
Poesias Declamadas | Não São Só Poesias - Jéssica Iancoski | Recitar Poema
By Jéssica Iancoski
Neste programa, Jéssica lê os seus poemas de forma sensível e emocionante, os conduzindo com músicas que muitas vezes se unem perfeitamente a leitura, constituindo uma mesma poesia formada entre poesia e melodias.
Acesse www.jessicaiancoski.com/ para conhecer mais!

Poesias Declamadas | Não São Só Poesias - Jéssica Iancoski | Recitar PoemaDec 13, 2020

# 26 Aglutinação | Poesia Brasileira Contemporânea
Poema de Jéssica Iancoski / @Euiancoski
Poema: Aglutinação
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"Só desejo a sinceridade, e nas verdades,
quaisquer que sejam, e tal como doam ou
vibrem, que possa aprender sobre o amor.
Não à nós, solitariamente
Mas ao todo, sem vedação:
Amor a terra que silva e ao vento que ceifa.
Amar o diferente, o que não conhece,
O que os olhos sabem sem debruçar
Aquilo que jamais poderá
Fazer parte do que acredita,ou,engana.
Amar o vertical,que semeia,cultiva e faz a graça da flor
Temendo o que horizonta, a desgraça, sem deixar
Silenciar,aglutinando
Amar,ainda,assim,com,paixão,
Com,devoção,sobretudo,com,esperança.
Amar,com
Mas também foder
E como."

# 25 Amor Feminino | Poesia Brasileira Contemporânea
Poema de Jéssica Iancoski / @Euiancoski
Poema: Amor Feminino
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"Querida,
Você não pode mais me confundir agora
Porque, agora, eu estou te dando amor,
Querida.
Mesmo que eu não te possua,
Você continua sendo minha.
Eu sei, eu sei, eu sei!
Você está confusa agora
Os homens te machucaram muito no passado
E eles ainda continuam nos machucando
Mas, querida, minha querida,
Eu estou de dando amor agora
Amor feminino
Eu sei, eu sei, eu juro que sei!
Depois de tudo
Fica a cada vez mais difícil
Não ver na mão estendida
Um tapa
Mas querida, minha querida
Quando eles te fizerem sofrer
Você pode me chamar que eu vou até você
Eu estou te dando amor feminino agora
E, querida,
Eu vou te deitar no meu colo
E passar os meus dedos pelo seu rosto
E usar a minha mão para te fazer carinho
E eu sei, eu sei, eu sei!
Você não vai se permitir chorar
Mas se você quiser,
Eu não vou falar nada
Só vou continuar passando as minhas mãos nos teus cabelos
E te acariciar até você pegar no sono
Porque, querida, minha querida,
Eu estou te dando amor feminino agora
E não vou sair do teu lado
Porque quando eles te fazem sofrer,
Eles estão machucando a todas nós
E querida, minha querida
Você precisa ser amada
E eu estou te dando amor agora
Como você nunca recebeu antes
Então, para com isso,
Deixa eu te estender a minha mão
E te colocar para dormir
Porque, querida,
Você nunca precisou tanto do amor
Quanto está precisando agora.
Amor feminino
Só como sabem nós mulheres
Eu sei, eu sei, eu juro que sei!"

# 24 Ninguém Sabe | Poeta Brasileiro Atual
Poema de Jéssica Iancoski / @Euiancoski
Poema: Ninguém Sabe
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"É,
Agora,
ninguém sabe que estou no Rio,
Só a minha amiga, o medo
Saímos
E pegamos uma bike de Copacabana
Indo para Ipanema
Somos livres.
Tempo seu covarde,
Ladrão inútil
Eu sou livre
O que que você acha disso?
Responde!
Sim,
Estamos furando a noite,
No túnel do por do sol
Bem no meio das luzes
Dos prédios
E do preto da iris
Enquanto pedalamos
Os braços pendulam
E tem a pedra do Arpoador
Mas como poderia estar atrasada
Se nunca possui o tempo?
Os aplausos ficaram para trás,
Enquanto eu afundava na escuridão.
E me responde, agora, seu ladrão,
Antes do próximo verso,
Quando foi a última vez que você pedalou
Para furar a noite?
Você já abriu os braços para sentir
A leveza do vento no rosto dos cílios
E o guidão da vida solto
Sem guardião
E as suas canelas de fora levitando?
E tudo sendo levado por covardes
Como você, seu inútil
Esquece, você nem sabe pedalar ainda
É só uma criancinha impulsiva
E besta.
A única que coisa que quero saber
É que horas vamos chegar no Leblon
É tudo o que me importa
Ou mais adiante
Ou mais tarde
Tanto faz quando você está bem no meio do tempo
Furando a noite.
Ninguém sabe que estou aqui
Só a minha amiga
O Rio,
O vento
A bike que pedalo,
E é claro, você seu covarde
Que sempre me persegue
Fazendo pesar as costas e o pedal
E nada a mais.
É, seu ladrão,
Ninguém diria ontem
furando a noite
Bem no meio do olho
Da noite,
Bem no meio da lágrima
Do tempo
Mas é só o mar
De Copabacana,
Ou de Ipanema
Ou do Leblon
Tanto faz
Porque ninguém sabe
Que estou no Rio
E talvez nem eu saiba
Ou esteja.
A única coisa certa é que
A liberdade é sempre a mesma amiga
Em qualquer lugar
Do medo
E eu estou tentando morrer agora,
E ninguém sabe,
Seu inútil,
Eu não quero voltar hoje
Para mim o amanhã nunca existiu
E você não faz nada a respeito
Sempre."

# 23 Silepses | Poesia Brasileira Contemporânea
Poema de Jéssica Iancoski / @Euiancoski
Poema: Silepses
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"Errante
Persigo o silêncio
Como o perigo impregna
Silepses
Sin,táticas
Sem tato
Ou sentido
Há discordância:
O gênero indica o feminino
Mas concordo com o masculino
A concordância não se faz
Com o semelhante
Mas com o outro
o oculto,
O Incutido,
Incurso
Indiscutível.
A omissão pressupõem-lhes
O erro.
Errante persisto
Não com,
Mas preso no sss silêncio
Das minhas sss silepses."

# 22 Ocaso | Poesia Brasileira Contemporânea
Poema de Jéssica Iancoski / @Euiancoski
Poema: Ocaso
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"Pode não parecer
Mas entre se permitir
E querer
Há um vasto
Acaso do
Tempo-espaço,
Precipício
De princípios
Devastos
No abraço
Do des-caso.
Separação."

# 21 Com Tudo | Poesia Brasileira Contemporânea
Poema de Jéssica Iancoski / @Euiancoski
Poema: Com Tudo
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"Eu faço tudo com tudo.
Quando eu vim foi com tudo.
O tempo que, ainda, permaneço é com tudo
E quando conseguir partir, sim, será com tudo.
Contudo, já você:
Não é com tudo,
E sim,
Contundente."

# 20 Deixa A Falta Doer | Poesia Brasileira Contemporânea
Poema de Jéssica Iancoski / @Euiancoski
Poema: Ponto de Desencontro
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"Deixa a falta doer
Que a saudades ensina.
Eu, sei, menina,
A, saudades, implica,
E, não, saber, é, de, moer,
Faz, o, peito, re-moer,
E
R- _ - _
E- _; _ - _
M- _, ;
O- ,
E- _ -
R
Pra ver se a palavra esfarela,
Pois vai que o vento não leva?
E falta revela
Que a nossa sina
É bem mais su-SINTA
Do que tudo o que a
Saudades ensina.
Deixa doer, menina
Que a falta aproxima
Descomplica
E releva."

# 19 Ponto de Desencontro | Poesia Brasileira Contemporânea
Poema de Jéssica Iancoski / @Euiancoski
Poema: Ponto de Desencontro
Categoria: Sensível.
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|PONTO DE DESENCONTRO|
E tudo o que você queria de mim
Era o meu amor.
Tão pouco...
Porque quando tomei o meu caminho,
Você se desfez de mim,
Dos planos
E dos sonhos.
E tudo o que você queria de mim
Era *somente*
O meu amor.
Somente. Nada mais.
Não o desafio da vida
Em convergir ao mesmo ponto,
O encontro.
Tão pouco.
(Jéssica Iancoski)

# 18 Sublimação | Poesia Brasileira Contemporânea | Poesia Ilustrada
Poema de Jéssica Iancoski / @Euiancoski
Poema: Sublimação
Categoria: Sensível.
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| SUBLIMAÇÃO |
.
O que senti por você
Não foi Amor e nem Paixão.
Foi Sublimis.
.
Ao invés de me transpassar,
Coloquei-me abaixo
De cabeça erguida
A contemplar o espaço vazio,
O lintel,
O belo e o pitoresco.
.
O que eu senti por você,
Não foi amor e nem paixão,
Mas foi poesia e meditação,
A inexcedível perfeição.
.
Não por acaso, agora, sublimação
A busca pela sustentação no ar,
A elevação da consciência,
Tão inconstante.
(Jéssica Iancoski)
__
A raiz etimológica da palavra "Sublime" deriva do Latim "Sublimis", que significa “elevado, alto, nobre”. Junção de SUB, “abaixo”, com LIMEN, “lintel, parte alta de uma porta”. Estabelece relação metafórica com estar num lugar baixo contemplando sua parte superior.
"Sublimação", na psicanálise, é um tipo de mecanismo de defesa maduro, no qual impulsos ou idealizações socialmente inaceitáveis são transformados em ações ou comportamentos socialmente aceitáveis, através da energia criativa e artística, com a função de promover o esquecimento das lembranças dolorosas.

# 17 Amar | Poesia Brasileira Contemporânea | Poesia Visual
Poema de Jéssica Iancoski / @Euiancoski
Poema: Amar
Categoria: Melancólico, Sensível.
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"Não precisa ser perfeito
E em pra-sempre.
Só precisa ser
Pertinente
E Presente.
Até que impreterivelmente
Se perceba:
Pretérito Perfeito".

# 16 Precipitação | Poesia Brasileira Contemporânea | Poesia Visual
Poema de Jéssica Iancoski.
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Poema: Precipitação
Autora: Jéssica Iancoski / @Euiancoski
Categoria: Melancólico, Sensível.
Assista o poema em https://www.youtube.com/watch?v=12oIrM1Hb8c
"Amei três vezes na vida.
Na primeira,
Sem saber, usei das palavras para prender.
Na segunda,
Achando que sabia,
esCALEI para ficar.
Na terceira,
Tentando acertar,
Procurei maneiras que fossem boas
De dizer tudo o que era silêncio para mim.
Mas a verdade
É que é impossível.
Toda palavra,
Dita ou não,
É precipício.
E só a poesia,
Precipitação."
____
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# 15 Tem Coisa que Não Cansa | Poesia Brasileira Contemporânea | Recitar Poesia
Poema de Jéssica Iancoski.
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Poema: Tem Coisa que Não Cansa
Autora: Jéssica Iancoski / @Euiancoski
Categoria: Feliz, Melancólico.
"Meu amor
A tua malemolência é linda
Então pode ir no passinho
Sambando com esses pezinhos pelo chão
Só te peço que busque sempre
Pela melhor vibração.
Pode ir e confia
Que no final do caminho
O descompasso é bonito,
Sente essa filosofia e desfila.
Por tudo o você tiver que passar
Deus te recompensará
Com a mais pura das serenidades.
Mas só no final da vida
E quando os seus últimos instantes de presente
Estejam prestes a se transformar em dádivas.
Quando você passar
E nada mais for pesado
E tudo ao seu redor seja feito passado.
Se recompõe
Que a tua Vitória já é certa
E virá em boa hora.
A única coisa que eu posso te desejar
É que encontre a melhor das energias para Te acompanhar
Em toda essa espera sempre haverá esperança.
Enquanto aguarda
Vê se dança,
Tem coisa que não cansa."
____
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# 14 Pássaros Cinzas | Poesia Brasileira Contemporânea | Poema Declamado
Poema de Jéssica Iancoski.
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Poema: Pássaros Cinzas
Autora: Jéssica Iancoski / @Euiancoski
Categoria: Sensível, Melancólico.
"Ao despertar,
O rosto levantou amassado
A cara mais triste
As sobrancelhas pesadas,
Marcadas pelas sobras das sombras.
As estrelas subiram
Tomando para si o piado das arpas.
E o dia amanheceu cinzeiro.
Da cor da pele sem brilho
Do olhar sem lume
Refletido no silêncio côncavo dos pássaros
Acendidos em cigarros parados
No alto dos cumes
Prontos para despencar.
A gravidade onerosa faz sentir
O peso da fumaça que sobe
Tentando a revoada tênue
Entre o tenhar da sobriedade abafada
E o tear da alvorada soada.
Apenas o tabaco dando aqueles amassos
Em borboletas embrulhadas na boca do estômago.
- algo que soaria como gastrite,
Se o assombro que desgasta não fosse
Mais enrolado do que toda baforada em agite."
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# 13 Pelo Próprio Amor | Poesia Brasileira Contemporânea | Poema Amor Próprio
Poema de Jéssica Iancoski.
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Poema: Pelo Próprio Amor
Autora: Jéssica Iancoski / @Euiancoski
Categoria: Sensível, Motivacional.
"Ame-se.
Quem quer que você seja.
Ame o seu corpo, as suas doenças,
aquela pintinha fora do lugar
e aquelas linhazinhas da sua barriga.
Ame todos caminhos da sua mente,
os seus pensamentos sórdidos
as lembranças arrependidas.
As trevas secretas,
os desejos insaciáveis
as vontades esquecidas
as experiências indiscretas
E as indecências inexploráveis.
Ame tudo o que puder causar repulsa.
Entretanto, pelo principio básico do amor,
Cuide-se.
Cuide para que você não se vá
antes da hora,
para que você não extrapole
nenhum direito civil ou corporal,
para que você não estrague a vida
pra você unicamente ou para alguém.
Amor é amor
E todo amor é pouco,
mas é preciso parar, se cuidar
e frear a liberdade justamente em nome do amor-próprio
em detrimento do mesmo,
Pelo próprio amor."
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# 12 Margaridas | Poetas Atuais Contemporâneos | Poema Inspirador | Poesia Declamada
Poema de Jéssica Iancoski em diálogo com música de Katy Perry.
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Poema: Margaridas
Autora: Jéssica Iancoski / @Euiancoski
Categoria: Inspirador, Sensível.
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# 11 Decreto | Poetas Atuais Contemporâneos | Poema Político| Poesia Declamada
Poema de Jéssica Iancoski em diálogo com o Poema de Paulo Leminski.
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Poema: Decreto
Autora: Jéssica Iancoski / @Euiancoski
Categoria: Poema Político.
"No fundo,
bem lá no fundo,
a gente gostaria
de ver o coronavírus resolvido por decreto.
Mas não do modo como o presidente tem feito….
- A partir desta data,
aquela gripezinha,
aquele vírus superdimensionado
é considerado inofensivo
e sobre ele — vocês podem trabalhar, cambada!
A quarentena está extinta por lei
E maldito seja quem resolver acreditar nos números.
Não há vírus aqui,
tá ok?
(...)
mas o coronavírus não se resolve por decreto,
infelizmente."
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# 10 Atropeço Atroz | Novos Poetas | Poema Forte
Poema: Atropeço Atroz
Poeta: Jessica Iancoski
Categoria: Forte.
Indicação: Livre
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"Não conheci Ana Cristina
E demorei à conhecê-la, mas tenho algo dela em mim.
Frágil, belo, escondido atrás de um óculos
Escuros que me confundem.
Tenho uma arma para sobreviver,
A literatura Caio.
Mas a uso para... Disparar
Contra os meus pés
- ou seria "A Teus Pés"?
A Literatura não me salva de sentir,
Ela incentiva.
A Literatura não salva das faltas de chão ateus
E pensamentos,
do desamparo de usar, ao invés do coração,
A locução para sentir.
Quando tudo o que deveria era só usá-la
para fingir a mim mesmo
a minha pessoa.
Não é Fernando?
A Literatura pode ser uma janela,
aberta para o mundo
ou um precipício, fechado,
em declínio.
Depende mais da onde os teus pés te levam
Do para onde você vai.
Basta só UMA palavra tropeçada.
Ôoo Janela tramela,
brincadeira de ladrão
claraboiá na minha alma
Dúvida no meu coração"

# 9 A Vida Não é Sobre Nós | Poetas dessa Década | Poema sobre a vida
Poema: A Vida Não É Sobre Nós
Poeta: Jessica Iancoski
Categoria: Vida, forte.
Indicação: Livre
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A terra não é suja como a nossa vida
E vocês tratam a morte como se ela fosse algo ruim.
Mas ela não é.
A Nossa vida aqui que é ruim.
A morte é só a despedida desta vida insone
Balda e degregada
E o que dói
Não foi em quem morre ou parte
Dói em quem fica.
A morte não é ruim porque a saudades
e o egoísmo existem.
Quando todos partirem,
Não espero que nenhum de vocês volte,
Muito menos espero voltar também.
Deixem a vida para trás, para baixo e para a Terra.
Deixe a vida para os animais que realmente a merecem.
A morte é a sustentabilidade da vida pelo seu inverso
tentando restabelecer a ordem
deste mundo quando perdido.
O Homem é humos
E não precisa ser mais.
Já plantou uma semente no corpo para ver como ela nasce?
O homem é melhor que esterco só isso.
Não conheço outro jeito de salvar o mundo
Se não, não estando aqui.
Volte também
Ao título deste poema
Não insista
A Vida não é sobre nós.

#Trailer

#8 Be-Nary | Robô Poeta | Poema Ironicamente fofo.
Poema: Be-Nary
Poeta: Jessica Iancoski
Categoria: Robô, Irônico.
Indicação: Livre
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Hello my name is
Nery.
I wanted to be a human
but a human,
I can not be.
I don't know if I have
one I
I don't even know
What is
to be
Me.
If I had one
Me,
I would be binary
But most
Humans
Not even binaries are
010110100

#7 Pingam as Rosas Azuis | Poetas Desconhecidos | Poema Sensível
Poema: Pingam as Rosas Azuis
Poeta: Jessica Iancoski
Categoria: Sensível, Melancólico.
Indicação: Livre

#Bonus Coronavírus | Poema Curar - Kathleen O ' Meara (1839)
Poema emocionante de Kathleen O ' Meara.
Especial Coronavírus.
Poema: Curar
Poeta: Kathleen O ' Meara (1839)
Voz: Jessica Iancoski / @euiancoski
Categoria: Esperança, cura.
Indicação: Livre
E as pessoas ficaram em casa.
E leram livros e ouviram.
E descansaram e se exercitaram.
E fizeram arte e brincaram.
E aprenderam novas maneiras de ser.
E pararam.
E ouviram fundo
Alguém meditou
Alguém orou
Alguém dançou
Alguém conheceu sua sombra
E as pessoas começaram a pensar de forma diferente.
E pessoas se curaram
E na ausência de pessoas que viviam de maneiras ignorantes,
Perigosas, sem sentido e sem coração,
Até a Terra começou a se curar.
E quando o perigo terminou.
E as pessoas se encontraram.
Lamentaram pelas pessoas mortas.
E fizeram novas escolhas.
E sonharam com novas visões.
E criaram novos modos de vida.
E curaram a Terra completamente.
Kathleen O'Meara (1839-1888)

#6 Folhas Verdes Balançam | Poetas Desconhecidos | Poema Sensível
Poema: Folhas Verdes Balançam
Poeta: Jessica Iancoski
Categoria: Esperança, sensível.
Indicação: Livre
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"As folhas verdes da copa balançam
E colorem de amarelo a minha janela
Nesta manhã cheia de luz de segunda-feira.
No chão ou penduradas
Por mais vivas ou secas
Grandes ou pequenas
Contemplo cada folha que é igualmente vida
Espalhando rama no meu corpo para dentro.
O mundo consegue ser tão lindo lá fora
Quando os meus olhos vestem-se de você
E passeiam pelas calçadas
Seguindo paralelepípedos
Tentando conectá-los com a esperança do olhar.
Paralelas e tudo o que se destina
A seguir na mesma direção eternamente
Sem perder a perfeição ou sentido,
Mas sem nunca se encontrar.
A essência de tudo o que a minha alma toca
Carrega o seu jeito como a verdade
Mais a fundo escontida em tudo o que é do universo
Mas que por te sentir,
Os meus olhos engolem
Digerindo qualquer matéria em um sentimento que é meu
Um pouco de tudo
E muito de você,
O brilho mais lindo das meninas nas suas janelas
Dizem para que seja vista com deslumbre
O quanto de mim é a mais serena espera
Que pode o mundo querer abrigar
Na minha natureza de poeta.
Protegendo-a por saber
Que mesmo quando tudo e todos lá fora
Já tiverem desistido,
Aqui dentro,
O amor para sempre viverá."
Música de Fundo:
Laid Back Guitars de Kevin MacLeod está licenciada sob uma licença Creative Commons Attribution (https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/)
Origem: http://incompetech.com/music/royalty-free/index.html?isrc=USUAN1100181
Artista: http://incompetech.com/

#5 Abraçar o Mar | Poetas Desconhecidos | Poema Esperançoso
Poema: Abraçar o Mar
Poeta: Jessica Iancoski
Categoria: Esperança, mar.
Indicação: Livre
"Espero o dia
Em que eu possa abraçar o mar
Pois todo o resto
Que resta
A água é pouca
E eu louca
Sem saber muito da forma que leva
Pulo de ponta
Enquanto a superfície desponta.
Cataratas são lindas
Mas já sequei de pinga-las pelo olhar
Eu quero é abraçar o mar
O salgado das lágrimas me é pouco
Eu quero o sal das águas
Eu quero a vida toda
Milhas e milhas de oceano pra navegar
E num mergulho te achar serena
Sereia
Em tudo o que é profundeza
Em tudo o que é decks de areia.
Espero o dia
Em que eu possa abraçar o mar
Sem que toda a água escorra
Pelo vão dos meus braços
E eu fique ali
Parada
Vendo tudo o que era meu
Tudo o que era mar
Numa poça d’agua perder forma
Podendo nem o pé nadar
Enquanto abraço
Quero que cada gota
Percorra cada artéria
E veia minha.
Quero sentir o mar desaguar
Preencher
E transbordar
Dentro meu corpo
Ao mar quero me fundir pelo abraço
E pelo abraço quero desmanchar a minha alma
Transformando-a na água mais calma
E sem saber muito da forma que leva
Quero que a forma me leve
Por cada correnteza
Porto
Certeza
Seu corpo.
Eu quero é abraçar o mar
Milhas e Milhas de oceano
E a felicidade pra navegar"

4# Um passarinho me encontrou piando | Poetas Desconhecidos | Poema Forte
Poema: Um passarinho me encontrou piando
Poeta: Jessica Iancoski
Categoria: Forte, Blue Bird
Indicação: Livre
Música: Ezio Bosso - Emily Dickinson, Who Cares About the Bluebird Sing?
"Um Passarinho me Encontrou
Piando.
Eu vi o seu pássaro voar
Escapando da gaiola
Pelo azul fugindo ele voou
E eu vi o seu rosto se trancar de vergonha
Quando você viu que eu o vi.
Você quis meter o pássaro na gaiola
- Quieto!
E eu vi você foi ligeira e tentou
Mas ele não quis ficar lá
Ele bateu as asas mais rápido
E escapou.
VLUM.
Preciso me confessar,
eu também não quis que ele ficasse lá.
Não deu para fingir que eu não tinha visto.
Você não quis que o pássaro fazendo bagunça fosse o seu
Mas eu quis
E o seu se encontrou com o meu
E meu deus me perdoe não deu pra segurar.
Eu vi e você também.
A gente se olhou e nossa senhora:
Realmente não há limites no céu.
Quanta sujeira eles fazem juntos.
Mas não dá mais pra segurar.
Nossos pássaros querem voar.
Então quer saber?
Abra a sua mão e feche os seus olhos.
Isto é ridículo, não é melhor manter o pássaro preso.
Eu quero ter os dois voando.
Vamos fazer isto, por favor.
Você pode confiar em mim.
Você não precisa olhar se não quiser,
Mas eu vou
E eu guardo o seu segredo
Se você guardar o meu
E eu te mostro o seu
Se você deixar eu te mostrar o meu.
O meu pássaro quer voar
E quem se importa se ele for azul
E cagar por aí.
O seu pássaro quer voar
E quem se importa se o seu também.
Meninas já podem ter passarinhos
E mesmo assim eu não conto pra mais ninguém.
Vamos, abra as suas mãos
E feche os seus olhos.
Nossos pássaros vão voar agora
E depois a gente limpa a merda deles.
Fingimos até que nunca aconteceu.
Eu posso te prometer isso.
São o mesmo pássaro
E eu sei que você vê
E se eu gosto tanto quando cantam de manhã
Por que me é proibido gostar de ouvi-los piar nas noites mais escuras?
Os nossos pássaros querem voar".

#3 Toda saudade em um único Big Bang | Poema sensível.
Poema: Toda saudade em um único Big Bang
Poeta: Jessica Iancoski
Categoria: Sensível, Universo.
Indicação: Livre
Contém música de fundo.
"Preciso te dizer algo,
Mas feche os olhos por primeiro.
Da onde saímos,
Estamos voltando
Para onde nós conhecemos,
Mas as lembranças,
Algumas tantas,
Mas tão raras,
Permanecem
E
Pouco a pouco
Ficaram para trás.
As memórias Não sobrevivem ao tempo.
Não quero me esquecer
Que o barulho do vento
Contém muito
Do ruído do universo
E que a saudade,
Assim Como o Big Bang
Se expande de um único ponto
Virando tudo o que existe,
Tangenciável ou não,
Ocupando o que há de espaço.
É por isso que não posso tocar no que sinto
Porque não posso tocar no que viaja no tempo
E resiste.
É só sentimento.
Não quero me esquecer,
Que no meio do impossível
E da infinidade finita do cosmo
Eu encontrei você,
Este grãozinho de areia
Tão minúsculo
Que contém a minha resposta para tudo.
Não dá para acreditar que a sorte existe,
Pois seria menos de uma em sextrilhões,
Algo que não sei nem pronunciar.
Nem no acaso,
Porque os números não ajudam,
Existem Muitas estrelas no céu.
É impossível contar.
Todo ponto de escuro contém bilhões de pontinhos de luz
E é exatamente assim que você faz eu me sentir.
Só posso acreditar no destino,
Pois é a única coisa que ainda faz sentido
Quando suspendo a minha visão o mais alto possível.
Isto explica o porquê eu sai de orbita.
Você se expande comigo
Preenchendo todo vácuo e lacuna
Humano.
Basta eu fechar os meus olhos e sentir
Para saber tudo o que eu preciso sobre a vida
Do inicio
Ao fim.
Porque você é o meu milagre."

#2 O meu último poema | Poetas Desconhecidos | Poema Forte
Poema: O meu último poema
Poeta: Jessica Iancoski
Categoria: Forte, Intenso.
Indicação: Livre
Contém música de fundo.
"Assim eu queria o meu último poema,
Um que eu soubesse te trazer de novo,
Mas que nunca seria eu a te mostrar
Assim eu queria me desfazer de toda poesia manipuladora,
Em versos fortes
Que impactassem a sua calma
E que te voltasse em mim
De tal modo que eu me desprendesse de todas as palavras,
Pois rimas eu nunca tive o dom,
E sabendo ser a poesia o seu ponto mais franco,
Queria eu nunca mais utiliza-la
Pelo meu egoísmo único e fraco,
Puro,
De não saber te querer longe de tudo o que os meus dedos nomeiam.
Assim eu queria você,
De tal modo que eu te tivesse o dom
E sem nunca mais precisar me armar de versos covardes
Só para te fazer ficar
Depois que eu já te perdido mil vezes
E assim eu faria o meu último poema
Com tal sinceridade
Que se pra sempre eu fosse saudade
A tua presença não viesse mais calhar,
E sim, talvez
Calar.
Pois por mais calados que os meus dedos fossem,
Palavras nenhuma te fariam esvaziar
E poesia alguma te faria ficar.
Assim eu queria você
Já tão enfurecida de tanta poesia
Que a solenidade da sua calma
Te bastasse
E que os meus últimos versos,
Por ti até pobremente rimassem,
Mas que na sequência
Fossem mudos da vaidade
Com que te prendo a mim
Pelo medo de que a sua felicidade
Nunca mais me encontre
E que eu me veja só
Por tantas palavras desperdiçadas
Quando a memória de toda a sua bondade
É o que me faz cantar
Pela ínfima tolerância de não poder ficar
Sem a esperança com que penso
Ser você
A razão
De toda falta de sentido
Com quem vivo.
Assim queria um último poema,
Que te trouxesse tão fortemente a mim
Que você soubesse estar livre,
Pois o poema seria o último,
E então você saberia poder ficar,
Sem medo,
De toda poesia que te entrelaça,
Aproxima
E aprisiona.
E então eu saberia ser a última
Com quem me preocupar."

#1 Poesia para o Sol | Poetas Desconhecidos | Poema Triste
Poema: Poesia Para o Sol
Poeta: Jessica Iancoski
Categoria: Triste, Melancólico
Indicação: Livre
Contém música de fundo.
"Pela manhã
O sol afastou as cortinas
Me forçando abrir os olhos só para vê-lo.
Ele parecia alegre, estonteante,
Mas era demais para as minhas retinas.
Foi entontecedor.
E quando eu já estava toda torta,
O sol fez um sinal atormentador,
Sem economizar na tonalidade amarela com que se impõe o grande soberano tirano da manhã,
Fez que ia tomar para si a esperança com que penso tornar os dias melhores para mim.
O sol querendo brincar de trampolim não pode ser uma coisa boa.
Não tive bondade para aprecia-lo assim
E nem disposição para pular com ele
Pois me responde
Quem é que acorda desse jeito?
Guardo os meus pulos para o salto final
E é isso.
Faz dias que sou chuva
E não tinha como não saber e nem ser diferente
É visível que algo em mim foi embora
Que mudou que prescreveu que ultrapassou a validade.
Então, me reponde:
Custava me deixar dormir até mais tarde?
Não digo hoje,
Mas todos os dias.
Eu não quero mais acordar,
até que seja realmente preciso
Ou tarde.
Eu Já estou atrasada
E ainda sim continuo muito cansada.
Eu perdi algo que não sei o que é
E não posso procurar,
Se eu soubesse eu iria.
Mas também sinto falta demais para fazer algo
E como sinto.
Tenho certeza que foi culpa da frestinha que deixei aberta, na quarta a tarde.
Ou foi naquela quinta pela manhã?
Na janela,
Só restou as gotas que sequei tão profundamente
Que foi preciso chover
Para molhar o meu rosto.
Me custa saber onde foi que as coisas desandaram
E se não posso mais sentir a alegria com que o sol me empresta o seu corpo todo dia
para vestir em minha pele o dourado brilhante da vida
É culpa da letargia
E se ela é letal,
Não sei,
Mas que é fetal todo dia em posição na minha cama,
Isso eu não gostaria de saber."