários artigos nas áreas de Psicologia Clínica, Saúde Mental e Arte. Psicanalista Aderente da Sociedade Portuguesa de Psicanálise (membro da International Psychoanalitical Association (IPA) e da Federação Europeia de Psicanálise (FEP) ).

Episódio 01 - Apresentação da Rede "Compor Mundos"
Este é o podcast de apresentação do projeto “COMPOR MUNDOS: HUMANIDADES, BEM-ESTAR E SAÚDE NO SÉCULO XXI": uma rede de especialistas da área das humanidades e da saúde que pensam as questões do bem-estar e da saúde nas sociedades contemporâneas. Marina Lencastre (UFP) e Rui Estrada (UFP-CITCEM), coordenadores do projeto, conversam sobre a sua origem, desenvolvimento e perspetivas de futuro.