Sextou com cinema apresentador: Rodrigo Fonseca

SEXTOU ESPECIAL

Ô, Mostra, mostra sua cara

Em sua edição número 47, a Mostra de Cinema de São Paulo nos traz Radu Jude, Justine Triet, Aki Kaurismäki e um tributo póstumo a Hector Babenco.

Dois eventos formam um amálgama na cidade: o Festival do Rio e a Flup. Escuta a gente pra ficar por dentro das boas.

FELIZ DIA DAS CRIANÇAS

Rodrigo está no festival de Locarno na Suiça. e de lá ele conta no sextou mais curto até hoje. Novo longa do francês Quentin Dupieux, a comédia "Yannick" rouba os holofotes da competição pelo Leopardo de Ouro de Locarno, na Suíça

Troca do dublador de Robert De Niro.no esperado "Assassinos da Lua das Flores", de Martin Scorsese, gera crítica dos fãs e implode uma cobrança acerca de desrespeitos constantes à arte da "versão brasileira".

Em exibição na Netflix, o mais recente filme de Astérix, estrelado e dirigido por Guillaume Canet, lotou cinemas na França, com cerca de 5 milhões de ingressos vendidos. Será que o êxito que os franceses alcançaram, com o apoio de seu governo à promoção dos filmes, pode se repetir no Brasil.

Vale do Café celebra a obra de Antonio Pitanga e acolhe mostras competitivas e debates. No streaming, filmes dirigidos por Sean Penn se destacam na Netflix e na Amazon Prime. Nas telas, Flash reinventa o conveito de multiverso.

À espera da nova aventura cinematográfica do velocista escarlate, a Panini põe nas bancas uma minissérie imperdível do herói. Nas telonas, a boa é ver "EO", de Jerzy Skolimowski.

Conheça os concorrentes do festival de cinema de maior prestígio do mundo, Cannes, e as tendências que brotaram lá no balneário.

O maior festival de cinema do mundo celebra sua edição n. 76 com filmes de Maïwenn, Almodóvar, Scorsese, Catherine Corsini, Ken Loach... e o novo Indiana Jones.

Duas décadas se passaram desde a consagração mundial de "O Invasor", mas seu astro revelação - o titã Paulo Miklos - segue a nos surpreeder na telona, a cada incursão sua no cinema. Neste fim de semana, a estreia de "O Homem Cordial" atesta sua força, numa narrativa antirracista. Aliás, vai ter FLUP, com tributo a Lima Barreto, neste sábado, na Ladeira do Livramento, no Centro.

Dói o coração perder contato com Bruce Willis na telona, neste momento em que o astro luta contra a afasia, sem espaço sob os holofotes. A Globo marca um golaço ao dedicar seu Domingo Maior a ele, exibindo "Desejo de Matar" (2018), de Eli Roth. A emissora ainda nos brinca com uma exinição de "GoldenEye" em sua Sessão de Sábado.

Recomeçamos. Vivos, fortes, lépidos, loucos e fagueiros. Voltamos do Além. O Sextou tá todo pimpão aqui, a fim de comemorar a volta de Arnold Schwarzenegger aos holofotes com uma série da Netflix. FUBAR estreia em maio, tendo o eterno Exterminador do Futuro no papel de um agente aposentado que volta à ativa pra salvar sua filha.

Vamos aproveitar esse nosso regresso pra falar de Gus Van Sant na MUBI, de Jair Rodrigues na telona e do romance "BelHell". Sextou 4ever.

Um dos maiores galãs da década de 1980, Mickey Rourke voltou a despertar paixões, agora via steaming, com a chegada de Coração Satânico à grade da Amazon Prime. Ele será visto este ano no novo filme de Roman Polanski, "The Palace".

Gente, penamos juntos, mas também rimos, gritamos, quebramos pratos, fomos processados pelo ET de Paty e elevamos o Pierre às alturas. Chegamos à edição de número 100 de nossa revista semanal de cultura pop. Nesta ocasião de festa, a série Hunters, com Al Pacino, entra em nossa mira, assim como o Festival de Berlim, "El Topo" e outras bossas.

Mestre absoluto de uma narrativa que desafia as leis da física em prol da poesia, o moçambicano de ascendência lusa (há tempos radicado no Brasil) Ruy Guerra tem um novo longa em fase de finalização: "A Fúria". Há fortes chances de ele concorrer ao Urso de Ouro no 73. Festival de Berlim, que anuncia sua competição oficial no dia 23. O novo longa de Ruy fecha uma trilogia que começou em 1964, com "Os Fuzis", e seguiu com "A Queda", em 1978.

Orgulho dos gauleses, Astérix vai ser citado em um dos mais concorridos fóruns de debate sobre o futuro do audiovisual no planeta: o Rendez-Vous Avec Le Cinéma Français. Realizado anualmente em Paris, em janeiro, o evento inicia sua edição de número 25 neste sábado e segue até o dia 17 a pensar estratégias para ampliar a venda de ingressos em um dos mais importantes mercados produtores e exibidores da Europa e de todo o mundo.

Já em pré-venda no site da editora Panini Comics, “Batman: A Hora Da Morte” nº1 abre alas pras novidades do mercado quadrinhófilo de super-heróis nas bancas e gibiterias nacionais, de olhos atentos ao prestígio que o Homem-Morcego renovou, em 2022, depois do fenômeno comercial em torno de seu mais recente longa-metragem, hoje na grade da HBO Max. Há uma corrida pra saber quem vai enfrentar o herói no próximo título da franquia.

Quer saber qual foi o melhor filme de um ano marcado pelo regresso de David Croneberg, pela vinda de Viola Davis ao Brasil e por um Batman ao belo canto, vivido por Robert Pattinson e (bem) dublado por Wendel Bezerra? Escuta o Sextou. Você vai conferir ainda algumas apostas para 2023.

Com "Argentina, 1985" e "Bardo" na mira das grandes premiações internacionais, o cinema latino-americano flerta com reinvenções em meio a mudanças políticas na América do Sul. O Sextou elenca uma série de produções de nosso continente que ganharam visibilidade na cena dos grandes centros exibidores e dos grandes festivais.  (FELIZ NATAL!) 

Aos 61 anos, o eterno Tira da Pesada vai ser homenageado com um troféu honorário na festa do Globo de Ouro, láurea atribuída pela Hollywood Foreign Press Association (HFPA). Nos cinemas do Brasil, não percam o novo Avatar e "A Morte Habita À Noite".

Um dos mais respeitados festivais do Brasil leva as telas da Paraíba .docs e ficções que renovam o coro de vozes autorais de nosso cinema, com tributo à atriz Zezé Motta em seu abre-alas. Nos streamings, não perca a nova onda do cinema B polonês de ação.

Sucesso de bilheteria, com meio milhão de pagantes em circuito, a distopia dirigida por Lázaro Ramos a partir da peça "Namíbia, Não" tem tudo para explodir como fenômeno de audiência na TV. Taís Araújo, Alfred Enoch e Seu Jorge são os protagonistas do longa, que discute todas as práticas de racismo em nossa sociedade.

Tá chegando às telas “Triangle of Sadness”, do sueco Ruben Östlund. Sua trama é um ferocíssimo estudo sobre a soberba dos que detêm as riquezas do planeta, construído a partir de uma agilíssima estrutura de montagem. A Rússia de Putin vira saco de pancada nos diálogos, representada na figura de um milionário eslavo escroque. Woody Harrelson brilha no papel do capitão cachaceiro de um cruzeiro que vai naufragar, assim como a Europa espelhada no roteiro

Rainha Ramonda, Shuri, M'Baku, Okoye e Dora Milaje lutam para proteger sua nação das potências mundiais intervenientes após a morte do rei T'Challa.

E muito mais.

O mundo está de olho no cinema da Argentina com o sucesso recente do novo filme de Santiago Mitre, estrelado por Ricardo Darín, hoje na Amazon Prime. O thriller jurídico "Argentina, 1985" é uma das apostas para o Oscar 2023. Por isso, ele terá uma sessão ao ar livre na edição n. 37 do Festival de Mar Del Plata.

Iniciada no dia 20, a 46ª Mostra de São Paulo segue até o dia 2 de novembro. Na reta final do evento, a pedida imperdível é prestigiar “ARMAGEDDON TIME”, de James Gray. Produção do brasileiro Rodrigo Teixeira, este drama geracional evoca “Os Incompreendidos” (1959), de François Truffaut, ao enveredar por angústias de jovens rebeldes. O aborrescente em questão, Paul Graff (Banks Repeta) é um jovem judeu de família rica que vai testemunhar a exclusão racial de seu melhor amigo na Nova York dos anos 1980, em suas áreas mais intolerantes. Anthony Hopkins vive o avô batuta do rapaz. E Jeremy Strong tem uma atuação furiosa no papel do pai de Graff. Tem sessão no dia 1º (às 21h10) e no Feriado de Finados (às 16h), no Espaço Itaú Frei Caneca.

Com 223 filmes de 61 países, a mais tradicional maratona globalizada de longas-metragens do país chega à sua edição n. 46 recheada de atrações.

Confira as dicas da reta final da maratona cinéfila carioca de 2022 e saiba as boas da Mostra de SP. Falamos ainda do Lobisomem da Marvel e de Halloween.

Tem Ricardo Darín levando torturadores à Justiça (“Argentina, 1985”); tem Sigourney Weaver lutando para descriminalizar o aborto (“Call Jane”); tem Kore-eda inédito falando de adoção (“Broker”); tem registro histórico de um dos filões mais rentáveis do Brasil, de 1969 a 1985 (“O País da Pornochanchada”). É o Festival do Rio pedindo passagem, pra fazer história. É, talvez, a mais importante edição de toda a história do evento, criado em 1999, então aberto com a presença de Forest Whitaker para lançar “Ghost Dog” no Odeon. As exibições ocorrem nas telas do Circuito Estação NET de Cinema, do Kinoplex São Luiz e do Odeon -- Centro Cultural Luiz Severiano Ribeiro, na Cinelândia. Além disso, o público vai contar com cinema ao ar livre na Praia de Copacabana. Mais uma vez será realizada Première Brasil, a seção que se tornou uma das mais respeitadas competições de curtas e longas-metragens brasileiros do país, com o troféu Redentor. Confira a seguir o que não se pode perder no evento.

Criado em meados dos anos 1940 como um coadjuvante malvado das tramas da Família Marvel, aquela do "Shazam!", o Adão Negro se renova como anti-herói e ganha o carisma de Dwayne Johnson, o The Rock, nas telas, em filme da Warner com a grife DC Comics.

Realizador chileno ilumina o festival espanhol, na disputa pela Concha de Ouro, com um thriller psicológico estrelado por Florence Pugh, ambientado na Irlanda do século XIX. A direção de Sebastián Lelio é um assombro.

Começa neste fim de semana uma nova empreitada para o Festival de San Sebastián. Em sua 70ª edição, o evento, ambietado no norte da Espanha, firma a relevância cultural da terra dos pintos (acepipes da culinária ibérica à base de frutos do mar, presunto, batatas e outras iguarias), onde se fala o euskera, a língua mais antiga da Europa. Nesse idioma do País Basco, o nome da cidade é Donostia. E é lá, no centro de convenções chamado Kursaal, e numa série de salas de projeção adjacentes, que vai se passar uma maratona de longas-metragens. A abertura será com o thriller carcerário “Modelo 77”, de Alberto Rodríguez. No encerramento será exibido “Marlowe”, suspense noir de Neil Jordan, com Liam Neeson.

Astro de "A Múmia", fenômeno de bilheteria de 1999, Brendan Fraser pode sair de Veneza com a Copa Volpi de Melhor Interpretação por seu desempenho em "The Whale", de Darren Aronofsky. Entre as dicas brasileiras imperdíveis, confira "O Grande Irmão - O Dia Que Durou 21 Anos 2".

Consagrado por sua ousadia e por sua abordagem semiológica dos signos sociais da cultura brasileira, Luiz Fernando Carvalho leva à TV Cultura um estudo sobre o legado colonial das Américas numa narrativa de visual estonteante.

Aos 76 anos, o eterno Rambo (Sylvester Stallone) desafia as convenções das narrativas de super-herói, indo além dos códigos da Marvel e da DC, com "Samaritano", thriller de tons fantásticos que estreia nesta sexta na Amazon Prime.
Nesta madrugada, a Globo exibe um Michel Gondry bastante fora da curva: "Besouro Verde".

Laureado com o Oscar de Melhor Filme Internacional, em março, por “Drive My Car” (hoje na MUBI), e coroado em Cannes com o Prêmio do Júri Ecumênico pelo ainda inédito “Broker”, o cinema japonês vive hoje um momento de apogeu em narrativas guiadas pelo afeto, como é “Yamabuki”, drama disputado por alguns dos principais festivais do mundo. Revelado pela mostra competitiva de Roterdã, na Holanda, em janeiro, quando disputou o troféu Tigre, o painel de solidões construído por Juichiro Yamasaki vem colhendo elogios planeta adentro. Seu filme assume como arena uma região montanhosa, utilizada como área de mineração.

Neste sábado chega ao fim a edição de número 75 de Locarno, um dos maiores festivais de cinema do mundo, que pode dar ao longa brasileiro REGRA 34 o Leopardo de Ouro de 2022. Confira neste Sextou o que o evento viu de melhor, com direito a uma entrevista com o diretor de NOSSA SENHORA DA LOJA DO CHINÊS, de Angola.

Um ano depois de ter renovado sua programação e seu conceito estético com a festejada escolha do crítico Giona A. Nazzaro como seu diretor artístico, o Festival de Locarno acaba de inaugurar sua 75ª edição, a segunda sob o comando desse pilar da literatura ensaística cinematográfica, trazendo o novo filme protagonizado por Brad Pitt como sua atração de abertura: “Trem-Bala” (“Bullet Train”). Ano passado, ainda sob a sombra da pandemia, quando todas as entradas nas sessões do evento dependiam de testes de covid-19, a abertura foi feita por um thriller Netflix: “Beckett”. Agora, Nazzaro - cujo trabalho se desenha numa conversa fina com narrativas de gênero – resolveu apostar num longa que pode desarranjar as cifras das bilheterias mundiais. E vai ter Brasil na competição de longas: "Regra 34", de Julia Murat.

Às vésperas de completar 80 anos, um dos mais ativos pilares da Nova Hollywood adia para maio a estreia de seu esperado "Killers of the Flower Moon", com De Niro e Leonardo DiCaprio. Sua obra está sendo estudada numa jornada do projeto Cinema365. Ainda neste Sextou, novidades sobre o Festival de Locarno e sobre "Samaritan", com Sylvester Stallone

Indicado ao Leão de Ouro de Veneza em 2021, "Concorrência Oficial", dos argentinos Mariano Cohn e Gaston Duprat, rodado na Espanha, vai estrear no Brasil nesta sexta, na Star +. É uma das plataformas digitais que mais e melhor florescem na cena audiovisual. O desempenho de Penélope Cruz no longa é impagável.

Ao som do show de sua majestade, o Sextou analisa a presença de Roberto em nossas telas e faz uma triagem dos títulos imperdíveis nas telonas e no streaming.

Baseado nas HQs da Marvel de Jason Aaron de 2015, "Thor: Amor e Trovão" derrapa no humor histérico de Taika Waititi, apesar do bom desempenho de Natalie Portman como Jane Foster e do carisma de Chris Hemsworth. Ainda no Sextou, uma análise das HQs italianas e dicas sobre "Os Primeiros Soldados" e o cinema de Almodóvar.

Revelado internacionalmente no Festival de Roterdã, na Holanda, em 2021, onde arrebatou elogios em variadas línguas, o thriller cômico de tom sci-fi “Carro Rei”, de CEP pernambucano, que conquistou o Kikito de melhor filme em Gramado, entrou, enfim, em circuito. Sob a direção de Renata Pinheiro, o longa-metragem ganhou ainda os troféus de melhor desenho de som (dado a Guile Martins), direção de arte (de Karen Araújo) e trilha sonora (de DJ Dolores), além de um prêmio especial do júri, dado a Matheus Nachtergaele, por uma vulcânica atuação. Sua trama lembra muito “Bumblebee” (2018) em seus momentos iniciais, quando um garoto é salvo de um atropelamento por um carro com quem ele estabelece uma estranha conexão. Por “estranha” leia-se: ele fala com o tal carro. Anos depois, dedicado ao ativismo ambiental, o moço (Luciano Pedro Jr.) retoma relação com o veículo, mas percebe que existe uma aura totalitária nele, mas vê seu tio, o mecânico Zé Macaco (Nachtergaele), conectar-se com esse totalitarismo

Mais importante vitrine para o cinema francês no Brasil, o Varilux exibe "Peter von Kant", o novo longa do imparável François Ozon, e traz ao país "O Acontecimento", que deu o Leão de Ouro a Audrey Diwan, em 2021.

Uma das atrizes de maior prestígio do país volta às telas com um filme surpreendente de suspense sobre uma policial cuja memória está por um fio.

Lúcia é uma comissária exemplar da inteligência da Polícia Civil do Rio de Janeiro. Diagnosticada com Alzheimer, ela começa a articular sua aposentadoria. Durante a investigação do que seria seu último caso, Lúcia descobre um esquema e acaba se transformando em uma das suspeitas. Entre os desdobramentos das investigações e os lapsos de memória, ela precisa lutar por sua vida.

É antológica a atuação de Adam Sandler em “Arremessando Alto” (“Hustle”), hoje na Netflix, no papel de um caça-talentos do basquete, de passagem pela Espanha. O trabalho de Alexandre Moreno dublando o astro é um primor.

Produção pernambucana de 2007, com Irandhir Santos no elenco, o thriller "Amigos de Risco" consegue, enfim, espaço em circuito vitaminando as telas do IMS com os temperos autorais do Recife.

Este será um Sextou curtinho, gravado das poltronas do Palais des Festivals de Cannes, com as primeiras bossas do evento