
Histórias para ouvir lavando louça
By ter.a.pia

Histórias para ouvir lavando louçaNov 28, 2023

O LUTO PELAS IRMÃS QUE NÃO CONHECI
A Aline teve duas irmãs: a Mércia e a Márcia, e as duas morreram afogadas em um acidente quando foram à praia pela primeira vez. Tudo isso aconteceu antes da Aline nascer e, por conta disso, ela carregou uma enorme culpa ao longo da vida.
Antes de tudo acontecer, a mãe das meninas morava no Rio Grande do Norte e decidiu se mudar com o marido para São Paulo em busca de melhores condições de vida.
Ela teve as duas primeiras filhas e após 15 anos morando em São Paulo, optou por voltar para o Rio Grande do Norte. Na época da mudança, Mércia e Márcia tinham respectivamente 14 e 11 anos.
Assim que chegaram, as irmãs pediram para irem à praia. A mãe não pôde ir, mas permitiu que as filhas fossem acompanhadas de outros familiares.
A praia era formada de muitas pedras e por falta de informação, as irmãs acabaram parando em uma área que impossibilitou a volta delas. Ao perceber o afogamento, o namorado da tia tentou salvá-las e também acabou falecendo no resgate.
Além da dor do luto, a mãe das meninas foi consumida pela culpa, ainda mais com o marido a culpando também. Enquanto tudo isso aconteceu, ele estava em São Paulo.
Claro que tudo havia sido um acidente e não há culpados nessa história. Mas o pai da Aline não percebia que ele também não pôde ir à praia quando a tragédia aconteceu.
As meninas partiram em novembro de 1993. Em fevereiro, a mãe descobriu que estava grávida novamente. Poucos meses depois, nasceu a Aline.
Por muitos anos, ela sentiu que sua vida servia para ocupar o vazio que as irmãs haviam deixado e isso fez com que ela carregasse uma enorme culpa. Além disso, ela diz ter tido uma infância mais restrita.
Aline só soube dos detalhes do acidente na vida adulta. Embora ela soubesse que as irmãs tinham falecido em um afogamento, ninguém na família tocava no assunto. Por conta disso, hoje, ela entende a superproteção da mãe.
A Aline só conseguiu ressignificar a culpa a partir do momento em que também se tornou mãe. Ela teve duas filhas e deu o nome de Mércia para a sua primeira filha, para homenagear a irmã que ela nunca conheceu.
Conheça o trabalho da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático pela página deles no Instagram https://www.instagram.com/sobrasa/
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O Histórias para ouvir lavando louça é um podcast do ter.a.pia apresentado por Alexandre Simone e Lucas Galdino. Para conhecer mais do ter.a.pia, acesse historiasdeterapia.com.
Edição: Felipe Dantas
Roteiro: Luigi Madormo
Voz da vinheta: Patrícia Rodrigues e Manu, apoiadoras na Orelo.

ME APAIXONEI PELO MOTOTÁXI
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Roteiro: Luigi Madormo
Voz da vinheta: Renata Reis, apoiadora na Orelo.

AS CONQUISTAS PARA UMA MULHER PRETA REALIZAR SEU SONHO
A Rose percorreu um longo para ter mais dignidade e qualidade de vida. Ela é filha de nordestinos, preta, periférica e começou a trabalhar ainda aos 12 anos para ajudar em casa.
Mesmo com diversos obstáculos, ela se tornou enfermeira e hoje coordena a área de Enfermagem da ala pediátrica no Hospital do M’Boi Mirim, em São Paulo.
A Rose nasceu em São Paulo e, durante a infância, se mudou para Pernambuco com os pais e os irmãos. Ela é a quinta irmã, de nove filhos.
Ela voltou para São Paulo aos 10, e aos 12, começou a trabalhar na feira para ajudar a complementar a renda familiar e levar algumas frutas gratuitamente para casa. Foram 2 anos nessa rotina, até que ela pôde assinar a carteira de trabalho aos 14 anos.
Ela entrou em uma empresa de confecções, mas 6 meses depois de ter arrumado esse emprego, a mãe dela faleceu. Com a ausência da mãe, ela se sentiu ainda mais responsável por ajudar o pai viúvo a sustentar o restante da família.
Aos 20, ela casou, teve a sua primeira filha, e em razão disso, decidiu voltar aos estudos. Na época, o marido (que agora é ex) não gostou do retorno aos estudos, no entanto ela seguiu independente da opinião dele.
O casamento acabou logo quando ela estava no último ano de faculdade. Nisso, ela teve que equilibrar o tempo, o trabalho e o fato de ter se tornado mãe solo de duas filhas.
Foram muitas adversidades até ela arrumar o primeiro emprego como enfermeira. Alguns anos depois, em 2008, ela entrou na instituição em que trabalha até hoje, se tornou líder da área e se sente muito realizada.
Apesar da história da Rose ser muito bacana, é importante dizermos que também é uma exceção. De acordo com a Band News, mulheres negras representam apenas 3% das lideranças no Brasil.
A luta por mais políticas públicas continua e a Rose se considera uma vencedora.
O episódio de hoje é uma parceria editorial do ter.a.pia com o time de Diversidade e Inclusão do Hospital M’Boi Mirim. Vamos contar 4 histórias de funcionários do Hospital que integram grupos minorizados.
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Roteiro: Luigi Madormo
Voz da vinheta: Renata Ribeiro, apoiadora na Orelo.

MINHA MÃE ME ADOTOU MESMO SENDO FRUTO DE TRAIÇÃO
A Jussara foi entregue nos braços da mãe da adotiva dela aos 3 meses de idade. Ela foi fruto de uma traição do seu pai. Mesmo assim, a Dona Maria Inês, que é quem a adotou, não hesitou em ficar com ela e a amou até o seu último suspiro de vida.
A Dona Maria Inês era casada com o pai biológico da Jussara, mas a própria Jussara descreve o pai como alguém que era infiel, agressivo e que enfrentava problemas com o álcool.
Em algum momento, o pai teve um caso com a mãe biológica da Jussara, que acabou engravidando. Quando a Jussara nasceu e completou 3 meses de vida, a mãe biológica dela foi até à casa da Dona Maria Inês e do pai biológico para entregar a criança à ele.
Foi a Dona Maria Inês que atendeu a porta. Nisso, ela teve dois choques: o de descobrir que havia sido traída, e que a traição havia gerado uma criança.
Ainda que tudo isso tenha explodido no mesmo momento, ao olhar para a Jussara, a Dona Maria Inês compreendeu que a bebê não tinha culpa alguma no que havia acontecido.
Devido a esse olhar de compaixão, a Dona Maria Inês decidiu ficar com a Jussara e registrá-la no cartório. A partir disso, mesmo que tenha lidado com maus comportamentos do pai, a Jussara teve uma vida bastante feliz.
Além de dar amor e uma vida digna à filha, a Dona Maria Inês não titubeou em aceitá-la por completo. Isso porque, apesar de ser muito religiosa e seguir a doutrina evangélica, ela nunca virou as costas para a Jussara, que é uma mulher lésbica.
Tanto a Dona Maria Inês, quanto a Jussara, presenciaram a Igreja que elas frequentavam pregando afirmações homofóbicas. Por conta disso, a história delas é uma prova de que o amor é capaz de vencer a desinformação, o preconceito e o ódio.
A Dona Maria Inês faleceu em 2013, mas o laço de amor entre as duas é infinito. Durante o episódio, Jussara destaca que, no final, a ligação sanguínea é somente um detalhe e que ter nascido do coração de alguém é a melhor coisa que poderia ter acontecido.
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Roteiro: Luigi Madormo
Voz da vinheta: Renata Ribeiro, apoiadora na Orelo.

NINGUÉM VAI INVALIDAR NOSSO CASAMENTO
A Thauana e a Aline se beijaram pela primeira vez em uma festa e depois disso, a relação das duas floresceu naturalmente.
Durante o episódio, a Thauana brinca sobre ser comum encontrar lésbicas que namoram e se casam rapidamente, mas que ela e a Aline fugiram um pouco dessa regra. Afinal, elas demoraram 8 anos para se casarem!
O amor delas também germinou nas pessoas ao redor. Tanto a família da Thauana, quanto a da Aline, as respeitaram e apoiaram desde o início.
Vale destacar que a mãe da Aline é bastante religiosa, e mesmo assim, está ao lado da filha. Isso só prova que o preconceito não está na religião, e sim, nas pessoas.
O casamento emocionou a todas as pessoas que compareceram. Na cerimônia, a amiga que foi a celebrante fez questão de lembrar que todos estavam ali por amarem muito as duas e por festejarem o amor que existe entre elas.
Por mais que pareça ser uma história comum, o amor da Thauana e da Aline tem muitos motivos para ser celebrado.
Recentemente, a Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que proíbe o casamento homoafetivo.
O projeto foi criado por um depurado pastor e recebeu 12 votos favoráveis. Ele ainda será analisado em outras comissões, mas caso seja aprovado, passará para o Senado.
Mesmo que o projeto não seja aprovado pelas outras comissões, precisamos lembrar que a conquista de direitos não é permanente. Pessoas LGBTQIA+ sofrem ameaças aos direitos conquistados frequentemente.
Existem milhares de pessoas LGBTQIA+ sendo reprimidas diariamente. Por isso, estamos aqui para lembrar que assim como a Thauana e a Aline, nós e toda a comunidade LGBTQIA+ existimos e resistimos!
Ninguém vai nos tirar o direito de amarmos e sermos amados. TODA conquista deve e será comemorada! Assim como casamento da Thauana e da Aline.

DESCOBRI UM CÂNCER METASTÁTICO AOS 28 ANOS
O Douglas descobriu um câncer metastático aos 28 anos e convive com a doença há 5 anos. Embora seja um diagnóstico difícil de ser enfrentado, ainda mais em uma pessoa jovem, ele não permite que a doença o impeça de viver.
A descoberta aconteceu após ele ter tido uma queda e torcido o tornozelo. Ao fazer um tratamento de ligamento, ele constatou um caroço na perna e perguntou ao médico o que aquilo poderia ser.
Nisso, o ortopedista que fazia o acompanhamento o encaminhou para outros exames até que ele chegasse a um médico oncológico. Lá, ele fez uma biópsia e soube que estava com câncer metastático.
A doença agiu de forma totalmente silenciosa. Mesmo assim, o Douglas se internou sozinho logo que recebeu o diagnóstico.
Antes mesmo de ser diagnosticado, o Douglas contava com a espiritualidade na sua vida. Ele, que é adepto do Santo Daime, acredita que a doutrina o ajudou no enfrentamento do câncer.
Outro recurso que o Douglas pôde contar ao longo do tratamento foi conhecer Micaela, sua atual esposa. Eles se conectaram por conta da paixão pela música eletrônica e ela foi uma peça fundamental neste processo.
O Douglas destaca que existe uma diferença bastante grande entre se relacionar com alguém e enfrentar alguma condição de saúde no meio desse relacionamento, e conhecer alguém após o diagnóstico.
É por esse motivo que a relação dos dois é tão valiosa para ele. Além disso, eles moram juntos há 3 anos.
Ele também comentou sobre não gostar que as pessoas sintam pena dele. Para exemplificar essa questão, o Douglas contou duas situações que ele viveu com outras duas pessoas que também vivem com o câncer e que relatam o mesmo incômodo.
Apesar dele viver com a doença, ele considera que a vida é muito mais do que isso. Tanto o Douglas, quanto outras pessoas que estão na mesma situação, só querem viver e sonhar plenamente, independente do que esteja acontecendo.
No final, o Douglas não se deixou abater pelo diagnóstico e ainda tem muita história pra viver!
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Voz da vinheta: André Luiz, apoiador na Orelo.

NOVIDADES DO HISTÓRIAS PARA OUVIR LAVANDO LOUÇA
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- Toda terça tem história nova liberada para todo mundo;
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Edição: Felipe Dantas
Roteiro: Luigi Madormo
Voz da vinheta: Cris Crosta, apoiadora na Orelo.

A COCAÍNA ME FEZ TER UM SURTO PSICÓTICO
Não havia nada que indicasse que o Rafo poderia passar por algum episódio de sofrimento mental. Até que ele experimentou uma única vez a cocaína e o efeito desencadeou um surto psicótico.
O Rafo é filho único e foi no intercâmbio que pôde ter liberdade muito maior do que estava acostumado.
Ele sempre foi um cara regrado, tranquilo e até mesmo “careta”. Além disso, ele nunca havia tido evidências de qualquer transtorno mental. Um dia, após ter bebido numa festinha, um colega lhe ofereceu cocaína e ele aceitou.
Depois de ter usado, o Rafo ficou sem dormir por 3 noites e os efeitos fizeram com que ele criasse alucinações e paranoias.
Nisso, ele teve uma queda na imunidade, ficou com sintomas gripais e uma colega de quarto o medicou com um antigripal.
Essa mistura piorou o quadro do Rafo, que por conta da paranoia achou que a moça havia o envenenado, e fez com que ele fosse internado em um hospital psiquiátrico.
Depois de alguns dias internado, ainda no Canadá, o pai do Rafo foi buscá-lo e o trouxe de volta para o Brasil. Aqui o sofrimento do Rafo com o que estava passando durou bastante tempo por falta de acolhimento médico e de um diagnóstico.
Alguns psiquiatras desenganaram o Rafo enquanto uma pessoa capaz de autonomia. Todos falavam que ele seria uma pessoa dependente por conta do quadro psicótico que a cocaína desencadeou nele.
Mas a família do Rafo não desistiu dele e através de uma médica com uma abordagem humana, encontraram um tratamento efetivo.
Hoje ele vive bem, tem sua autonomia, é professor universitário e convive bem com seu diagnóstico: transtorno esquizofreniforme, um quadro semelhante à esquizofrenia, mas com duração menor das crises.
O Escritório das Nações Unidas publicou um relatório que diz que 284 milhões de pessoas usaram drogas em 2020. Além disso, o SUS registrou mais de 400 mil atendimentos a pessoas com transtornos mentais e comportamentais devido ao uso de drogas e álcool.
Ainda que os números sejam alarmantes, devemos enfrentar o uso de substâncias como uma questão de saúde pública. Afinal, parte das pessoas que usam drogas buscam nelas um escape para algum problema que elas estejam enfrentando.
O Rafo destaca que, independente do que você esteja passando, um momento ou uma condição não definem quem você é. Por isso, é importante ressaltarmos que uma pessoa em sofrimento mental não é necessariamente incapaz de viver plenamente.
Romper o tabu sobre transtornos mentais, ter amparo das pessoas à sua volta, encontrar o diagnóstico e persistir no tratamento correto foram etapas fundamentais para que o Rafo pudesse viver de maneira independente e tranquila.
Aqui você ouve e assiste as histórias que comentamos no episódio:
Jéssica Tauane: https://www.youtube.com/watch?v=4ICqQEGSUS0
Gringo: https://open.spotify.com/episode/14SVp43lxjTvhRo8MbVBwP?si=aEbncOepQe6TK_SfAfCotQ
Liane Pereira: https://open.spotify.com/episode/2RPUzZBFzTLAEpv5XLsBZY?si=38a4e5aef9944e0d
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Edição: Felipe Dantas
Roteiro: Luigi Madormo

NÃO SABIAM LIDAR COM UM GAY NO TRABALHO
O Hugo começou a vida profissional na área da construção civil aos 16 anos. Ele, que é um homem gay, sempre encarou a orientação sexual com tranquilidade, mas foi no trabalho que ele percebeu o quão presente a homofobia é na nossa sociedade.
Em determinada época da vida, o @huugorodrigues enfrentou algumas situações delicadas dentro de casa e a tia dele o chamou para morar com ela. Nessa outra casa, o Hugo recebia bastante afeto da tia.
Além do carinho, a tia o aceitava e disse uma frase que o marcou: ”O importante é que você se aceite e seja uma boa pessoa.”
Apesar do Hugo sempre ter se aceitado, ele não se sentia preparado para assumir a orientação sexual para as outras pessoas. Nesse sentido, a aceitação da tia o ajudou a abrir essa questão para todos à sua volta.
Em meio a tudo isso, ele teve que lidar com o falecimento do pai. O Hugo achava que o pai nunca havia falado nada sobre a sexualidade dele, mas depois descobriu que o pai gostaria que ele achasse um “parceiro bacana” para compartilhar a vida.
Ou seja, o pai não se importava com a orientação sexual do Hugo. Ali, ele percebeu que as pessoas mais importantes da vida dele só queriam que ele fosse feliz.
A auto aceitação foi fundamental para o Hugo porque permitiu que ele vivesse experiências novas e o libertou para seguir adiante.
Hoje em dia, ele vive com os seus bichinhos de estimação, que são 4 gatos e 4 cachorros (durante o episódio é possível escutar o ronco dos cachorros haha).
Além de tudo isso, ele saiu da área que trabalhava e virou auxiliar de manutenção no Hospital M’Boi Mirim, que busca cuidar de todas as pessoas, sejam elas pacientes ou colaboradores.
O episódio de hoje é uma parceria editorial do ter.a.pia com o time de Diversidade e Inclusão no Hospital M’Boi Mirim. Vamos contar 4 histórias de funcionários do Hospital que integram grupos minorizados.
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Edição: Felipe Dantas
Roteiro: Luigi Madormo

A CORAGEM DA MINHA MÃE DE DEIXAR EU CRESCER LONGE DELA
Amar é fazer escolhas difíceis. Essa frase resume a história da Mary, que nasceu em um lar violento. Tão violento que sua mãe decidiu que o melhor para filha era crescer longe dela.
A Mary passou por momentos complicados no início da sua infância. Seu lar era muito violento, sua mãe vivia em situação de violência constante. Por isso, pensando no que era melhor para a filha, a mãe da Mary permitiu que ela saísse de casa aos 4 anos de idade.
Por um tempo, a mãe da Mary enfrentou um casamento abusivo e tentou se divorciar várias vezes, mas o marido sempre a impedia. Nisso, ela percebeu que fugir era a única maneira de se livrar desse relacionamento.
Ela conseguiu um emprego como faxineira e se mudou de São Paulo para o Rio. Tempos mais tarde, ela pediu à patroa para que a Mary pudesse acompanhá-la nas jornadas de trabalho.
Embora os patrões tivessem aceitado a ideia, eles se incomodavam com o fato da faxineira ter que dividir a atenção entre a filha e o trabalho.
Essa situação chateou bastante a mãe da Mary, afinal, ela não tinha condições de deixar a filha em outros locais enquanto ela trabalhava.
Na época, a mãe da Mary conheceu uma instituição que acolhia crianças em situação de vulnerabilidade fornecendo acesso à educação, moradia e alimentação, sem necessariamente cortar os laços familiares.
Embora fosse difícil pensar em abrir mão da criação da filha, a mãe da Mary viu na instituição a oportunidade que ela mesma não teve ao longo da vida. Por esse motivo, ela escolheu deixar Mary na casa de apoio.
A Mary recebia a visita da mãe mensalmente e voltava para casa nos períodos de férias escolares. Ela morou na casa de apoio dos 4 aos 18 anos e isso fez toda a diferença. Foi através desta oportunidade que ela pôde fazer escolhas durante a vida.
Apesar da dificuldade de crescer longe da família, a Mary foi muito feliz com a escolha de sua mãe. As duas sempre quiseram estar mais próximas, mas ambas entendiam que a distância faria com que Mary pudesse ter uma vida melhor.
Elas compreenderam que amar também é fazer escolhas difíceis.
A história completa da Mary você ouve no podcast Histórias para ouvir lavando louça, disponível no nosso site historiasdeterapia.com/podcast.
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MINHA MISSÃO É AJUDAR O PRÓXIMO
Faz 10 anos que a Renata sai pelas ruas perguntando a pessoas desconhecidas “O que eu posso fazer por você agora?”. Esse questionamento surgiu após ela refletir sobre qual era a sua missão no mundo e sobre que mundo ela deixaria para os filhos.
Lá atrás, a Renata contou sobre a sua ideia de ir às ruas para diversas pessoas ao seu redor, e com exceção de uma amiga, todas as pessoas acharam a ideia surreal. Ainda assim, ela seguiu em frente.
No primeiro dia, ela encontrou uma mulher em um orelhão na rua e ao fazer a pergunta, a mulher desconhecida disse que estava fazendo aniversário. Ali, a Renata comprou um bolo e fez uma mini celebração para a mulher.
Em uma outra ocasião, a Renata não tinha alimentos em casa e resolveu quebrar os cofrinhos dos próprios filhos para verificar quantas moedas eles tinham. Com aquele dinheiro, ela comprou alguns pacotes de biscoito e os dividiu entre a sua casa e um orfanato.
A Renata acredita que a partilha é muito importante. Para exemplificar esse conceito, ela lembra a história de Jesus Cristo, que partilhou o pão ao invés de dividí-lo.
Com isso, a Renata passou a conectar pessoas que precisavam de ajuda com outras pessoas que poderiam ajudá-las. Assim, surgiu o Instituto A Nossa Jornada, que ampara milhares de pessoas ao redor do mundo.
A ajuda sempre parte da pergunta “o que eu posso fazer por você agora?”. A Renata destaca que seria simples oferecer suporte com base naquilo que achamos que as pessoas precisam, mas que nem sempre é assim.
Ela acredita que oferecer o poder de escolha para as pessoas sem o olhar do julgamento é a coisa mais valiosa e genuína que você pode fazer por alguém.
Além disso, ela também nos disse que a verdadeira compaixão está no ato de se entregar para o outro e compreender que todos somos um.
A Renata deu palestras e chegou a participar de um programa de televisão. Durante a participação, um historiador relembrou que São Francisco de Assis também fazia a mesma pergunta às pessoas.
Hoje em dia, a Renata cuida das parcerias que a ONG tem. Por exemplo, o Instituto A Nossa Jornada já realizou ações com o Padre Júlio Lancellotti, com a Instituição Alok, entre outros.
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MEU FILHO NASCEU UM ANO APÓS A MORTE DO MEU IRMÃO
A Hosana perdeu seu irmão, o Orlando, para a leucemia. Durante o luto, ela descobriu que estava grávida. Na época, ela prometeu que o bebê teria o nome do irmão caso fosse um menino. Um ano e um dia após a partida do irmão, a Hosana deu à luz ao Orlandinho.
A primeira vez que o Orlando recebeu o diagnóstico da leucemia foi em 2020 e, por isso, não pôde receber o apoio presencial dos familiares durante o tratamento por conta da pandemia. Ainda assim, ele se tratou e foi curado do câncer.
Com a cura, o Orlando seguiu a vida: ele era professor de dança e fazia parte da comissão de frente da escola de samba Rosas de Ouro. Até que em 2022 algumas alterações apareceram nos exames dele. Era uma reicidiva.
O Orlando não comunicou ninguém da família por receio de preocupá-los. A única pessoa que sabia dos riscos de volta do câncer era o seu marido.
Um dia, a Hosanafoi tomar um café da manhã com o irmão, mas ela nem imaginava o que estava acontecendo. Ela não esperava que aquele seria o último momento que dividiria com o irmão.
Orlando foi internado após fazer alguns exames e coisas escalonaram muito rápido em relação ao estado de saúde dele. Os médicos chamaram a família, que ficou surpresa com a informação, e infelizmente no mesmo dia o Orlando partiu.
Enfrentar o luto foi bastante difícil. Na tentativa de encontrar conforto, a Hosana continuou enviando mensagens de texto para o irmão pelo Whatsapp.
Três meses após a partida do irmão, ela descobre que estava grávida. Em uma das mensagens que ela enviou, ela prometeu que o bebê se chamaria Orlando caso fosse menino.
O Orlando faleceu no dia 14 de maio de 2022. No dia 15 de maio de 2023, o filho da Hosana nasceu. Ele carrega o nome do tio como forma de homenagem.
A Hosana viu o irmão pela última vez no dia 15 de maio de 2022, durante o sepultamento dele. Um ano depois, ela viu o Orlandinho, filho dela, pela primeira vez. Destino ou coincidência? O importante é que a memória do Orlando tio vai ser sempre lembrada com muito carinho.
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EU SEMPRE FUI UMA MENINA
A Thalita é uma mulher trans, passou pelo processo de transição e enfrentou diversas dificuldades para ser aceita, especialmente no âmbito familiar. Por isso, ela tentou acabar com a própria vida e somente após esse episódio trágico, ela foi aceita pelos próprios pais.
Desde a infância, a Thalita sempre soube que era diferente das outras pessoas que ela conhecia. Para ela, essas diferenças se tornaram nítidas quando ela perguntou à mãe se ela não poderia ser uma menina, aos 4 anos de idade.
A Thalita entendeu o que era ser uma mulher trans durante a puberdade. Devido a descoberta, ela tentou comunicar as suas necessidades aos pais, mas no caminho, se deparou com muita resistência da parte deles.
Conforme o tempo passava, ela assistia o próprio corpo passar por mudanças que ela não desejava. Por não se sentir compreendida, a Thalita caiu em uma depressão profunda.
A partir de tudo isso, a Thalita tentou suicídio. Quando foi internada, o médico disse aos pais dela: “Ou vocês acolhem a sua filha trans, ou irão perdê-la.” Nisso, assim que ela acordou do coma, os pais passaram a tratá-la como mulher.
Apesar da transição de gênero não ter sido fácil, ela se deu conta que os pais dela estavam tentando respeitá-la e isso foi muito importante. Dessa maneira, ela juntou forças para lutar por respeito e dignidade.
Depois disso, ela se deparou com uma oportunidade como jovem aprendiz no Hospital Municipal M’Boi Mirim, em São Paulo.
Ela transicionou, evoluiu profissionalmente e fugiu das estatísticas. A Thalita é uma mulher jovem, que está cursando uma faculdade e está sendo acolhida em uma empresa pública, que busca cuidar de todas as pessoas, sejam elas pacientes ou colaboradores.
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EX-MILITAR ENCONTRA NA ARTE A SAÍDA PARA A DEPRESSÃO
O Robson serviu ao exército e trabalhou em fábricas. Após ter sido demitido um pouco antes da pandemia, ele entrou em uma depressão profunda e somente uma coisa o salvou: o artesanato.
Desde pequeno, o Robson gostava de observar as mulheres da família fazendo artesanato. Além disso, ele também se recorda de brincar de fazer pulseiras com fios de telefone enquanto era criança.
Contudo, como tudo não passava apenas de uma brincadeira, o Robson seguiu diferentes jornadas profissionais.
Quando ainda era jovem, ele entrou para o exército. Ali, o Robson aprendeu a tecer diversos tipos de nós e amarrações.
Depois de 4 anos no exército, o Robson trabalhou em fábricas por mais de 15 anos. Porém, em 2019, houve uma demissão em massa e ele perdeu o emprego.
Nisso, ele tentou vários outros trabalhos extras: abriu uma barraquinha de churrasco de rua, virou motorista de aplicativo, mas devido a pandemia, nada evoluiu. O desemprego e as dificuldades fizeram com que ele entrasse em depressão.
Um dia, a esposa do Robson mostrou para ele uma peça de macramê, mas eles não tinham dinheiro para comprá-la. Por isso, ele decidiu fazer uma surpresa e confeccionou o artesanato.
A esposa do Robson amou o presente e publicou uma foto nas redes sociais. Logo em seguida, as pessoas começaram a perguntar se eles vendiam aquele artesanato e sem pensar duas vezes, ela disse que sim! Desde então, o Robson se tornou artesão.
Nesse caminho, o Robson ouviu milhares de críticas, incluindo de pessoas próximas a ele.
Os comentários de mal gosto o desmotivaram e ele cogitou desistir do artesanato.
Entretanto, foi o macramê que o tirou de uma crise financeira e o ajudou a superar o episódio depressivo. Por isso ele continuou e passou a incentivar a todos que gostaríam de seguir o mesmo percurso.
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O Histórias para ouvir lavando louça é um podcast do ter.a.pia apresentado por Alexandre Simone e Lucas Galdino. Para conhecer mais do ter.a.pia, acesse historiasdeterapia.com.
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Edição: Felipe Dantas
Roteiro: Luigi Madormo

COGITEI A PROSTITUIÇÃO PARA PODER ESTUDAR
Ruben é um jovem de Luanda, capital da Angola, e teve um de seus direitos mais básicos negado: o de estudar. Filho de pais alcóolatras, ele lidou com outros diversos obstáculos ao longo da sua vida. Mesmo com a falta de oportunidades, ele conseguiu concluir o ensino primário e hoje é formado em Psicologia Clínica.
Ele cresceu em uma família de origem humilde e possui mais 6 irmãos. O a dependência química por parte dos pais acabou traçando um destino sem nenhuma estrutura ao Ruben e aos irmãos dele.
Nem Ruben, nem os irmãos frequentaram a escolam, mas ele sonhava em estudar. Depois de ter visto que alguns jovens da idade dele estudavam, ele pediu para que esses colegas o ensinassem a ler e assim ele foi alfabetizado.
Assim como o Brasil, o sistema de ensino em Angola mescla instituições públicas e privadas. Por conta da colonização e da independência tardia, Angola passou por muita instabilidade em seu desenvolvimento e o país lida com uma enorme desigualdade social.
O Ruben teve que desembolsar uma taxa para se matricular na escola e para pagar o que precisava, ele chegou a vender o único par de sandálias que ele tinha.
Por conta da falta de estrutura financeira, ele estudou por 2 meses e logo em seguida, foi expulso por não poder financiar a sua jornada estudantil.
A caridade das pessoas foi o que ajudou o Ruben a retornar aos estudos. Porém, nem todos estavam interessados em ajudá-lo sem querer nada em troca: quando ele tinha 17 anos, um homem ofereceu dinheiro para que ele estudasse em troca de favores sexuais.
Ele recusou, mas por conta de todas as dificuldades encontradas, o Ruben chegou a cogitar a prostituição para que pudesse continuar estudando.
De acordo com a UNICEF, Angola possui uma parte de suas crianças fora do sistema escolar e sem concluir o ensino primário. Também vale ressaltar que a desigualdade de gênero é grande no país. Veja mais aqui.
Atualmente, o Ruben se formou em Psicologia Clínica. Ele espera que a história dele seja um exemplo a ser seguido e que outras pessoas acreditem que podem estudar e buscar melhores condições de vida.
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Roteiro: Luigi Madormo

EU SABIA QUE IRIA PERDER MINHA IRMÃ
A Raisa e a Daniele são irmãs e sempre foram muito ligadas uma na outra. Mas Raisa, que é a mais velha, começou a pressentir que perderia a Dani… e infelizmente isso aconteceu.
Durante o ano anterior à partida da Daniele, a intuição da Raisa dizia algo. A Raisa nunca soube explicar a origem desse sentimento, mas estava certa de que sentia agonia quando o assunto era a sua irmã.
Por conta dessa sensação, a Raisa passou a ser ainda mais carinhosa com a irmã. Ela pediu perdão por todas as brigas bobas da adolescência e a Daniele retribuía todo o afeto enviando mensagens de áudio dizendo que a amava todos os dias.
Ainda que Daniele estivesse presente, a Raisa sentia que havia algo errado. Isso pode ter ocorrido pela Raisa ter abraçado a responsabilidade de proteger a irmã, ou por ter visto a Daniele encarar algumas barreiras ao longo da vida.
Aos 6 anos, a Daniele foi diagnosticada com epilepsia. Embora seja uma condição conhecida, ela lidou com diversas situações preconceituosas, como ser demitida de um emprego após uma crise. A situação passou a afetar a saúde mental da Daniele.
Por outro lado, a Daniele era faixa azul em jiu-jitsu e chegou a ganhar o primeiro lugar em um torneio no ano de 2015. Em 2016, o namorado estava preparando uma festa para celebrar as conquistas dela e a vida parecia estar fluindo normalmente.
Ainda em 2016, a Dani tirou a própria vida e a perda súbita foi um grande choque para toda a família.
Enfrentar o luto foi bastante difícil. Nos meses seguintes, a mãe das duas irmãs se tornou o pilar da família e, aos poucos, todos foram ressignificando as memórias.
Depois de um tempo, a Daniele apareceu em um sonho da Raisa e disse: "Com você estarei sempre."
Desde a partida da irmã, todo ano, no dia do aniversário dela, a Raisa compra flores e acende uma vela para celebrar a vida que a irmã teve. Elas sempre estarão ligadas uma na outra, seja onde for.
Outras histórias que comentamos no episódio:
História da Vivian: https://www.youtube.com/watch?v=XoSjCeh8wSQ
História da Ofélia: https://www.youtube.com/watch?v=6mk4jdVFeAw
História da Virag: https://open.spotify.com/episode/0FztogdVM3Mpq65Yjyrhf3?si=91a08e60674d430e
História da Cibelle: https://open.spotify.com/episode/5wk9nbBpusXYVcYmnxMfBZ?si=GT5szSUaSu-eNMKQcF31kA
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Roteiro: Luigi Madormo

4 IRMÃS CASARAM COM 4 IRMÃOS
Você acredita em coincidência ou destino? A história deste episódio poderia ser uma de amor como qualquer outra, mas com um detalhe super significativo: quatro irmãs casaram com quatro irmãos e, no final, viraram uma grande família!
Para facilitar, vamos contar essa história por partes: as irmãs, que são de Minas Gerais, se chamam Cláudia, Silvana, Vilmena e Fátima. Já os irmãos são da Bahia e se chamam Idelson, Ivanilton, Ivonildo e Ivonaldo.
A Cláudia foi quem começou essa grande relação. Na época, ela era noiva de um rapaz e uma outra irmã dela, a Zara, namorava o Idelson. A Zara só tinha 16 anos e não queria mais estar naquela relação, por isso, pediu para que a Cláudia ligasse para o Idelson e a ajudasse a terminar o namoro.
A Cláudia topou ajudar a irmã e para a surpresa dela, o Idelson respondeu dizendo que era com a Cláudia que ele gostaria de ter namorado desde o começo. A Cláudia, por sua vez, achou tudo aquilo uma loucura e disse que estava noiva de outra pessoa. Porém, isso não foi o suficiente para impedir Idelson.
Ele paquerou a Cláudia por muito tempo até que ela se apaixonasse por ele. A partir dali, ela terminou o noivado dela, começou a namorar o Idelson e eles decidiram se casar.
Depois disso, um dos irmãos do Idelson, o Ivanilton, veio pra São Paulo e se apaixonou pela Silvana, outra irmã da Cláudia. Com a vinda para São Paulo, os irmãos decidiram abrir uma oficina mecânica e precisavam de mais gente para trabalhar lá. Nisso, surge o terceiro irmão, o Ivonaldo.
Quando o Ivonaldo chegou em São Paulo, não demorou muito para que ele se apaixonasse pela Fátima, uma das irmãs da Cláudia e da Silvana. Ao contrário das irmãs, a Fátima não se apaixonou rapidamente pelo Ivonaldo.
Com todo esse vínculo acontecendo, uma irmã dos rapazes também veio para São Paulo e trouxe uma fotografia de um outro irmão da família: Ivonildo. Nisso, a Vilmena, que é irmã das meninas e também estava em São Paulo, viu a foto e se apaixonou pela foto de Ivonildo.
A Vilmena e o Ivonildo ficaram em um relacionamento à distância, enquanto a Cláudia e o Idelson, e a Silvana e o Ivanilton estavam firmes nas suas relações. Só a Fátima e o Ivonaldo que não estavam juntos, mas o Ivonaldo não estava preparado para desistir.
Tempos mais tarde, a Fátima pensou e decidiu entrar em um relacionamento com o Ivonaldo. Mas ela impôs uma condição: que eles se casassem junto de todas as outras irmãs dela, no mesmo dia e na mesma igreja. E foi isso que aconteceu!
Em 24 de abril de 1999, todos disseram sim! Cláudia e Idelson estão juntos há 35 anos; Silvana com Ivanilton, Vilmena com Ivonildo há 25; e Fátima com Ivonaldo há 23 anos.
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A AMIGA DA FAMÍLIA ERA MINHA MÃE
A Nagila foi criada pela Dona Maria e descobriu aos 17 anos que era filha biológica de uma outra mulher, amiga da família. Apesar do espanto, a descoberta trouxe conforto para Nagila, pois aora ela sabia o porquê de sempre ter amado tanto a Teresa, que é a sua mãe biológica.
Nos anos 80, a Teresa engravidou de forma não planejada e o parceiro não quis assumir. Na época, ele até havia pedido para que a Teresa interrompesse a gravidez, mas ela não quis fazer isso e seguiu com a gestação.
O período da gravidez foi bastante difícil. Por conta da falta de apoio, ninguém podia saber que a Teresa estava grávida. Nisso, a Dona Maria, mãe adotiva da Nagila, que era amiga de Teresa, se ofereceu para adotar a criança.
A Nagila foi adotada, mas sempre teve contato com a Teresa, sua mãe biológica, mas sem saber a verdade. Ela era uma amiga da família por quem a Nagila tinha muito afeto.
A Nagila relata que o amor que sentia pela Teresa era inigualável. Tanto nos momentos bons, quanto nos ruins, era para a Teresa que a Nagila corria.
Aos 17 anos, algumas pessoas da família resolveram contar que ela era adotada e sua mãe biológica era a Teresa. Apesar do choque da descoberta, a Nagila não questionou os motivos da adoção. Ela sentiu muita gratidão pela família adotiva.
Nessa época, Nagila estava grávida e cinco meses depois de dar à luz ao seu fillho, a Dona Maria, sua mãe adotiva, faleceu devido a um câncer. Em seguida, a Teresa também acabou falecendo por conta de uma complicação nos rins.
A Nagila ficou com um sentimento doce e amargo ao mesmo tempo. Doce pois havia descoberto que o elo que havia entre ela e a Teresa era, na realidade, a conexão entre mãe e filha, e amargo por ter perdido as duas mães em um período super curto de tempo.
Embora o luto tenha sido difícil, ela continuou cuidando do filho e seguindo com a própria vida. Hoje, ela lembra das duas mães com muito carinho e sabe que o amor que as une é incondicional.
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A HISTÓRIA DO MEU PAI GAY
Após a separação dos seus pais na infância, Anahi descobriu que o pai dela, o Juan, era gay e HIV+. As duas revelações aconteceram entre o final da década de 80 e o início da de 90 e apesar dos tabus da época, a Anahi nunca teve problemas em aceitar o pai como ele era.
A Anahi cresceu achando que o seu pai era um pouco diferente dos outros homens que ela conhecia. As diferenças entre o Juan e os outros homens que a Anahi conhecia eram sutis, porém, desde criança, ela percebia que havia algo incomum.
Um dia, aos 9 anos de idade, a Anahi perguntou ao pai se ele era gay. O pai, por sua vez, ficou surpreso com a pergunta, mas após alguns segundos, respondeu com naturalidade que sim. E a Anahi compreendeu com a mesma simplicidade da resposta dada pelo pai.
A relação dos dois floresceu a partir do momento em que ela soube quem o pai era. Contudo, tempos mais tarde, a Anahi também soube que o pai era HIV+.
O pai da Anahi tinha bastante receio de que a filha se tornasse em um motivo de chacota por ele ser gay e por ser uma pessoa vivendo com HIV. Por isso, ele sempre pedia para que a Anahi não contasse esses detalhes da sua vida para ninguém.
E assim, a vida seguiu.
Aos 24 anos, a Anahi sentiu que precisava alcançar a própria independência: ela se mudou da Argentina para o Brasil, casou e engravidou do primeiro filho. E o pai dela veio ao Brasil para acompanhar o parto!
A vida continuou seguindo para os dois: a Anahi estava vivendo aqui no Brasil, enquanto o Juan permanecia na Argentina. Quando ele fez 60 anos, a Anahi viajou para comparecer a uma comemoração de aniversário dele. Ali, ela viu o pai pela última vez.
O segundo filho da Anahi nasceu exatamente 6 semanas depois da partida do Juan. Por conta da morte do pai, ela optou em voltar para a Argentina, embora ela já tivesse uma vida estruturada aqui no Brasil.
Hoje, a Anahi honra a vida e a memória do pai ao viver com muito amor e intensidade. A escolha de contar a história do Juan no podcast é, inclusive, um ato de celebração à vida que ele viveu.
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NÃO MONOGAMIA: HÁ 10 ANOS O RELACIONAMENTO DELES FUNCIONA ASSIM
Namorar e ter outros namorados é possível? A Angélica e seu companheiro mostram que sim! Os dois estão em um relacionamento não-monogâmico há 10 anos e nesse meio tempo, tanto a Angélica quanto seu companheiro estiveram com outras pessoas.
Apesar disso, os dois entendem que isso não afeta a relação deles e que não irão perder um ao outro.
A Angélica e o parceiro se entendem como duas pessoas livres, sem sentimentos de posse de um pelo outro. Além de se relacionarem afetivamente, eles são melhores amigos e conversam sobre qualquer coisa.
Mas, nem tudo são flores: lidar com o julgamento alheio também é bastante desafiador. A Angélica nos conta que muitas pessoas acreditam que eles são “cornos”, traidores ou que não se amam.
O julgamento é ainda mais pesado para Angélica, afinal, ela é uma mulher que está desafiando tudo aquilo que consideramos normal em um relacionamento.
Ainda que existam esses obstáculos, os dois optam por um relacionamento sem amarras e sem hipocrisia.
A Angélica ressalta que você não deixa de amar o(a) seu parceiro(a) ao se permitir conhecer outras pessoas, pois existe espaço para vários tipos de relações.
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ELA FAZ BUQUÊS DE FLORES PARA IDOSOS EM ASILOS
A Carmen coleta arranjos de flores que foram utilizados em eventos e os reutiliza na confecção de buquês que serão entregues a idosos que residem em casas de repouso.
Há alguns anos, os pais da Carmen faleceram e após passar um tempo deprimida por conta do luto, ela decidiu que gostaria de ser útil para outros idosos que, por vezes, são invisíveis para a sociedade.
Antes da morte dos seus pais, a Carmen passou um tempo cuidando deles. Ambos lidavam com doenças degenerativas, como o Alzheimer e Parkinson, e faleceram nos anos de 2002 e 2005. Por conta disso, ela passou a enxergar a velhice com outros olhos.
Tudo começou no final de 2015. Quando a Carmen estava pesquisando o que poderia fazer, ela descobriu o projeto “Flor Gentil”, de São Paulo, que reaproveita flores que seriam descartadas para levarem carinho a idosos em lares assistenciais.
Nisso, a Carmen juntou-se à filha, à sobrinha e a outras duas amigas para seguirem com a mesma proposta no Rio de Janeiro. O projeto ganhou o nome de “Flor Generosa”.
O objetivo da Flor Generosa é o de recolher arranjos de flores usados em festas e reutilizá-los confeccionando buquês que serão oferecidos para idosos em lares de repouso. A entrega dos buquês acontece uma ou duas vezes por mês, e conta com diversos voluntários.
Para a ação, a Flor Generosa convoca voluntários que façam diversos papéis, como os de motoristas noturnos para recolherem e entregarem as flores após os eventos, artesãos para selecionarem e confeccionarem os buquês e fotógrafos para registrarem o momento.
A Flor Generosa hoje está de pé somente com a ajuda de voluntários. Ou seja, desde o começo, o projeto não possui recursos próprios.
O projeto Flor Generosa passou a conseguir pessoas dispostas a se voluntariar pelo site Atados e, desde então, o projeto conta com mais de 180 voluntários.
Ao todo, a Flor Generosa já distribuiu mais de 18.000 buquês e visitou mais de 200 casas de repouso.
O projeto proporciona duas sensações muito boas: a de sentir que está sendo útil e a de fazer alguém feliz. Além de tudo isso, a Flor Generosa também contribui com a sustentabilidade ao reaproveitar materiais que seriam jogados no lixo.
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RUBEM ALVES: O AMOR POR SUA FILHA O TRANSFORMOU EM ESCRITOR
A Raquel nasceu com lábio leporino e para tentar ajudar a filha a enfrentar o bullying seu pai, Rubem Alves, decidiu começar a escrever histórias infantis. O que ele jamais imaginava, é que através desses contos ele se tornaria um renomado escritor.
Algo que ele imaginava quando sua filha nasceu, infelizmente aconteceu: Raquel sofri muito bullying a infância inteira por conta da sua aparência, mas com as histórias que seu pai criava e contava para ela (histórias essas inspiradas na própria Raquel), ela cresceu forte.
Raquel se formou em arquitetura e atuou por 15 anos, mas quando seu pai faleceu, ela largou a carreira para cuidar do legado dele.
Aquelas histórias que seu pai escreveu para ajudá-la ainda vivem na Raquel, e foram elas que a fizeram mudar de carreira, e agora a fazem escrever histórias para crianças assim como seu pai fez.
Falamos da história da Stephani, que também nasceu com lábio leporino, ouça a história a aqui.
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AVÔ AJUDA NETA COM PARALISIA CEREBRAL A SER INFLUENCER
Aos 84 anos, o Seu Ulysses aprendeu a fazer maquiagem para realizar o sonho de ser influencer da sua neta, a Paulinha, que nasceu com paralisia cerebral.
A paralisia cerebral da Paulinha aconteceu por conta da falta de oxigênio durante seu parto e hoje ela vive com sequelas motoras e na fala.
Quando a menina tinha 5 anos, seu avô se aposentou de seu cargo na prefeitura da cidade e começou a tomar conta dela. Os dois vivem juntos no interior de São Paulo.
Desde muito jovem, a Paula sempre gostou de maquiagem e ajudava suas colegas da escola a escolher os melhores produtos e as maneiras de usar tudo. Ela aprendia vendo grandes influencers como Boca Rosa e Nina Secrets, que foram fundamentais para a escolha de carreira da Paulinha, que hoje tem seu canal e fala sobre maquiagem lá.
Mas por conta da suas sequelas motoras ela precisava de uma ajudinha, e é aí que entra o Seu Ulysses, que junto com a neta começou a ver tutoriais na internet e aprendeu tudo (do seu jeitinho, como a Paulinha gosta de lembrar) para poder ajudar a maquiá-la. O que o amor de um avô não faz, né?
Depois de conseguir ajuda financeira em uma vaquinha online para investir em sua profissão, hoje a Paulinha espera ajudar outras meninas com deficiência a realizar seus sonhos através de sua história.
Siga a Paulinha nas redes: @paulanascimentogo
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ME TORNEI MÃE DO MEU ENTEADO
Quando a Ana Maria começou a se relacionar com seu atual marido, ele já tinha um filho, o Pedro, e a Ana sabia qual era o limite da sua responsabilidade e dever com aquela criança enquanto madrasta. Mas o amor maternal em relação ao menino começou a florescer dentro dela quando ele passou a morar com os dois e a chamá-la de mãe.
Foi nesse momento que o elo entre os dois se fortaleceu e a Ana passou a se responsabilizar por todas as demandas do Pedro: alimentação, escola, terapias, consultas médicas, tudo! Abraçar todas essas demandas não era, nem nunca foi um problema.
A questão é que, apesar de tudo, ela não tinha direito legal nenhum sobre a criança. E se ela se separasse? E se quisesse viajar com o menino? A relação dos dois já era sólida o suficiente para ela ter esse apego, mas no papel ela não tinha garantia nenhuma.
A mãe biológica do Pedro não tinha condições de cuidar do garoto e por isso não era tão presente na vida dele. Numa conversa muito franca com a Ana, que expôs suas intenções de adotar o menino legalmente, a outra mulher respondeu que tudo bem. "Tudo que você precisar para que o Pedro fique numa condição saudável, você pode contar comigo".
E assim a Ana se tornou, oficialmente, a mãe do seu enteado. Na última sexta, (23/06), saiu a sentença e este episódio comemora a oficialização desse elo entre mãe e filho.
Como dissemos no episódio, é importante nos lembrar sempre da sobrecarga que as mulheres têm quando o assunto é maternidade. A história da Ana é linda e ela, conscientemente, decidiu abraçar todas as responsabilidades do Pedro. Mas sabemos que há muitas outras mulheres que não têm escolha sobre as demandas do cuidados por não terem apoio dos pais e genitores de seus filhos.
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O EMPREGO DOS SONHOS VIROU PESADELO
Ganhar bem, ter benefícios, participação nos lucros da empresa... tudo isso ainda aos 22 anos? Esse pode ser o sonho de muita gente. E com certeza era o da Thais, até ela adoecer por conta do seu trabalho.
Insônia, ansiedade e alergias pelo corpo foram alguns do sinais que ela ignorou por quase 5 anos trabalhando como bancária, afinal como ela poderia largar um emprego bom desses? O que ela iria fazer?
As coisas mudam para a Thais quando ela foi ao médico depois de noites sem dormir e ele diz para ela: "você está escolhendo ter um salário e não ter uma saúde". O conselho do médico para ela pensar melhor em sua saúde física e mental foi essencial para ela se cuidar antes que fosse tarde demais.
Ainda assim houve resistência dentro de casa. A família da Thais dizia que ela estava fazendo algo sem pensar, que ela iria se arrepender, mas ela não deu ouvidos. Estava cansada demais. Doente demais.
Assim que ela sai do banco, as coisas começam a mudar em sua vida. Ela entendeu que tem que desacelerar mesmo. Um CNPJ não vale um AVC ou, como diz a Izabella Camargo, no vídeo que comentamos durante o episódio: "Trabalho você pode ter vários. Crachás você pode ter vários. Mas vida é uma só".
O vídeo você assiste aqui: https://www.youtube.com/watch?v=oCOGYyHB9HU
Hoje a Thais passou pelo processo de transição de carreira e trabalha com marketing digital. Uma área que tem bastante demanda, mas que faz bem para ela. O que nos mostra que não é a quantidade de demandas que você tem, mas o tanto que aquele trabalho te tira as demandas da sua vida pessoal.
E para quem também quer fazer sua transição de carreira, como a Thais, a Ebac é uma ótima opção! Na instituição você encontra mais de 150 cursos online nas áreas de marketing, audiovisual, negócios e arquitetura, todos com 60% durante o mês de junho. E com o cupom TERAPIA200 você ainda tem mais R$ 200 para usar no curso que quiser. Acesse o site https://ebac.me/qfxk e transforme sua carreira! #publi
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ELES DANÇARAM JUNTOS NO PRÉZINHO E 16 ANOS DEPOIS SE REENCONTRARAM
Tem história de amor que tá escrita nas estrelas, como no caso da Bianca e do Ariano. Eles não se conheciam, não eram amiguinhos mas o destino deu um jeito de colocar os dois juntos para dançar na formatura do prézinho da Bianca, lá em 2003.
Mas depois da dança, cada um seguiu sua vida de criança. Nunca mais se viram, nunca mais se falaram, nem nada. A Bianca só sabia quem era o Ariano porque sua família se juntava sempre pra ver fotografias e lá estava a da formatura dela.
Em 2012, numa festinha de 15 anos de algum colega, os dois se reencontram. Na verdade, a Bianca vê o Ariano e vai falar com ele. Mas ele não sabia do que ela estava falando, não lembrava daquela dança. Ainda assim, adolescentes, os dois começam a se seguir nas redes sociais e acompanhar o que o outro fazia mas ainda não haviam se tornado amigos, nem tinham interesse um no outro.
O que muda em 2019, quando do nada o Ariano manda uma mensagem super estranha pra Bianca, um "iai" à meia-noite em um dia aleatório. Mas essa mensagem sem nexo nenhum abre as portas para os dois começarem a se falar e, em três meses, engatar um namoro que virou casamento em 2022.
O pedido de casamento foi tão inusitado quanto a história de amor do casal e nasceu dentro de um jogo de mímica, o Imagem e Ação, em que Ariano planejou com os amigos em uma viagem, fazer com que Bianca (que é bem competitiva) o pedisse em casamento. O vídeo do pedido você assiste lá no nosso Instagram @historiasdeterapia.
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OS CUIDADOS PALIATIVOS DERAM A ELA O PRIVILÉGIO DE SE DESPEDIR DO PAI
Em 2018 o pai da Ana Cláudia começou a sentir dor ao engolir. Foram muitos meses procurando uma resposta até que descobriram um câncer de garganta que resistiu ao tratamento durante dois anos até que se esgotaram as alternativas e a família, junto à equipe médica, optaram pelos cuidados paliativos para o Seu Luiz.
Há um tabu muito grande a respeito do que são os cuidados paliativos. Muita gente acredita que a família que opta por eles, está deixando o ente querido morrer, ou melhor, não está mais lutando pela vida dele. Mas como a Ana Cláudia conta na sua história, não é bem assim.
Os cuidados paliativos trouxeram uma nova visão sobre esse momento crucial, que é a partida de alguém que a gente ama, para a Ana e a família. Já que a morte é tirada de um contexto frio, com máquinas fazendo o que o corpo já não faz mais, e levada para um ambiente de amor e acolhimento
A escolha por esse tipo de abordagem médica não é feita porque não se tem mais o que fazer, mas pensando na qualidade de vida da pessoa. O papel dos cuidados paliativos é que a pessoa viva bem, confortável.
Para a Ana e sua família, optar pelos cuidados paliativos foi fundamental nos momentos finais do Seu Luiz. O processo todo durou 17 dias, onde ele recebeu amigos, familiares, assistência religiosa, tudo em sua casa.
Claro que se despedir de quem a gente ama é doloroso, mas no caso da Ana foi também reconfortante poder expressar todo seu amor e dizer: “pode ir, sua vida foi importante, você é amado e sua partida não fará você sumir de nossas vidas”.
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O Histórias para ouvir lavando louça é um podcast do ter.a.pia apresentado por Alexandre Simone e Lucas Galdino. Para conhecer mais do ter.a.pia, acesse historiasdeterapia.com.
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Edição: Felipe Dantas
Roteiro: Luigi Madormo

ELA TRANSFORMOU A DOR DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA EM AJUDA PARA OUTRAS MULHERES
O sonho da maternidade perfeita foi por ralo a baixo quando a Cris entrou no hospital no dia do nascimento do seu filho. A violência obstétrica da equipe médica a traumatizou a ponto dela, já em casa, ficar apática, triste por não ter tido um parto dos sonhos.
Toda essa dor foi se tornando uma bola de neve porque a amamentação da Cris, que ela idealizava também, não foi do jeito que ela queria e todo esse processo de desilusão foi vivido sozinha, sem ninguém para compartilhar. A Cris é casada, o marido sempre esteve muito próximo dela, mas quando ele chegava do trabalho, ela estava tão esgotada que nem conseguia dividir as coisas com ele.
Foi aí que a Cris decidiu procurar outras mães nas redes sociais para poder achar algum conforto. Infelizmente, na época, o que ela achou foram grupos que mostravam apenas a parte boa da maternidade. Aquela ideia romantizada que todos temos, nunca os desafios e perrengues que as mulheres passam. O sentimento de solidão ficou mais forte com isso.
Mas mesmo desamparada, a Cris entendeu que se não havia um grupo, uma comunidade falando sobre isso, acolhendo essas mulheres, era hora de criar. Nasce a partir dessa necessidade de uma mãe desolada a Comunidade Ohana, um grupo no Facebook, inicialmente para mulheres (mas que hoje foi expandido para todos que estão envolvidos na parentalidade) que não encontravam esse ombro amigo e informações concretas sobre suas dúvidas e dores.
Como todo projeto, o grupo nasce pequenininho mas hoje já conta com mais de 18 mil membros, todos dispostos a ajudar e ser ajudados por uma comunidade acolhedora, porque nenhuma pessoa precisa passar por situações como as que a Cris passou sozinha.
Desde 2019 a Cris vem transformando sua experiência nada romantizada com a maternidade com outras pessoas que também precisa de apoio. Por mais Cris no mundo, né?
Histórias do ter.a.pia que comentamos no episódio:
História da Malu: https://youtu.be/_Jcfdze6jNM
Podcasts que comentamos no episódio:
"Ajuda a mãe" do É nóia minha: https://open.spotify.com/episode/2GBtDYHbqRtGKLENXfvp8d?si=ce48b00b712246f6
"Maternidade real pra quem?" do Mil e uma tretas: https://www.google.com/url?q=https://open.spotify.com/episode/2iGO3kxBz62bCEfskxVpHB
O Grupo Ohana no Facebook: https://www.facebook.com/groups/comunidadeohana/
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Edição: Felipe Dantas
Roteiro: Luigi Madormo

ELA PERDOOU O PAI QUE A ABANDONOU NA INFÂNCIA
Quando a Valéria nasceu, o pai dela não quis ficar com sua mãe, nem assumir sua paternidade. Mas aos 15 anos as coisas mudam e em uma viagem de volta À sua cidade, ela se depara com ele ajoelhado pedindo perdão por ter negligenciado a filha.
A Valéria naquele momento não titubeou e aceitou o perdão do pai. Sua ausência sempre foi muito dolorida pra ela, mesmo tendo um padrasto super atencioso ao lado desde pequena - padrasto esse que sempre apoiou sua aproximação do pai e de quem ele virou amigo com o passar dos anos.
Depois de ter sido perdoado, o pai da Valeria conseguiu redimir seus anos longe da filha e eles tinham uma relação muito boa. A Valeria não poderia ser mais feliz! Tanto que ela sempre reforçou que tinha dois pais: um que a fez e o outro que a criou, e amava os dois.
Anos mais tarde, já adulta e com filho, ela separou do ex-marido e decidiu voltar para sua cidade natal, no interior de São Paulo. De volta, ela vai morar no sítio do pai com seu filho e tem os melhores 10 meses da vida dela.
E são 10 meses porque o pai da Valéria, um homem idosos, pega Covid e acaba falecendo em decorrência da doença. Aquele sonho que ela estava vivendo acabava ali, mas não foi em vão.
A Valeria continuou morando na casa do pai e até hoje quando olha para os pés de manga no quintal e vê o chapeuzinho que ele usava na roça pendurado na parede (os da foto no carrossel), sabe que fez a escolha certa, para ela, para a sua história, de ter o perdoado e ter vivido tudo que eles viveram juntos após esse reencontro.
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Roteiro: Luigi Madormo

ELA ENTENDEU QUE NÃO É MENOS FEMININA POR SER LÉSBICA E TER CABELO CURTO
O que é ser mulher? A Lorany passou anos questionando e sendo questionada por isso por conta do jeito que ela cortava o cabelo ou pela forma como ela se vestia. Mas por que uma mulher lésbica precisa seguir um padrão masculino? Ou por que uma mulher que corta o cabelo curto precisa ser vista como masculinizada?
Todas essas questões fizeram a Lorany chegar ao consenso de que não precisava seguir padrão nenhum para ser ela mesma. Ser feliz. Afinal, não existe padrão pra ser quem se é.
A história da Jupat você assiste aqui: https://youtu.be/ocYtwZfiq_Q
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Roteiro: Luigi Madormo e Lucas Galdino

ELA SE TORNOU MADRASTA ANTES DO ENTEADO NASCER
Imagina a seguinte situação: você começa a namorar a pouco tempo e seu namorado diz que vai ser pai do filho de um relacionamento casual que rolou antes de vocês começarem a sair. O que você faria? A Priscila, depois de pensar bastante, topou encarar essa história. Ali nascia uma madrasta antes mesmo da criança vir ao mundo!
No começo, a decisão da Priscila foi mais coragem que maturidade, mas hoje, 10 anos depois, ela agradece por todo aprendizado que teve por aceitar continuar com o Bruno depois da notícia.
Mesmo com algumas amigas aconselhando ela sair desse relacionamento enquanto podia, ela encarou de frente. E se o Bruno fosse 'o amor da vida dela'? Ela iria jogar fora uma relação legal por algo que fugia do controle dela? Não! E ainda bem que ela fez isso porque não é só a relação bastante saudável dos dois que foi boa pra ela, mas também os aprendizados que o relacionamento dela com o Lucas e a mãe dele, trouxeram para toda a família.
As histórias que falamos no episódio:
"Meu papel como madrasta": https://www.youtube.com/watch?v=evEfPAcvrJw
"Mãe e Madrasta: é possível ter uma relação saudável": https://spoti.fi/3hii35L
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Roteiro: Luigi Madormo

A DEPENDÊNCIA QUÍMICA EXCLUIU ELE DA SOCIEDADE
O Jorge viu sua vida ruir por conta da dependência química. Tudo começou por volta dos 14 anos, quando ele começou a beber. Dali em diante o uso recreativo se tornou dependência, ele chegou a perder um negócio porque tudo que ganhava era pra sustentar o vício e até ser preso por consequência das drogas também.
Quando saiu do presídio, o Jorge foi parar em uma clínica de reabilitação. Mas a mudança não vem do dia pra noite e, algumas recaídas depois, ele consegue se manter sóbrio há alguns anos e trabalha para ajudar outros jovens que passam pelo que ele passou - e não quer passar nunca mais.
Hoje o Jorge também tem consciência que a dependência química não é um problema individual, é uma questão de saúde público que, infelizmente, a sociedade e o Estado fecha os olhos e encara como um problema moral.
Como e onde estaríamos se a dependência química fosse tratada do jeito que deveria ser?
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ELA PERDEU O FILHO RECÉM-NASCIDO E TEVE QUE OUVIR QUE LOGO TERIA OUTRO
A gravidez da Luma foi bem complicada, mas não pelo fato de gerar uma criança e sim pela forma com que as pessoas a sua volta a tratavam quando ela descobriu que seu bebê estava com um problema durante a gestação. Suas decisões eram questionadas por familiares e pelos médicos - que inclusive praticaram violência obstétrica durante todo o tratamento que a induziram.
Infelizmente, a intuição da Luma não foi ouvida e isso levou a um agravamento da condição do seu filho, o Ben, que nasceu prematuro e acabou falecendo duas horas após nascer.
E mesmo após ela perder o seu primeiro filho, as pessoas ainda não eram respeitosas com sua dor, com seu luto. Muitos comentários indelicados foram feitos, desde a dúvida se ela e o Matheus, seu esposo e pai do Ben, ficariam juntos (afinal, eles eram jovens demais e só estavam juntos porque engravidaram), até o fato de que ela iria superar logo isso quando engravidasse e que, pelo menos, o Ben não tinha 2 ou 3 anos de idade.
A Luma tem bastante consciência de toda violência que vivenciou, da afetiva até a obstétrica, e pôde contar com seu companheiro e com outras pessoas próximas que a acolheram. Formada em psicologia, hoje ela pretende ajudar outras mães que passam ou passaram por situações parecidas, e dar o apoio que muitas pessoas não conseguem dar em momentos assim.
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Roteiro: Luigi Madormo

EU DEI A VIDA AO MEU FILHO E ELE ME DEVOLVEU A VIDA
Aos 20 anos a Vanessa engravidou e até chegou a pensar que aquele filho poderia atrapalhar a vida dela por ser muito jovem... o que ela não esperava era o que o destino estava planejando.
Quase 20 anos depois, ela descobre que estava com leucemia e, após um longo tempo de tratamento, só um transplante a salvaria. As coisas precisavam acontecer rápido e achar um doador 100% compatível é bem difícil. Por sorte, os médicos sugeriram do Gabriel, seu filho, fazer os testes e ali descobriu quem salvaria a vida da Vanessa.
O Gabriel veio ao mundo não para atrapalhar a vida da Vanessa, mas para salvá-la. É assim que ela enxerga hoje essa relação linda que tem com o filho.
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ELA PASSOU ANOS SE CULPANDO PELO SUICÍDIO DO PAI
"E se eu não tivesse ido pra escola e ficado em casa?". Essa pergunta reverberou por mais de 20 anos na cabeça da Cibelle depois que seu pai tirou a própria vida, quando ela tinha 13 anos. Algo que hoje, passados mais de 30 anos da partida dele, ela entende que não tinha o que fazer, muito menos vão haver respostas para o "e se?".
O pai da Cibelle começou a ficar ruim no início da adolescência dela. Na época, eles tinham uma vida bastante estável financeiramente, a família era muito tranquila, conhecida na cidade onde moravam. Com o tempo, o pai dela começou a falar coisas negativas sobre a vida, tudo se tornou muito triste. Ele enxergava o mundo triste.
Na última noite de vida dele, ele estava sentado em uma cadeira de balanço e, chorando, falou para a Cibelle, que estava sentada vendo TV: "O que vai ser da vida de vocês?", depois disso ele foi deitar. A Cibelle foi atrás dele e teve a oportunidade de abraçá-lo e dizer: "Pai você é o amor da minha vida". No dia seguinte, enquanto ela estava na escola, ele tirou a própria vida.
Com a partida dele, começa a peregrinação da família inteira. As pessoas queriam achar um motivo e um culpado. Elas não pensavam que quem fez estava doente. As pessoas faziam fofoca, diziam que a mãe da Cibelle havia traído ele por isso ele fez aquilo.
Toda aquela experiência fez com que a Cibelle gerasse uma revolta muito grande. Era muito complexo querer respostas que nunca vai ter. O luto dela foi muito difícil, mas depois de muitos anos e de muita terapia, ela compreendeu que é possível sobreviver, é possível se curar.
Hoje a Cibelle está bem e sempre lembra as pessoas que estão de fora de situações parecida para que elas não joguem o fardo em quem foi, muito menos em quem fica. Acolhimento em um momento tão delicado é a única opção.
No episódio comentamos sobre a história da Ofélia, esse é o link para assisti-la: https://youtu.be/6mk4jdVFeAw
Aqui também está a playlist com histórias sobre saúde mental: https://www.youtube.com/watch?v=6mk4jdVFeAw&list=PL4_fPVcdd4QsI56Y-A0c2jf2_24cVkyKY
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Edição: Felipe Dantas
Roteiro: Luigi Madormo

ELA DESCOBRIU A DISLEXIA AOS 40 ANOS
Desde muito novinha a Roseni se achava diferente. Ela já tinha aprendido a ler, mas em certo momento, o que a professora escrevia no quadro lhe parecia mais um código. O F se tornou um 7 e outras letras e números começaram a se embaralhar. Ela não entendia o que estava acontecendo, nem seus professores, e isso fez com que ela repetisse quatro vezes a 7ª série e desistisse de estudar.
Mais velha, ela volta para o Ensino de Jovens e Adultos, mas ainda assim não consegue acompanhar seus colegas. Uma vozinha na cabeça da Roseni ficava a todo momento dizendo que ela era burra, que ela era diferente e isso a levou a uma depressão profunda, que só foi resolvida anos mais tarde, quando ela já era mãe e em uma reunião de pais da escola do seu filho, a professora disse que adorava sua profissão de escritora.
Num primeiro momento a Roseni não entendeu o que estava acontecendo. Ela era dona de casa, não escritora. Mas aí a professora explicou para ela que seu filho levava para a escola as histórias que ela escrevia e contava para ele. Era um hobby da Roseni escrever em um diário seus sentimentos e também alguns contos que ela resgatava da infância, mas jamais ela imaginaria onde isso ia chegar.
Graças à professora do seu filho, ela entendeu que poderia, sim, ser escritora e foi assim que ela começou a escrever livros (hoje são 12 editados).
Mas e aquela dificuldade que ela tinha na escola? A Roseni também só descobriu o que acontecia com ela por conta dos seus livros. Um jornal da sua região a convidou para uma reportagem e a levaram até a escola onde ela estudou anos atrás. Os fotógrafos queriam uma foto dela escrevendo na lousa o nome de um dos seus livro, mas na hora a Roseni travou e não conseguiu escrever.
A diretora atual da escola percebeu e foi ajudá-la, inventou uma cena ali na hora que deixou a Roseni mais confortável para as fotos. Depois disso, a diretora conversou com a Roseni, comentou que havia visto seu boletim e acompanhado sua trajetória profissional e sugeriu dela investigar sobre dislexia. E foi isso que a Roseni fez.
Depois de estudar sobre o assunto e com o diagnóstico em mãos, ela tirou um peso das costas. "Ali quando você dá nome, tudo muda. Aquelas coisas de você achar que não é capaz, tudo isso aliviou, saiu. Era como se eu tivesse carregando essa mochila e, ainda assim, eu me tornei escritora".
A Roseni hoje consegue perdoar toda aquela culpa que sentia no passado e leva sua história como aprendizado por onde passa, principalmente me escolas públicas. Ela sempre reforça que há beleza no diferente, o que falta é as pessoas entenderem e abraçarem a diferença. Até porque ninguém é igual a ninguém.
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Roteiro: Luigi Madormo

ELA SE DESCOBRIU BISSEXUAL DEPOIS DE 19 ANOS CASADA COM UM HOMEM
A Dilane foi casada com um homem por 19 anos. Ela teve três filhos, trabalhava e vivia bastante feliz durante o tempo que esteve nesse relacionamento. Mas as coisas começaram a mudar quando ela entendeu, aos 33 anos, que era bissexual. A descoberta veio junto ao fato dela não se sentir mais completa naquela relação.
Ela precisava terminar e, por mais doloroso que fosse, precisava ser verdadeira com o outro também. E foi isso que ela fez.
Mas as coisas não foram fáceis. Dilane sofreu muito com as acusações a respeito da sua sexualidade. Quem convivia com ela não entendia que mesmo bissexual, enquanto ela estava casada com um homem, era apaixonada e vivia aquela relação.
Mesmo assim, ela seguiu de cabeça erguida porque sua consciência dizia muito sobre quem ela era. E apesar de muitas pessoas se afastarem por conta disso, outros muitos a viam como uma referência.
Afinal, quantas pessoas não estão presas a uma vida de mentira por medo ou para agradar os outros?
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Edição: Felipe Dantas
Roteiro: Luigi Madormo

ELA FICOU EM COMA POR 8 DIAS E ACORDOU NO DIA DO SEU ANIVERSÁRIO
A Deise renasceu depois de ficar 8 dias em coma induzido por conta da Covid e acordar dois dias após seu aniversário. De família bastante religiosa, tanto a Deise quanto seus familiares se apegaram a fé para poder atravessar esse período conturbado. Quando a Deise acordou, realmente foi uma renascimento.
Apesar do susto e de algumas sequelas que ficaram, a Deise fica feliz que sua história inspirou familiares, amigos e vizinhos a se vacinarem. Por conta do que aconteceu com ela, pessoas que não acreditavam na eficácia das vacinas entenderam o que estava em jogo. Não só suas vidas, mas de pessoas queridas que estavam próximas.
VACINA SALVA VIDAS!
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Edição: Felipe Dantas
Roteiro: Luigi Madormo

AS RELAÇÕES SÃO COMO PLANTINHAS
Essa foi a reação da Cris ao ouvir nós dois, Alexandre e Lucas, lendo a sua história de amizade com a Edenilde no livro A HISTÓRIA DO OUTRO MUDA A GENTE, primeiro livro do ter.a.pia.
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Relembre a Edenilde contando a história pela primeira vez aqui: https://www.youtube.com/watch?v=G_KMwvWycAY
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Edição: Ricardo Babachinas
Roteiro: Alexandre Simone e Lucas Galdino

ADOTAR UMA CRIANÇA DEU A ELA VONTADE DE VIVER
Sempre foi o sonho da Elaine ser mãe, mas por questões de saúde ela não poderia gerar uma criança e esse fato levou ela a entrar em uma depressão profunda. Essa tristeza crônica quase a fez desistir de viver. Mas quando isso passou pela cabeça dela, ela dá de cara com uma faculdade oferecendo cursos de adoção. Nesse momento um outro mundo se abriu para ela, que agora poderia voltar a sonhar em ter um filho para chamar de seu.
Foram 6 anos esperando pelo Nicolas, seu filho tão amado e esperado. Toda essa espera compensou quando ela pegou ele no colo e ele olhou em sua alma, como ela mesma diz.
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Edição: Felipe Dantas
Roteiro: Luigi Madormo

OPORTUNIDADE PARA MUDAR
Essa foi a reação da Silvana ao ouvir Alexandre e Lucas lendo a sua história no livro A HISTÓRIA DO OUTRO MUDA A GENTE, primeiro livro do ter.a.pia.
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Relembre a Silvana contando a história pela primeira vez aqui: https://www.youtube.com/watch?v=ZAlIzSGkhxA
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Edição: Ricardo Babachinas
Roteiro: Alexandre Simone e Lucas Galdino

ELA SE APAIXONOU PELA VIZINHA
A Iris estava em um relacionamento muito ruim com o pai dos seus filhos quando o amor verdadeiro bateu na porta. Em uma conversa despretensiosa, sua vizinha assumiu que estava apaixonada por ela. O susto foi grande mas a Iris percebeu que essa relação poderia trazer tudo o que ela não tinha no seu casamento: amor de verdade.
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Edição: Felipe Dantas
Roteiro: Luigi Madormo

COMPREENDER PARA PODER PERDOAR
Essa foi a reação da Adriana ao ouvir nós dois, Alexandre e Lucas, lendo a sua história no livro A HISTÓRIA DO OUTRO MUDA A GENTE, primeiro livro do ter.a.pia.
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Relembre a Adriana contando a história pela primeira vez aqui: https://youtu.be/BXqKBPWurYI
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Edição: Ricardo Babachinas
Roteiro: Alexandre Simone e Lucas Galdino

É POSSÍVEL SAIR DE UM RELACIONAMENTO ABUSIVO
Não é só no BBB. A Jessica é a prova viva de que relações abusivas são mais comuns do que a gente imagina. Depois de namorar um tempo pela internet com um rapaz, a Jéssica acaba indo morar com ele e o conto de fadas se tornou o pior dos filmes de terror.
Aquele cara carinhoso começa a se irritar com qualquer coisinha, a xingar, humilhar e até agredir a Jéssica. Infelizmente, quem passa por essas relações abusivas muitas vezes não consegue se afastar. Como a própria Jéssica diz, "quando a gente tá apaixonado, a gente não enxerga ou a gente finge não enxergar muitos sinais de que aquilo vai se tornar um problema", mesmo com pessoas de fora tentando avisar que algo está errado.
A virada de chave para Jessica veio quando o ex a agrediu. Ali ela entendeu que não merecia estar presa àquela situação e começou a se mexer para poder ir embora. Não foi fácil, mas ela saiu daquela casa e conseguiu dar a volta por cima. Nunca mais ela o encontrou e hoje sabe que é possível, sim, sair de uma relação abusiva. "Você pode viver confortável quando descobre seu amor próprio. Ninguém merece migalhas, nem implorar por elas".
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Edição: Felipe Dantas
Roteiro: Jessica Correa

COMO EU LIDEI COM O PARKINSON DE MINHA MÃE
"Um buraco se abriu no meu chão e fiquei em queda livre durante um bom tempo" essa foi a frase que o Fernando nos enviou para falar sobre quando descobriu o diagnóstico de Parkinson de sua mãe. Os dois sempre foram muito próximos e quando o Fernando percebeu que a dona Maria Aparecida estava com os movimentos mais lentos, muito curvada e com dificuldade para caminhar, uma angústia muito grande bateu. Um tempo depois dos primeiros sinais, veio o diagnóstico, no final de 2021.
Ver a mãe ficando debilitada em decorrência da doença foi algo bastante aterrorizante para o Fernando, que ainda assim teve que ter forças pra mostrar a ela que ele estava ali, independente de qualquer situação. Até porque o diagnóstico não veio para dar uma sentença, ele veio para transformar. Houve o momento de luto, é claro, mas ele e a família conseguiram ver no luto a transformação. Assim, todos decidiram caminhar junto com Maria Aparecida e fazer o tratamento para ela ficar bem.
Para acompanhar o progresso da doença, o Fernando teve a ideia de pedir para que sua mãe fizesse desenhos sobre como ela vê o Parkinson, sua trajetória, sua história. Dessa forma, ele consegue acompanhar a progressão de possíveis tremores através dos traços. O que ele não imaginava era que esses desenhos estão cada vez mais cheios de sentimentos e já são conhecidos lá onde eles moram, ganhando até uma exposição na cidade, e levando informação sobre a doença para as pessoas que moram lá.
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Edição: Felipe Dantas
Roteiro: Jessica Correa

DESDE QUE EU ENTREI NA VIDA DA MINHA AVÓ ELA NUNCA MAIS PASSOU FOME
Aos 16 anos de idade, a Jennifer assumiu a responsabilidade de cuidar da avó, que morava na periferia do Guarujá, litoral de SP. A avó estava em extrema vulnerabilidade, passava fome e a casa onde morava alagava quando chovia e a neta teve que trocar a vida social adolescente por um trabalho para poder dar o mínimo de dignidade a ela.
Jennifer se tornou adulta, tirou a avó daquele lugar e se orgulha hoje de poder bater no peito e dizer que, sim, elas passaram muitas dificuldades juntas, mas a fome jamais chegou naquela casa.
A avó da Jennifer faleceu em 2021, em decorrência da Covid-19, e esse episódio é uma homenagem a ela.
O Histórias para ouvir lavando louça é um podcast do ter.a.pia apresentado por Alexandre Simone e Lucas Galdino. Para conhecer mais do ter.a.pia, acesse historiasdeterapia.com.
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Edição: Felipe Dantas
Roteiro: Jessica Correa

NINGUÉM ACREDITOU QUE A FILHA DE UM BOIA-FRIA SERIA ADVOGADA
Filha de um boia-fria e de uma empregada doméstica, a Kenia resolveu terminar os estudos aos 35 anos quando se viu com problemas financeiros e sem chance de entrar no mercado de trabalho. Logo após terminar o supletivo do ensino médio, ela decide que quer ir além e presta o vestibular para Direito e passa. Ela só não imaginava que dentro da sala de aula (e fora também) as pessoas iriam desacreditar da sua capacidade. Os colegas de classe riam dela, a chamavam de 'mobral'; enquanto familiares e pessoas próximas apostavam (literalmente) que ela não conseguiria completar os estudos.
Mas a Kenia não desistiu. Se formou em Direito, passou na OAB e em todos esses momentos, por mais que ela tenha começado a frequentar e dividir espaços com desembargadores e juízes, ela só consegue pensar que chegou ali não graças a um sobrenome, mas aos seus país, os invisíveis do brasil que carregam o país nas costas.
E além da gratidão pela trajetória da sua família, ela também atua como advogada auxiliando quem não tem os mesmos acessos que ela conquistou durante a faculdade.
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Roteiro: Luigi Madormo

DEPOIS DE 40 ANOS EU CONSEGUI REALIZAR MEU SONHO DE SER CANTORA
Desde novinha a Edna sonha em ser cantora como Clara Nunes e Elza Soares, mas seu sonho foi deixado de lado porque ela precisava trabalhar em um 'emprego formal' para colocar comida dentro de casa. E assim foi por 40 anos até ela ir atrás de viver aquilo que sempre quis.
O sonho da Edna viveu adormecido por muitos anos, mas a música ainda estava viva dentro dela. A jovem se tornou uma grande costureira e enquanto a máquina de costura trabalhava, o radinho de pilha fazia a trilha sonora de sua história. Mas isso não bastava, faltava algo que o cantarolar enquanto costurava não preenchia.
Depois de criar os filhos e se aposentar, ela foi atrás de viver aquilo que sempre quis. Começou alguns cursos e hoje, aos 65 anos, além de cantar também é percussionista de um bloco afro, e com alegria diz com toda propriedade que sonhos não envelhecem.
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Edição: Felipe Dantas
Roteiro: Jessica Correa

DEPOIS DO CÂNCER TIVE MEDO DE DECEPCIONAR MEUS PAIS POR SER GAY
Aos 13 anos o Gabriel descobre que estava com câncer e a partir daí a vida de uma criança, entrando na pré-adolescência, muda completamente e ele começa a se preocupar em se manter vivo enquanto seus amigos estava jogando videogame. Mas as coisas ficam mais difíceis quando, no meio do tratamento, ele começa a se descobrir um rapaz gay.
Durante esse período, o Gabriel sempre achou que estava dando trabalho aos pais. Isso o consumia de uma forma muito ruim. Por isso, ele tentou de toda forma reprimir o que sentia e quem era para não magoar ou não desapontar seus pais - que na cabeça dele já haviam sofrido o bastante.
Foram alguns anos se reprimindo de todas as formas, inclusive segurando o choro em muitos momentos de sua vida, para não desapontar os pais de alguma forma. Tudo muda quando, aos 16 anos, ele tem uma recidiva da doença e começa a se questionar sobre o tempo que ele ficou vivendo para os outros enquanto fingia ser o que não era.
O segundo câncer do Gabriel fez com que o garoto, mesmo tão jovem, enxergasse que a vida é curta demais para deixar de ser quem se é pelos outros. Até porque quem nos ama vai nos aceitar de qualquer forma, né?
O bonito foi que ele, ao se assumir, viu o quanto as pessoas a sua volta o acolhiam e jamais acharam que ele era um fardo. Sua irmã foi a primeira a saber da sua sexualidade e tranquilizá-lo, os amigos também foram parte importante do processo e também seus pais que, apesar de um início meio sem tato, hoje formam o grupo de apoio do Gabriel para além dos laços sanguíneos.
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Edição: Felipe Dantas
Roteiro: Luigi Madormo

EU SOU O ARTISTA QUE O RACISMO NÃO DEIXOU MEU PAI SER
Muito provavelmente você já viu circulando pela internet as tirinhas do @devaneioshq, criado pelo Yorhán Araujo. O que você não sabe é a história por trás da arte do Yorhán. Vindo do interior do Rio, de uma família preta e pobre, o garoto viu sua maior inspiração na arte partir de uma forma trágica e dolorida. Seu pai faleceu em decorrência da depressão, do alcoolismo e do racismo depois de muito sofrer por não conseguir seguir o sonho de viver da sua arte.
O pai do Yorhán sempre foi autodidata e desenhava muito. O cara não deixava nada a desejar se comparado com quadrinistas da Marvel e da DC, mas seu dom (e seus anos de estudos) foram por ralo abaixo por uma questão: sua cor. Por ser preto e pobre, o pai do Yorhán não conseguia trabalhar com o que fazia de melhor e acabou dentro de uma metalúrgica.
Ali ele adoeceu psicologicamente, acabou se tornando alcoólatra e as coisas começaram a não trilhar um caminho positivo. Ele se tornou um homem agressivo, se afastou da família, inclusive do Yorhán, que cresceu ouvindo que o pai era um 'pinguço safado'. O Yorhán lembra que a última vez que viu seu pai ele estava deitado na cama, sem conseguir se levantar, já não tinha forças nem pra fazer sua própria comida. Aquela cena o marcou muito e tempo depois, os amigos do seu pai o encontraram morto, sozinho.
Crescer ouvindo os outros falarem mal do seu pai foi difícil, mas o Yorhán começou a entender que, apesar dos erros, o pai sofreu muito e desde sempre. Tentar ressignificar a imagem que tinha do pai foi difícil mas não impossível porque quando o próprio Yorhán decide seguir o caminho das artes, percebe que esse universo pode ser muito cruel para um homem preto.
Na faculdade mesmo, o Yorhán era preterido pelos colegas de turma (pelo menos até eles perceberem que ele era bom em atividades que as pessoas precisavam), percebeu que o mercado negligencia artistas pretos e pobres e isso fez ele se aproximar da memória que tinha do pai. Principalmente a memória boa, do artista repleto de inspiração e talento que ele era.
Hoje o Yorhán é reconhecido pelo trabalho na Devaneios, suas tirinhas mais famosas, e já tem três livros publicados - dois de forma independente e um pela Editora Planeta (disponível pra compra aqui: https://amzn.to/3BsQVZk). Muito do que ele é hoje é em homenagem ao seu pai, que infelizmente não pode ser.
A história do Oswaldo que comentamos no episódio é essa aqui: https://www.youtube.com/watch?v=hX3OvX2FmY8
A história da Monica, que comentamos no episódio é essa aqui: https://www.youtube.com/watch?v=AjYT6j7DIpU
Para seguir os Yorhán nas redes, vem cá: https://www.instagram.com/devaneioshq/
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Edição: Felipe Dantas
Roteiro: Luigi Madormo