
Figueira dos anos 60: vida autárquica por José Coelho Jordão
By Miguel Jordão Podcast
Há estórias que não devem ficar fechadas na gaveta, porque são elas a história de uma cidade.

Figueira dos anos 60: vida autárquica por José Coelho JordãoOct 23, 2020

#30 Homenagens e condecorações
Coelho Jordão enumera as pessoas e entidades, que por terem prestado um alto serviço à Figueira, foram merecedoras da Medalha de Ouro e do Diploma Honorário da cidade, onde o próprio se inclui. E termina.

#29 "Seria o fim da Figueira", diz Coelho Jordão
Toda a história da Fábrica de Cimento do Cabo Mondego.
O relato de uma luta entre a Câmara e a empresa, que por todos os meios tentou aumentar a sua capacidade de produção.
Mas isso, seria o fim da encosta da Serra da Boa Viagem e da cidade como destino turístico.

#28 Mais do que uma inauguração, um dia de alegria para a cidade
Em 1966, o Presidente da República Américo Tomás, é recebido pelos figueirenses, com grande entusiasmo, no dia da inauguração do Porto.
Coelho Jordão recorda-o através das palavras escritas no Voz da Figueira, "chuva de papelinhos encarnados e verdes, flores numa mistura com um sorriso grande e aberto ao sr. Presidente da República, a emoldurar um quadro único, imponente mesmo, nunca por nós presenciado".

#27 O crescimento da Indústria e a criação do Parque Industrial
Vivia-se na Figueira um período áureo, de grande dinamismo económico, fruto das obras do porto e da expectativa de grande movimento económico que daí poderia vir.
Era o momento de criar riqueza, de chamar a indústria à cidade. A primeira a ser instalada foi a CELBI, inaugurada em 1967, à qual sucederam outras em áreas diversas, como a de carboreto de cálcio, de transformação de resinas, de algas em ágar-ágar, assim como a incontornável indústria de malhas.

#26 Acesso via aérea à Figueira, dois projetos não concretizados
Coelho Jordão fala sobre dois projetos, duas tentativas de aproximar a Figueira à Europa e ao Mundo.
A utilização da Base Aérea de Monte Real para aviões charter e a construção de uma base aérea nos arredores da cidade.
Duas ideias que estiveram perto de ser concretizadas. Outros autarcas tentaram retomar mas, até hoje, nada mudou.

#25 A nova ponte sobre o Mondego
A ponte existente, com um sentido, já não respondia às necessidades de trânsito da Figueira, para além de ser um empecilho para a expansão do porto.
Coelho Jordão insiste, constantemente, junto do Ministro das Obras Públicas e da Junta Autónoma de Estradas, que despacha a execução do projeto, em 1968.
Assim aconteceu mas a obra não andou. Esta só se viria a realizar depois de 1980.

#24 Um problema habitacional resolvido a um preço simbólico
Coelho Jordão fala sobre a construção do edifício dos Serviços da Caixa de Previdência e a necessidade de resolver o problema habitacional da cidade, de escassez de casas de renda económica.
Daqui parte-se para a construção do Bairro do Cruzeiro e o aumento do Bairro da Bela Vista.

#23 Prioridade para a construção do Ciclo Preparatório
Para Lisboa, a construção do edíficio do ciclo praparatório na Figueira da Foz não era uma prioridade.
A não ser que, rapidamente, se arranjasse um terreno para este fim. Alterou-se o plano de urbanização das Abadias, destinou-se o espaço para o ciclo e a obra avançou.

#22 Mercado e Matadouro, melhorias nos serviços
Numa cidade que se quer mais moderna, há a necessidade de intervir em dois espaços: o mercado de Buarcos, até então a realizar-se na rua, e o Matadouro Municipal, com um equipamento que iria permitir um melhor manuseamento das peças e garantir uma maior higiene.

#21 Obras no edifício da Câmara
Quando Coelho Jordão chega à Câmara, o edifício alberga para além das suas repartições, o Tribunal, as Finanças e a Escola Comercial e Industrial.
As entidades vão ser separadas, e com libertação do espaço, começam as obras. Vai ser gasto um valor total de 1063 contos.

#20 Arruamentos
É uma lista extensa de novas ruas e ligações.
Coelho Jordão fala sobre a compra de casas, as demolições, projetos e homenagens a figuras importantes da cidade. Arruamentos que trazem à cidade uma melhoria no trânsito e nas condições da cidade.

#19 Modernização da Esplanada
Coelho Jordão fala da requalificação de um espaço importante da cidade, de grande movimento e vista privilegiada.

#18 Da Avenida Salazar a Buarcos, uma obra desafogada
A Câmara não tinha verba para as obras na avenida que ligaria a Ponte Galante a Buarcos.
Coelho Jordão vai pensar numa estratégia, engenhosa, que leva a Lisboa, onde lhe darão "luz verde".

#17 Fonte luminosa, "um espetáculo imprevisto de beleza"
De uma viagem a Cádis, Coelho Jordão traz na bagagem a inspiração para a construção de uma fonte luminosa na Figueira da Foz, que alguém diz ser a tentativa desta "acertar o passo com as grandes cidades mundiais".

#16 Avenida Oliveira Salazar, o projeto de urbanização
Coelho Jordão descreve o projeto, conta as histórias das negociações.
Por altura do Natal, oferecem-lhe um apartamento. Pois "bateu na porta errada", remata.

#15 A vontade de ter "uma cidade moderna e virada para o futuro"
Assegurar compromissos entre a Câmara e construtores, potenciar terrenos privilegiados para fins turísticos, garantir espaços verdes e qualidade dos materiais.
Muitas foram as preocupações na concretização da urbanização, desde a Encosta Sul da Serra da Boa Viagem até ao bairro da Bela Vista, passando pela Quinta do Guerra e Quinta do Paço.

#14 Parque de Campismo, "um legítimo orgulho para os figueirenses"
Coelho Jordão pretendia um parque que servisse a cidade.
Em 64 é inaugurado e logo se torna num dos melhores do país. Os elogios, "excessivos", diz o autarca, repetem-se, e descrevem este novo espaço como "um dos mais completos da Europa e mais aprazíveis do Mundo".

#13 Projeto do Bairro do Cruzeiro, o primeiro plano de urbanização da Câmara
Um projeto cuidado, com zonas verdes e ruas espaçosas, que mais tarde, revelou-se muito importante para a instalação dos edifícios dos Serviços da Caixa de Previdência.

#12 Um novo Plano de Ordenamento para a cidade
Até então, sem um plano de ordenamento, cada um apresentava o seu projeto e cabia à Câmara aprovar ou não.
Um novo plano de cérceas, rigoroso, bem definido e de carácter inalterável, vem trazer uma maior tranquilidade.

#11 Os mil contos dos Sotto Mayor
Coelho Jordão recorda o insólito episódio da compra do terreno da família Sottomayor.

#10 Depois das negociações, a urbanização
Ruas largas e lugares de estacionamento, lotes definidos.
A urbanização do Parque das Abadias contada por Coelho Jordão.

#9 Hoje Abadias, outrora valiosas propriedades
Ciclópica.
A palavra é de Coelho Jordão quando descreve a complicada tarefa da aquisição de perto de 27 hectares de terreno, o atual Parque das Abadias.
Na visão do autarca, uma faixa verde que se estenderia desde do Parque de Campismo até ao rio Mondego.

#8 Vale das Abadias e Vale do Galante, "Uma cidade para daqui a 100 anos"
Coelho Jordão recusa uma cidade para "agora".
Junto dos projetistas, desenha a visão de uma cidade com avenidas e vistas largas. Uma vez mais, o cepticismo de alguns figueirenses faz-se ouvir.
Mas em 1970, toda a urbanização do Vale das Abadias estava realizado, e acrescenta, "quando se sabe o que se quer e esse querer está bem alicerçado em estudos profundos e sérios, (...) com uma engenharia financeira muito correta e poderosa, isso levará a que o trabalho chegue ao fim sem dificuldades".

#7 O difícil percurso do Urbanismo
O Urbanismo revela-se uma área complicada.
Com a entrada de Coelho Jordão para a Câmara há mudanças. Contrata-se novo responsável, apresenta-se um projeto em dez meses, faz-se a maquete e expõe-se.
Ouvem-se os figueirenses, fala-se num "sonho delirante". Mas o projeto avança.

#6 Breve história da elevação do Concelho de rural a urbano
Nem todas as histórias têm um final feliz.
Na tentativa de elevar o Concelho de rural a urbano, Coelho Jordão decide alargar o perímetro da cidade, mas "precisa" de 5 mil habitantes. Vai usar diferentes argumentos, mas sem sucesso.

#5 Museu e Biblioteca: um apoio fundamental
Em resposta ao tão esperado telegrama da Fundação Gulbenkian, agradece-se "o alto benefício concedido que, extraordinariamente, engrandece a cidade e o seu património".
Coelho Jordão recorda as reuniões, os projetos, as homenagens, histórias da construção do edifício do Museu e Biblioteca, um investimento que a Câmara não podia suportar, mas que soube contornar.

#4 Finalmente a elevação do Liceu Municipal a Nacional
Sucediam-se as manifestações dos figueirenses junto ao Ministério da Educação, em Lisboa.
Até ao dia em que chega a garantia da tão desejada elevação do Liceu a Nacional. Fica pelo meio a memória de um "secreto" almoço de sardinhas assadas.

#3 Palácio da Justiça: o dia da inauguração
O primeiro acto oficial como Presidente da Câmara.
Coelho Jordão descreve o simbolismo das tapeçarias, pinturas e mosaicos existentes no edifício.

#2 De vereador a presidente, e "um lugar por ocupar que não deve estar à altura de muitos"
O convite para vereador e a vitória nas eleições de 1959 marcam o início do percurso político de Coelho Jordão.
Contra a sua vontade, assume a presidência, provisoriamente, mas a inauguração do Palácio da Justiça vai ditar o futuro de Coelho Jordão à frente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, durante quase uma década.

#1 Do Alqueidão ao regresso à sua cidade
Coelho Jordão apresenta-se. Fala do seu percurso escolar e das suas primeiras experiências, já no mundo profissional. Percorra as histórias que o levam do Alqueidão até à capital, de Bragança ao Algarve e, finalmente, o regresso à sua cidade.