
Mais Ribatejo - jornal digital - Crónicas e entrevistas
By João Baptista - Mais Ribatejo

Mais Ribatejo - jornal digital - Crónicas e entrevistas Dec 06, 2023

Algumas descidas nos impostos municipais dos scalabitanos - por Francisco Mendes
Algumas descidas nos impostos municipais dos scalabitanos - a crónica de Francisco Mendes no Mais Ribatejo

A brandura - por Ana Freitas (podcast)
A brandura - por Ana Freitas (podcast)

As casas do Benfica e do Sporting - por Francisco Mendes
Ao fim de tempos e contratempos, recuos e avanços, aparentes desistências e certezas convictas, foi finalmente inaugurada a primeira Casa do Benfica 2.0, em Santarém, nas antigas cafetarias do Jardim da Liberdade ou do Campo Sá da Bandeira, como cada um de vocês prefira.
Não, não sou mais um que se vem congratular com esta “magnífica obra” e menos ainda considero esta inauguração um “dia histórico para Santarém”.

Campo da Feira – Devagar se vai ao longe! - por Francisco Mendes
Já são várias as vezes que opino sobre o futuro, ao longo de décadas adiado, do Campo Emílio Infante da Câmara (mais conhecido em Santarém por Campo da Feira).

O ensejo dos transportes públicos - por Ana Freitas
Teias. Atemorizam-nos. Tememos nelas enredarmo-nos e jamais nos soltarmos. Mas como em tudo também há boas teias. Por exemplo, a dos transportes públicos. E esta é vital. Tal como haver menos carros a invadir os centros das cidades. E até diria qualquer sítio. Não só o badalado ambiente agradeceria como todos nós.
O carro é cómodo. Talvez nem tanto. Quando enfiado em filas fartas. Para o trabalho, para a escola, para a praia, para o médico. E versa-vice. E quantas auroras e entardeceres roubados ao descanso e à família. E quanta ansiedade. E quanto dinheiro gasto a mais. E quantos mal-entendidos. Chega a ser trágico.
É nítido que os transportes públicos nos oferecem grandes ensejos. Quanto tempo ganho. Quanta tranquilidade adquirida na leitura de um livro. No escutar uma música. No perdermo-nos na paisagem. Antes da azáfama do trabalho ou depois dela. (Sim, o telemóvel é frenético. Impacienta-nos.) Permitem-nos estar entre outros, observá-los, pensar rostos, analisar atitudes. Quem sabe, trocar umas palavras, uns sorrisos. Um enriquecimento. Quem sabe encontrar quem há muito não vemos. Os transportes públicos são a sociedade. Rostos carregados como o carrego da vida. Alguns, poucos, em azuis flutuam.
A teia dos transportes públicos funcional deve ser para que cada vez mais seja usada por mais pessoas. Mas como? Quando, por exemplo, o único transporte público - por ser aberto a todos, mas é privado - não pratica quaisquer descontos, leva duas horas e pico para percorrer cerca de 80 km entre uma vila do interior e a capital e o último em ambos os sentidos é pelas 19,40h. Uma boa teia de transportes públicos é uma brecha aberta à liberdade. Para as pessoas e para o ambiente.
E senhor autarca será que, mesmo olhando para o lado, ainda não achou o ensejo para transportes públicos gratuitos para os seus residentes? Todos os merecem. E muito mais.
Ana Freitas

André Regueiro: DECO lança Prémio Município Amigo do Consumidor
André Regueiro, coordenador da DECO Regiões, falou ao Mais Ribatejo do Prémio Município Amigo do Consumidor, que a DECO está a promover com o objetivo de reconhecer os municípios portugueses pelas melhores e mais robustas práticas de proteção do consumidor a nível local. Na primeira edição de 2023 são cinco as categorias a concurso: Clima, Emergência Social, Energia, Habitação e Mobilidade, todas áreas prioritárias para a Defesa do Consumidor com desafios significativos na vida quotidiana. Que medidas concretas e projetos inovadores e com relevante impacto social estão os municípios a desenvolver para facilitar o dia-a-dia dos consumidores na sua área de residência? De que forma contribuem para uma sociedade de consumo mais justa, sustentável e inclusiva? Todos os municípios portugueses estão convidados a participar e a submeter a sua candidatura até ao dia 16 de outubro de 2023. Os vencedores serão anunciados numa cerimónia de entrega de prémios que decorrerá em dezembro, em data a anunciar. Para mais informações, consulte a nossa página www.deco.pt ou contacte-nos através do endereço decoregioes@deco.pt ou do número de telemóvel 926 480 607.

Os micro prados verdes para descer altas temperaturas nas cidades - por Vítor Franco
As minhas viagens têm sempre o objetivo de aprender. Para aprender é preciso saber ouvir; diria que ouvir é duplamente mais importante do que falar, pois temos dois ouvidos e só uma boca.
Ouça a crónica no podcast

Nelson Ferrão: FITIJ Festival de Teatro para a Infância e Juventude de 3 a 8 de outubro em Santarém
Nelson Ferrão fala ao Mais Ribatejo do FITIJ Festival de Teatro para a Infância e Juventude que se realiza de 3 a 8 de outubro em Santarém.

Haverá Santas Casas mais iguais que outras?!
Ouça aqui a crónica de Francisco Mendes para o Mais Ribatejo

Crónica de Vítor Franco - No caminho de inverno a Santiago de Compostela
A percorrer o Caminho de Inverno a Santiago de Compostela, Vítor Franco deixa-nos aqui a sua crónica semanal para o Mais Ribatejo. Partilha a sua experiência da viagem pelo Caminho de Santiago de Compostela de bicicleta e explica as vantagens desta forma de turismo cultural e desportivo.

Mais vale tarde do que nunca! - a crónica de Francisco Mendes
Mesmo que a ideia de concretização de um Parque de Autocaravanas tenha sido assumida pela Câmara Municipal de Santarém como sendo para concretizar pelo menos há 8 anos, não deixa de fazer sentido congratularmo-nos por, ao que tudo leva a crer, irmos passar em breve da ideia à realidade. Aguardemos então.

A propósito de Edgar Morin - por Francisco Mendes
Edgar Morin está vivo. Vivo e bem vivo, como tivemos oportunidade de constatar no seu discurso aquando da sua vinda a Portugal no início do corrente mês em que bem demonstrou a lucidez daqueles 102 anos.

Crítica de cinema: o filme Barbie – por Vítor Franco
Fui desafiado a fazer de “crítico de cinema”, resisti mas lá fui. O filme Barbie passa-se na Barbielândia, onde todas as bonecas são Barbie e todos os homens são Ken...

Ainda férias - por Ana Freitas
As praias abarrotam. As cidades vagam. Parecem quintas. Em todos os dias da semana. Não só ao sábado e ao domingo. Só com o bom das quintas. Muito terreno, pouca gente, excepto nos trabalhos sazonais, poucos carros. E raros. Que são de arregalar os olhos. Novinhos em folha, grandes, lustrosos. Do suor baço do motorista. Bem me lembro. Claro que nesta época, poucos destes carros se veêm nas cidades, tal como aos fins-de-semana. Cum raio, férias são férias. E fins-de-semana, fundamentais pra quem tanto a cabeça mata com dinheiros.
Os autocarros, esses sim, cheios de passe social e turistas. Todos têm direito ao lísingue. De um lugar nos transportes públicos. Naturalmente com direito a utilizá-lo quando lhes aprouver, ainda que raro, mesmo fora do trabalho. Cum raio, todos somos humanos. E as dificuldades espairecer alivia a carga.
É de facto em Agosto que é bom viver nas cidades. Espalham-se os espaços. Flainam os silêncios. Nós flutuamos. E agarramos o tempo como se todo nosso ele fosse. Para nosso bem, estas cidades ao contrário das de Italo Calvino[1] são visíveis. Porque podemos tê-las nos nossos próprios olhos. E vivê-las.
As cidades vivem de pessoas. Apesar de serem pensadas por pessoas quase nunca são para as pessoas. Claro que falo da maioria. Para os restantes, sabemos, tantas vezes impera o servilismo enfeitado de ganância. Contrariar esta desumanização tem sido a vida de Jan Gelh[2]. E já muitos frutos deu.
Será que Agosto é essa nesga que vislumbra a largueza no olhar a que todos temos direito? Ainda hoje degusto esse deleite de jovem em Lisboa. Ainda hoje uma ave me dá a mão. E vou.
Ana Freitas
[1] Le città invisibili (As Cidades Invisíveis), 1972. Italo Calvino foi um dos mais maiores escritores italianos do século XX.
[2] Cities for People (Cidades para Pessoas), 2010. Jan Gelh é arquitecto e urbanista dinamarquês, professor, pioneiro do urbanismo humanizado.

A pica de não desistir - por Francisco Mendes
Agosto acabou, estamos entrados em setembro e é tempo de voltar a uma maior atividade, de voltar aos nossos compromissos. Assim, cá estou também a retomar estes artigos semanais.
Quando comecei a preparar o que esta semana aqui iria partilhar convosco, dei comigo a pensar no curioso, e por outro lado interessante, que é esta nossa forma de encarar a vida e de algum modo de nos motivarmos e entusiasmarmos com as nossas atividades...

O Mundo de Sofia - por Vitor Franco
O Mundo de Sofia - Este livro é um prazer de leitura. É também um desafio aliciante. Viver é conhecer, viver é um prazer!
A crónica de Vitor Franco

Homo Sapiens: a nossa espécie fracassou? por Vítor Franco
Partilho convosco um pequeno olhar sobre o livro “Sapiens, uma breve história da humanidade” de Yuval Noah Harari, um livro que já é um best-seller internacional.
“Sapiens” é um livro muito interessante. É também um livro muito rico de informação e muito denso, o que exige concentração na leitura.
“Sapiens” coloca uma visão apelativa e desafiadora da história e para vos aguçar o apetite cito “Somos a única espécie que acredita em coisas que não existem na natureza, como Estados, dinheiro e direitos humanos”…

Onde fica a sombrinha - a crónica de Ana Freitas
Oito horas duma manhã estival numa praia do Algarve. Sim, ontem tudo era cinza, mais um incêndio por aí. Claro, ainda quase ninguém. Um aqui, outro além. Passeio na areia, raquete, livro na mão. E a melodia do mar. (...)

Ruas cor de tijolo ou cor de sangue? a crónica de Vítor Franco
Tomo o caminho do Museu da Resistência e da Deportação pelo magnífico Jardim das Plantas em Toulouse. As obras da nova linha do metro obrigam a pequeno desvio.
Um pequeno monumento de colunas surge. Aparentemente insignificante uma pequena placa conta outra barbárie: a deportação de crianças judias para os campos de concentração, onde morreriam.
Percorro os nomes e as idades, uma das crianças só tinha três meses... Era Halpern, ela só tinha três meses; Elizabeth tinha seis meses; Gelenrten tinha dez meses... Várias crianças tinham um ano... Quarenta e oito crianças foram deportadas de Toulouse para os campos da morte...
A barbárie repetiu-se e poderá repetir-se! A barbárie tem sempre raízes no ódio e no racismo, seja contra quem for, e poderá chegar de novo!
A placa à entrada do Museu da Resistência e Deportação diz "A palavra resistir deve sempre ser conjugada no presente".

Uma noite em Lisboa - a crónica de Vítor Franco
A sugestão de leitura, que aqui partilho, foi escolha de debate num grupo literário. Não faço parte desse grupo, mas fui estimulado a vasculhar as entranhas dessa noite. Assim fiz. Fui à Biblioteca Municipal Braamcamp Freire e requisitei o livro de Erich Maria Remarque.

Hospital de Santarém apresenta Plano de Emergência no âmbito da Jornada Mundial da Juventude
Sandra Marques, enfermeira chefe do Serviço de Urgência do HDS, fala ao Mais Ribatejo do Plano de Emergência Externo (PEE) do Hospital Distrital de Santarém (HDS), apresentado esta quinta-feira. A responsável pelo PEE do Hospital de Santarém salienta que este Plano tem como objetivo organizar e estruturar a resposta hospitalar a situações de catástrofe.

Você tem um nome para o nosso novo aspirador? - a crónica de Vítor Franco
Se todos nós respeitarmos o ambiente e o espaço público, se nos respeitarmos a nós próprios enquanto seres humanos civilizados o nosso aspirador será o melhor do mundo! O nosso aspirador tem um nome: Cidade Limpa!
Você tem duas responsabilidades. A primeira é a de zelar pelo local onde vive, a segunda responsabilidade é a de exigir que o poder político cumpra a sua obrigação. Ou prefere viver numa cidade suja?

O sentido de cada um e o sentido comum - a crónica de Ana Freitas
Em 2021 em Oslo, o guia turístico norueguês questionado sobre o significado e depois sobre a razão daquela faixa bem visível junto de belíssimos edifícios “Bjørvika er for alle”(Bjørvika é para todos)[1] respondeu:
- “Esta zona foi construída recentemente, todos estes apartamentos foram vendidos a um preço altíssimo, quase todos a estrangeiros. Então estes fizeram um abaixo-assinado para que a praia pública existente em frente aos seus edifícios luxuosos deixasse de existir. O governo imediatamente esclareceu todos com esta frase. E para que não haja dúvidas mantém-se.” Disse-o com a tranquilidade de quem sabe que, no seu país, há coisas que são inquestionáveis. De sentido comum. Alguns de nós olhámo-nos. Como gostaríamos de ver frases afins por todo o nosso Portugal.
(...)

Aristides de Sousa Mendes - por Vítor Franco (com podcast)
Este 19 de julho faz 138 anos que nasceu Aristides de Sousa Mendes.

Problemas por resolver? Participe-os ao Município! por Francisco Mendes
Em 2017, a Câmara Municipal de Santarém lançou uma interessante aplicação (app) que, entre várias outras funcionalidades, apresentava uma importante ferramenta, muito fácil de usar e já na altura muito completa, que incentivava os munícipes a estarem atentos e a comunicarem as ocorrências que verificassem, fossem elas sobre lixo em locais indevidos, entupimentos de sarjetas, buracos nas estradas ou nos passeios, problemas com iluminação por avaria ou por falta de instalação, perdas de água, etc., etc.

Extrema-direita, o mal é do ovo ou da galinha? por Vítor Franco
A “boa galinha” não está na democracia liberal, está na reedificação de uma democracia social. A esperança está “nos seus ovos” de uma democracia que respeita todos os direitos humanos, que constrói solidariedade e estabilidade no trabalho, que faz de uma boa educação o bom cimento do futuro, que faz da saúde a tranquilidade e o bem-estar das pessoas, que faz do ambiente e das cidades e vilas bons lugares de vida. É isso que vale a pena!

Uma doação que veio na hora certa - a opinião de Francisco Mendes
Fez dois anos no passado dia 26 de janeiro que faleceu a D. Maria de Lurdes Dias D’Holbeche Fino. Deixou em testamento à Câmara Municipal de Santarém uma vivenda na Av. 5 de Outubro (a avenida que dá acesso às Portas do Sol), certamente uma das mais bonitas construções da zona. (...)

Terminal rodoviário já não fica no Campo da Feira - a opinião de Vítor Franco
A novidade veio na última Assembleia Municipal. Em resposta à minha intervenção enquanto subscritor da petição, “Em desacordo com a localização do terminal rodoviário no Campo Emílio Infante da Câmara”, o senhor presidente da Câmara Municipal de Santarém afirmou que entrou em negociações para a compra do edifício onde se situa atualmente a Rodoviária. (...)

Dias Grandes - a crónica de Ana Freitas
Há dias grandes. Há dias pequenos de tão grandes. Que dificilmente podem ser pequenos por neles não caberem as coisas que os fazem grandes. (...)

Alexandre, o Grande - a crónica de Vítor Franco
Consta-se que Alexandre Magno, o Grande, um dia foi visitar o filósofo Diógenes, o Cínico, que vivia no seu barril. Chegado ao barril, o poderoso Alexandre perguntou a Diógenes se havia alguma coisa que pudesse fazer por ele. Ao que este respondeu: “Sim, vá um pouco para o lado, está-me a tapar o sol”. A resposta é verdadeiramente surpreendente, até porque Diógenes era despojado de posses e estava respondendo a um imperador de vitórias contínuas em suas batalhas.... ...

Escolhas certas? - a opinião de Francisco Mendes
No passado sábado, dia 24, à tarde, fui assistir a uma palestra do Prof. Jorge Custódio com o mote “Monumentos e Elites Patrimoniais: os valores históricos da herança cultural em Anselmo Braamcamp Freire”, que decorreu no auditório da Casa do Brasil em Santarém, no âmbito do Ciclo de palestras “Braamcamp Freire – o génio poliédrico”, promovido pela Câmara Municipal de Santarém e em particular pelo projeto municipal Santarém Cultura.

Entrevista com José Raimundo Noras sobre a biografia de José Relvas e exposição sobre Sidónio Muralha
O historiador scalabitano José Raimundo Noras falou ao Mais Ribatejo sobre a sua recente tese de doutoramento que faz uma biografia política de José Relvas. A conversa aborda a exposição dedicada ao poeta Sidónio Muralha, que se encontra patente ao público no Museu do Neorealismo em Vila Franca de Xira, de que José Raimundo Noras é co-curador.

Classificação do Centro Histórico de Santarém - chegará algum dia? - a crónica de Francisco Mendes
Mas qual é na prática o problema da pendência da classificação do Centro Histórico para o comum dos munícipes?
É que atualmente a cidade é vista como se estivesse toda classificada como património nacional, o que complica alguns processos de licenciamento que de outra forma poderiam ser mais simplificados. A crónica de Francisco Mendes

Terminou mais uma Feira com um balanço bem positivo - a opinião de Francisco Mendes
Terminou mais uma Feira Nacional de Agricultura / Feira do Ribatejo, este ano respetivamente a 59ª e a 69ª.
Parece-me a mim que, em geral, o balanço é bem positivo. Número de visitantes muito à beira dos 200 000 (mais 25% que no ano passado), expositores globalmente satisfeitos e com intenção de voltar. Tivemos este ano a primeira Feira em pleno após pandemia.

Os insensatos desta terra - a opinião de Vítor Franco
Os insensatos desta terra - a opinião de Vítor Franco

Feiras e futebóis - a crónica de Ana Freitas
Isto tudo veio-me à baila quando se encerra uma feira do livro a decorrer – a de Lisboa - e outros eventos já agendados. Por causa do perigo dos distúrbios que seguramente os festejos de uma final do campeonato nacional vão provocar. Atenção, estamos a falar de festa. Temos a perenidade da agressividade, da violência, do desrespeito, nas pessoas.

Degrau II - a crónica de Ana Freitas
A crónica de Ana Freitas

Uma boa forma de incentivar a participação dos jovens - por Francisco Mendes
Os alunos das turmas G e H do 11.º ano da Escola Secundária Ginestal Machado de Santarém foram desafiados pelo seu professor de Geografia António Coelho a desenvolverem um trabalho de investigação à escala local, sobre o espaço urbano do concelho de Santarém.

Crianças e bebé abandonados no mar - por Vítor Franco
Crianças e bebé, “gente sem eira nem beira”, castigados por serem refugiados, castigados por fugirem à fome e à guerra, são deixados à sua sorte em mar alto. Ao que chegámos, ao que chegámos…
Foi em 12 de setembro que 2015 que o movimento “No coração da cidade – Santarém” organizou uma vigília no Largo do Seminário a propósito da morte de um grupo de refugiados no Mediterrâneo, tendo o cadáver de uma criança dado à praia.
Ao tempo a consternação correu mundo, mas foi tristeza de pouca dura. As pessoas continuaram a morrer no mar fugindo de outra morte certa. Os países reforçaram as barreiras de entrada, reforçando a desproteção dos miseráveis. A voragem das notícias imediatas e sensacionalistas rapidamente substituiu aquela mortandade de gente afogada no mar; futebol, festivais da canção, novelas, concursos e afins tomaram os prime time das TVs. Nunca mais ninguém se lembrou.
As pessoas continuam a morrer afogadas, mas agora são os militares europeus que as levam para o mar. O mar é o novo e gigante campo de concentração dos miseráveis, os condenados já não são os judeus, são os refugiados.
O “Coração da Cidade – Santarém” foi dos movimentos mais bonitos em que participei. Fraternidade, cidadania, lucidez, criatividade (…) tantas e bonitas ações realizadas. Teve o seu tempo e o seu modo. Deixou um legado cívico do qual me orgulho de ter participado.
Vítor Franco

Entrevista: Atleta do Pombalinho Beatriz Ferreira é campeã do mundo de triatlo cross e vencedora do Xterra na Golegã
Depois de conquistar o campeonato do mundo de triatlo cross, a atleta do Benfica Beatriz Ferreira esteve de novo ao mais alto nível e venceu a XTerra Portugal, realizada este sábado, na Golegã. A atleta do Pombalinho fala ao Mais Ribatejo das emoções fortes desta prova realizada na sua terra Natal, a Golegã, onde iniciou a carreira desportiva.
Beatriz conta-nos como correram as três provas de natação, ciclismo e corrida na XTERRA na Golegã. Nesta entrevista, a atleta do Benfica dá-nos a conhecer o seu percurso desportivo, iniciado no Núcleo Sportinguista da Golegã, clube organizador do XTERRA Portugal. Dá-nos a conhecer a sua carreira desportiva, já com vários títulos internacionais e nacionais alcançados nesta exigente modalidade desportiva, destacando-se o título de campeã mundial de triatlo cross sub-23, conquistado no passado mês de Abril em Ibiza, Espanha.
Estudante do 2.º ano da faculdade de Economia, Beatriz fala-nos ainda como consegue conciliar a vida académica com o desporto e a vida pessoal. "Tem de haver tempo para tudo", afirma.
Ouça aqui a conversa.

Que perguntas lhe surgem? A crónica de Vítor Franco
A IA é a inteligência artificial, no caso o ChatGPT, que me escreveu o texto [em itálico], em segundos. Segundos que podem substituir horas de pensamento, investigação, escrita e correção de texto. Isto é bom?

A paz - a crónica de Ana Freitas
Há anos pintei uma tela em que escrevi por mais que seja santa/ A guerra é a guerra (1) Pois é, passam-se séculos, anos, dias e esta canção do Fausto em todos eles pode ser cantada por actual. A ganância, a crueldade, tenham elas as motivações que tiverem, estarão sempre por trás de qualquer guerra. Aí está, a inveja, com que o nosso Camões, contemporâneo de Fernando Mendes Pinto, epicamente nos caracterizou, grassa em desmedida. E os povos sempre em barcos à deriva, subvivendo, perecendo. E mais pobres.
Talvez não seja exagero, nunca o mundo esteve em paz. Vivemos entre a guerra e o sarar as feridas. Cidades são reconstruídas sobre valas comuns. Por exemplo, Siem Reap (Camboja). A cidade foi reconstruída sobre valas comuns do domínio dos Khmer Vermelhos (1975-1979). Como sabemos, toda esta região do planeta, Vietname, Laos e Camboja, muito foi fustigada pela guerra. A Guerra do Vietname - 1955 a 1975. Ainda hoje, estes povos choram os seus familiares. E conformados sobre o agora dizem, temos ainda muita pobreza, corrupção, mas vivemos em paz. Podemos estar com a família, com os amigos. Podemos falar que nada nos acontece. E é, muitas vezes, pelos horrores da guerra, pela pobreza, pelo cansaço da instabilidade das sociedades, por ignorância – é tão importante informarmo-nos e termos as nossas opiniões - que as pessoas escolhem ditadores. Porque acreditam na paz que lhes prometem.
Afinal, o que é a paz. Claro que os direitos de expressão, de reunião, são inquestionáveis. Mas pode a paz ser fome. E soa-me Negro bairro negro/ Bairro negro/ Onde não há pão/ Não há sossego (2). Ser desemprego. Ordenados em atraso. Não cumprimento do horário de trabalho.
Há muito que a paz e a liberdade casaram. Será que sou livre quando não tenho tempo para cuidar e brincar com os filhos. Quando não tenho tempo para mim.
A paz também está nas nossas mãos.
Ana T. Freitas
(1) Assim escreveu, musicou e cantou Fausto Bordalo Dias no seu álbum Por Este Rio Acima, editado em 1982, alicerçado nos relatos de Peregrinação, de Fernão Mendes Pinto, de 1614 - uma narrativa de todo o interesse sobre a presença portuguesa no oriente quinhentista.
(2) Menino do Bairro Negro, letra, música e canto de José Afonso, do seu álbum Vampiros, de 1963.

Você é judeu? - a crónica de Vítor Franco
Os tempos vão mudando, mas as construções culturais e linguísticas dominantes vão permanecendo embora perdendo vigor. Ser judeu ainda é “sinónimo” pejorativo!

Que mundo é este, que país é este? - a crónica de Vítor Franco
Os porta vozes das elites abordam a situação económica do país e do mundo dizendo sempre que é preciso criar mais riqueza. Talvez seja altura de dizer: é preciso distribuir a riqueza. De nada vale à população e ao país que os ultras, híperes, milionários acumulem ainda mais riqueza, o que vale é as pessoas terem dinheiro para viver com dignidade uma vida boa, as pequenas empresas conseguirem sobreviver e o país ter dinheiro para garantir bons serviços públicos.

Novo aeroporto: vamos ter a melhor escolha ou a que mais interessar a alguns? - A opinião de Francisco Mendes
No início da semana passada estavam já em cima da mesa e admitidas pela Comissão Técnica Independente (CTI) que está encarregue de escolher a suposta melhor localização para o novo aeroporto de Lisboa, 17 possibilidades. Na dia 27 algumas ficaram excluídas e permanecem agora 9 possíveis escolhas.

O banquete das elites - a opinião de Vítor Franco
No artigo desta semana, Vítor Franco afirma que "por estas e por outras que a população sente que o poder político não responde às suas necessidades. O poder privilegia 1% dos cidadãos, mas desprotege 99%. De quando em quando o governo anuncia aos 99% as migalhas que caem da mesa do “banquete”.

Abril - a crónica de Ana Freitas
Abril 2023. Votei pela primeira vez nas primeiras eleições livres em Portugal em 25 de Abril de 1975. Tinha 18 anos. A minha mãe também votou pela primeira vez. Tinha 48 anos. 30 anos de liberdade lhe roubou, a ditadura. Cidadã da democracia, diria que em gratidão a esta, mas não só, nunca mais deixei de votar. A democracia precisa de nós sendo consequentes sempre.

Em Abrantes, pescadores do rio pagaram por pescar em água salgada - a opinião de Vítor Franco
E com isto tudo lembrei-me dos pescadores de Abrantes. O castigo veio pela lei de 10 de julho de 1843 e mereceu o repúdio de Ramalho Ortigão e Eça de Queiroz que lançaram As Farpas (1) aos regimes de então. Eça escreveu assim: “Estes dois processos, o do fisco e o dos senhores ladrões, têm tal similitude, que pedimos ao governo – que distinga por qualquer sinal estas duas profissões! Para que não suceda que os cidadãos se equivoquem e que vão às vezes lançar a perturbação na ordem social…”. Olhai a França…

Magellan 500: um aeroporto para Santarém - a opinião de Francisco Mendes
As vantagens deste grande projeto ficaram certamente claras para quem ainda não as tivesse interiorizado. Ficou com certeza para muitos a convicção de que a opção Santarém, ainda que como Portela+1 nos primeiros anos, é, sem dúvida, a melhor opção das que estão em estudo.

Se Santarém fosse uma menina - a opinião de Vítor Franco
A crónica de Vítor Franco no Mais Ribatejo é dedicada ao episódio televisivo da série “Do rio ao mar” [aqui partilhado] dedicado ao rio Tejo e as suas vidas. Dos pesquisadores de ouro às vindimas, dos avieiros às salinas, François Pécheux construiu uma narrativa ampla e cuidada do nosso Tejo e das nossas gentes.